A disputa envolvendo a TV Globo x Esporte Interativo pelos direitos de transmissão de jogos do Brasileirão a partir de 2019 ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (19). A globo resolveu partir para ofensiva para pressionar os clubes
A emissora carioca revelou em conversas de bastidores, após semanas de reuniões com agremiações e a CBF, que está descartada qualquer possibilidade de assinar contrato de transmissão em pay-per-view a partir de 2019 com aqueles clubes que já acertaram, ou ainda acertarão vínculo com o Esporte Interativo. A decisão caiu como uma bomba sobre os times que já se comprometeram com o EI.
Isso porque o canal do grupo americano Turner não possui o direito de transmitir jogos em pay-per-view. A Globo tem a exclusividade na modalidade.
Com a decisão, a Globo acaba com o "sonho" dos clubes que a trocaram pelo EI de manter os dois contratos, de TV fechada e pay-per-view. A medida, então, poderá representar a perda de valores expressivos para os clubes que, até aqui, achavam que teriam feito excelente negócio ao assinar com o Esporte Interativo.
É o caso do Bahia. O Tricolor não esperava perder os cerca de R$ 12 milhões anuais que recebe da Globo pelo contrato de transmissão em pay-per-view. O valor ainda poderia sofrer um aumento, já que a emissora carioca paga bônus de gratificação de acordo com o número de pacotes vendidos para as torcidas de cada time. A intenção da diretoria do Esquadrão era ter o contrato de TV fechada com o EI e ainda negociar o de pay-per-view com a Globosat (Globo).
Inclusive, esse foi um dos motivos que fez o Santa Cruz anunciar nesta terça que quer romper o pré-contrato assinado com o Esporte Interativo para voltar aos braços da Globo. Além do time pernambucano, que também reclama do valor de luvas inferior recebido em relação a outras equipes, como o Bahia, outros também já sinalizaram que podem recuar do acerto com o EI. É o caso do Internacional, que vem recebendo pressão do seu Conselho Deliberativo para voltar atrás na decisão e renovar com a Globo.