Marcelo Lomba só não esteve em campo em dois jogos dos 25 realizados pelo Esquadrão na temporada. Confira aqui números e curiosidades da equipe de Doriva
Jogo, folga, treino, jogo, treino, jogo. Uma olhada no calendário dos quatro primeiros meses do Bahia, e o cenário visto é bem parecido com esse aí. Um compromisso atrás do outro, pouco tempo de descanso e, principalmente, para teste de novas opções. Com as disputas do Campeonato Baiano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil, o Tricolor chega para a Série B do Campeonato Brasileiro depois de ter passado por uma maratona nos quatro primeiros meses de 2016.
Do dia 31 de janeiro, data da estreia oficial na temporada, até a última quarta, dia do jogo de ida com o América-MG, pela Copa do Brasil, foram 101 dias. Neles, a equipe baiana fez 25 jogos oficiais, uma média de uma partida a cada quatro dias entre janeiro, fevereiro, março, abril e início de maio. Sem contar com amistoso nos Estados Unidos, com o Orlando City, e incluindo aí a jornada dupla com o duelo pelo Galícia, no Campeonato Baiano, em Salvador, e o confronto com o Juazeirense, pela Copa do Nordeste, em Petrolina. Ambos no mesmo dia, mas com o profissional na capital e o Sub-20 em Pernambuco.
Com o calendário apertado e o número alto de compromissos, o técnico Doriva teve que abrir o leque no elenco. Sem contar os atletas do Sub-20 no jogo pela Copa do Nordeste, foram 16 jogadores lançados no time profissional neste ano. Cristiano, Dedé, Deijair, Everson Felipinho, Geovane Itinga, Hugo Freitas, Jefferson Silva, Júnior Ramos, Kaynan, Luis Fernando, Marco Antônio, Marlon, Max, Mayron e Wesley ficaram no banco ou entraram em algum jogo.
Foram mais de 40 atletas utilizados nas 25 partidas oficiais. Com eles, o Tricolor conseguiu vencer 18 jogos, empatou quatro e perdeu outros três. Com 77,3% de aproveitamento, o Esquadrão de Aço marcou 43 gols e sofreu 19, ficando com um saldo positivo de 24 gols.
O 1 EM QUASE TODOS
Nenhum jogador conseguiu entrar em campo em todos os jogos do Bahia neste começo de temporada. Até porque seria impossível, por conta da jornada dupla. Mas teve quem chegasse perto. O goleiro Marcelo Lomba esteve presente em 23 dos 25 jogos. Além da partida contra o Juazeirense, quando o Sub-20 atuou, ele só não jogou na última rodada da primeira fase da Copa do Nordeste, quando Doriva mandou a campo um time misto contra o Santa Cruz.
Marcelo Lomba, que retornou neste ano após um empréstimo para a Ponte Preta, assumiu de vez a camisa 1 e esteve em campo durante 2070 minutos. Não sofreu com lesões e, por isso, não foi substituído uma única vez. Foram oito jogos pela Copa do Nordeste, três na Copa do Brasil e outros 12 no Baiano.
Por outro lado, teve gente que frequentou muito o banco de reservas e pouco as quatro linhas. Com a titularidade absoluta de Lomba, nada mais natural que Jean, o goleiro reserva, ter feito companhia a Doriva durante muito tempo. Presente em apenas um jogo dos profissionais, ele ficou 23 partidas no banco. Na sequência, a suplência foi bastante ocupada por Rômulo, Zé Roberto e Dedé. Destes, o atacante foi o mais aproveitado, quase como um 12º jogador. Foram 17 participações, sendo oito como titular e nove depois de deixar o banco de reservas - foi para o banco em 15 oportunidades.
Ainda no quesito de números, teve um jogador que apresenta dados dos quais não dá para se orgulhar. O zagueiro Robson se mostrou o mais indisciplinado do elenco, ao menos no quesito de advertências dos árbitros. Foram seis cartões amarelos - três no Baiano, três na Copa do Nordeste e um na Copa do Brasil - e um vermelho.
HAJA GAROTOS
A rotina de jogos e treinamentos fez com que Doriva olhasse com mais carinho para a divisão de base do clube. Com a necessidade de rodar o elenco para evitar lesões no começo da temporada, os garotos do Fazendão foram bem requisitados pelo treinador. Mas não tiveram papel de protagonista até agora.
Na maioria dos casos, as promessas ficaram no banco de reservas como opção no decorrer das partidas. Dos 16 promovidos neste ano, Cristiano, Júnior Ramos e Geovane Itinga foram os mais lembrados. Os dois primeiros estiveram em campo quatro vezes, mas o terceiro foi o que mais jogou: 160 minutos.
VALEU A PENA?
Enquanto a garotada teve papel de coadjuvante neste começo de ano do Bahia, o mesmo não se pode dizer dos reforços. Foram 13 atletas contratados para 2016, sendo que apenas um ainda não entrou em campo. Como foi contratado na semana do primeiro jogo da final do Baiano, Renato Cajá só poderá atuar pela Copa do Brasil e na Série B do Brasileiro.
Os outros 12 jogadores vestiram a camisa e suaram bastante. Luisinho e o que tem o maior número de jogos: 21 (entre aqueles que foi titular e os que começou no banco de reservas e entrou no decorrer da partida). Mas é Juninho quem detém a marca de maior tempo em campo: 1.659 minutos em 19 partidas com a camisa azul, vermelha e branca. João Paulo Gomes e Henrique foram os que menos atuaram (seis vezes cada um).
Além deles, os reforços do Bahia para o ano foram: Tinga, Moisés, Lucas Fonseca, Danilo Pires, Paulo Roberto, Hernane, Luisinho e Thiago Ribeiro.
Quarenta e três gols em 25 jogos não é uma média ruim, principalmente para um time que está em formação. Neste quesito, o Bahia vai muito bem em 2016. Quatorze de seus jogadores balançaram as redes adversárias, mas um em especial merece atenção: Hernane.
Com dez gols, o Brocador é o artilheiro da equipe na temporada. Mesmo com a lesão que sofreu no joelho e o deixou afastado durante 34 dias, não perdeu o posto. Ele é seguido por Edigar Junior (8), Juninho (5), Luisinho (4), Hayner e Zé Roberto (3), Robson e Rômulo (2), Éder, Gustavo, Hugo Freitas, Mayron, Feijão e Thiago Ribeiro (1).
Para que a bola entre, é preciso que alguém deixe o companheiro em boas condições de marcar. É aí que entra o papel do garçom. Disso, o Bahia também está bem servido. Luisinho e Thiago Ribeiro foram os que mais deram assistências até agora (quatro no total). Ele é seguido por: Juninho (3), Hayner, Moisés e Rômulo (2), Cristiano, Edigar Junio, Feijão, Gustavo Blanco, Hernane, João Paulo, João Paulo Gomes, Mayron, Rodrigo Rodrigues, Tinga e Zé Roberto (1).
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Fonte: Ge.com