Postado por - Heitor Montes

Guto Ferreira confirma veto de Edigar Junio e Douglas no banco contra o Blooming

Na tarde desta terça-feira (22), o técnico Guto Ferreira concedeu entrevista coletiva no Fazendão. O treinador confirmou que o Bahia terá dois desfalques para a partida contra o Blooming, nesta quarta-feira (23), jogo de volta da primeira fase da Copa Sul-Americana. O goleiro Douglas e o atacante Edigar Junio estão fora da partida. Guto confirmou que Anderson será o titular no gol tricolor, mas fez mistério em relação ao substituto de Edigar. O mais provável é que Júnior Brumado comece a partida.

Guto Ferreira explicou que, mesmo não tendo condições para entrar em campo, Douglas ficará no banco de reservas, pois o Bahia só tem dois goleiros inscritos para esta fase na Copa Sul-Americana. O outro goleiro inscrito era Rafael Santos, que acabou deixando a equipe para atuar no Vila Nova.

Edigar está fora. Inclusive, é dúvida para o domingo, pelo que o departamento médico me passou. Se correr tudo bem e ele evoluir bastante, tem uma possibilidade bastante remota de jogar no domingo. Senão, a tendência de retorno é na quinta da outra semana, contra o Flamengo. Douglas, o exame dele não apontou lesão. Foi um desconforto. Só que um desconforto que, neste momento, correria um risco, caso começasse a partida. Nessa situação, dentro de uma competição onde, neste momento, temos apenas dois goleiros inscritos, por questão da saída do Rafael, que saiu pós-inscrição... Então enquanto não acabar essa fase, não podemos botar ninguém no lugar. Então Douglas vai estar à disposição, mas não deve começar a partida. Caso a gente necessite, então ele vai para o risco. Mas é uma situação que a gente não gostaria. O Anderson entrou muito bem, é experiente; toda vez que esteve atuando, sempre segurou muito bem e a gente espera que amanhã possa fazer também uma partida de alto nível e possa nos dar condição de passar de fase.

Mesmo com poucas opções para a função de centroavante, Guto Ferreira confirmou que Kayke não será relacionado. O treinador declarou que quer preservar o jogador, que está em má fase:

Eu não costumo desistir dos jogadores. Só que o momento de Kayke... Kayke teve muito mais oportunidade. E o momento não é o momento viável. Temos que deixar parar um pouquinho e a equipe dar uma estabilizada, e a partir disso a gente encontrar o melhor momento em que Kayke esteja com a cabeça mais forte, em termos de confiança, que a equipe faça partidas que possam trazer uma confiança maior do torcedor. Que a gente, dentro desse panorama, possa encontrar um momento de oportunizar o Kayke e que ele possa, quando receber a oportunidade, se encontrar. Porque, se não se encontrar, volta tudo à estaca zero. Isso foi feito um pouco com Élber, e a gente conseguiu. Tudo é o tempo. Não adianta eu ficar acelerando o processo, a gente vai correr riscos. A gente não está levando o Kayke, e vamos ter um só centroavante à disposição, porque ficam só sete jogadores nas partidas da Sul-Americana. Pera trazer para dentro do campo um jogador que, ao entrar, toda a torcida vai conspirar contra, por causa da situação de momento dele. Então é melhor esperar um momento de trazer confiança maior. Até para preservar ele e preservar o que estão dentro do campo. Gostaria que isso não acontecesse, mas infelizmente é o futebol. Acontece. Não pode desistir das pessoas, e tem que encontrar o melhor momento de voltar a oportunizar e fazer com que o jogador se recupere. Tudo isso, se houvesse cooperação, não aconteceria. A gente conseguiria fazer essas fases de forma mais rápida. São decisões muito difíceis, mas que, em algum momento, tem que ser tomadas, mesmo saindo ferido dessa situação, mesmo não gostando da procedência que tem que ter.

O Bahia perdeu o jogo de ida para o Blooming por 1 a 0, na Bolívia. Com isso, o Tricolor precisa de um triunfo por dois gols de diferença para avançar à próxima fase. Caso a equipe repita o placar no primeiro jogo, a decisão vai para os pênaltis.

Confira o que Guto Ferreira falou em entrevista coletiva

Conversa com torcida organizada
- Surpreso, por causa do momento, mas, para mim foi muito tranquilo. O clube tem, por trabalho do departamento de marketing, sempre que viajamos, o hábito de se reunir com um grupo de torcedores, sócios, nos hotéis, nas cidades em que vamos e que têm consulados. E já fizemos isso várias vezes. O papo de ontem foi em torno disso. Não dá para dizer que foi isso, porque não foi programado, mas o tom da conversa foi essa, uma conversa, um bate-papo a respeito da equipe e até uma troca. Assim como eles perguntavam algumas coisas e pediam algumas, a gente pedia outras. Foi uma troca sadia, dentro de um respeito grande. Esse tipo de situação não tem nenhum problema para mim. Foi uma conversa, uma troca. Esse tipo de indagação com torcedor não é problema, sempre dentro de um respeito.

Pressão
- Não me senti [pressionado]. Inclusive, a colocação das lideranças foi exatamente essa. Não foi uma forma de fazer pressão, eles foram lá entender o processo da equipe, para ver de que maneira poderiam estar auxiliando mais.

Derrota para o Palmeiras gera influência negativa?
- Se você pegar o olhar externo, isso pode influenciar. Se você olhar, desde o início, vencer o Palmeiras seria uma pontuação fora do planejamento inicial. Se você for pensar com coerência, a pontuação do Palmeiras fora de casa, ela não era certeza, não era aquele jogo que você vai pensando: “Precisamos pontuar de qualquer jeito”. Você conta você pode conseguir e, se conseguir, vai somar. Mas não tem aquela situação de: “Pô, esse são pontos possíveis 100% ou 90%”. Dentro do planejamento, se viesse, seria bom, trabalhamos para isso. Mas não veio, e não é absurdo. Dentro do planejamento, o que estamos atrasados, foi a partida do Sport, em que poderíamos ter feito um jogo melhor e uns dois jogos em casa em que estivemos preste a vencer e não vencemos. Temos que recuperar em algum momento. Vamos recupera com certeza, e que seja o mais rápido possível.

Retranca do Blooming
- Nós enfrentamos, no Baiano, “N” situações como essa. E, em alguns deles, tivemos bastante felicidade de fazer os gols. Acho que a gente acredita no que vem fazendo. A gente vem com ritmo e intensidade de jogo, que hoje já está num outro patamar. E a gente espera que, através disso, possa, sim, criar situações e botar a bola para dentro, bolas que precisamos colocar.

Nilton
- É um jogador que está buscando seu espaço, que, dentro da nossa leitura, é um jogador que tem alguns jogadores que estão à frente. Nos momentos em que a gente achou viável coloca-lo, colocamos. Em algumas partidas, ele deu uma reposta importante, como foi o Ba-Vi que entrou, o jogo contra o Jequié. Entrando no segundo tempo. E em outras partidas começando, ele não teve a felicidade de fazer um grande jogo. Mas tudo isso é um processo de um jogador com caráter extremo. É um jogador que trabalha muito, busca o espaço e que talvez, se a gente tivesse necessidade, durante toda a partida, o hábito de estar trocando volante, talvez já tivesse mais oportunidades. Não é o que vem acontecendo. A gente troca muito mais jogadores de frente do que os de trás. Então, por isso, às vezes falta um pouco mais de oportunidade.