Postado por - Heitor Montes

Guto Ferreira elogia ataque leve, mas sente falta de Hernane: Amortizava a pressão

Da infelicidade do centroavante Hernane e dá má sorte do substituto imediato Gustavo surgiu um dos pontos altos do Bahia nos últimos jogos. No dia 27 de abril, na partida de ida das semifinais da Copa do Nordeste, o técnico Guto Ferreira perdeu a dupla de uma só vez. O primeiro se machucou no primeiro tempo, enquanto o segundo foi expulso momentos depois. A ausência dos dois centroavantes do grupo fez, então, com que o treinador fosse obrigado a encontrar uma solução para o ataque no jogo de volta, uma vez que o Bahia tinha sido derrotado por 2 a 1 e precisava marcar gols para avançar. E encontrou.

Na partida seguinte contra o Vitória pelo torneio regional, Guto Ferreira mandou a campo um ataque leve, formado por Zé Rafael, Allione e Edigar Junior, com Régis entre eles fazendo o papel de armador e, às vezes, trocando de posição com o trio. A mudança não só fez o Bahia ser amplamente superior ao Vitória naquele jogo, como também em outros jogos que aconteceram na sequência. Diante do Atlético-PR, na rodada de abertura do Campeonato Brasileiro, os quatro jogadores de frente voltaram a ir bem e, não à toa, o Tricolor venceu por 6 a 2.

Guto Ferreira reconhece o bom momento do quarteto de frente, porém, pondera, que o crescimento dos jogadores acontece pelo bom momento vivido pelo conjunto do Bahia.

- O time acabou encontrando uma situação boa. Mas o Hernane também vinha em uma condição muito boa. Lamento porque perdi opções importantes. É muito fácil falar dos quatro, né? O momento que o Bahia vive faz com que isso não apareça e, neste momento, a importância de Hernane não seja enfatizada. Mas amanhã e depois, um insucesso, um momento de estiagem de gols de Edigar ou outro jogador, a torcida vai começar a cobrar – afirma Guto Ferreira.

Régis, Zé Rafael, Allione e Edigar Junio são os destaques do Bahia (Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia) Régis, Zé Rafael, Allione e Edigar Junio são os destaques do Bahia (Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia)

O treinador do Bahia também ressalta a importância de Hernane para o elenco. Guto acredita que uma das qualidades do Brocador é assumir a responsabilidade e tirar o peso do grupo, característica que não está presente nos demais atletas.

- E aí vem uma questão. Hernane sempre foi um cara que carregou o nível de pressão e responsabilidade que amortizava a pressão sobre os outros. Neste momento, a nossa equipe não tem esse jogador. O crescimento de Régis pode fazer dele esse jogador. Mas será que ele já viveu esse tipo de coisa? Que resposta vai dar? São dúvidas. Ele se mostrar preparado para passar esse momento o fará mais valioso. A gente espera que a equipe deslanche e não tenha esse tipo de problema ou pressão. O torcedor tem que ter consciência. A gente não tem alguém com uma carcaça para absorver pressão como Hernane tinha. O Sport, por exemplo, tem o Diego Souza. O Corinthians tem Jô – conclui Guto.

Hernane fraturou a tíbia e vai ficar afastado dos gramados por cerca de três meses. Após cumprir suspensão no jogo de volta contra o Vitória, o também centroavante Gustavo tem sido utilizado no segundo tempo dos jogos por Guto Ferreira. Ele é um dos cotados para iniciar o jogo desta quarta-feira, contra o Sport, pela final da Copa do Nordeste. Com Régis suspenso, o treinador tricolor pode lançar o centroavante e recuar Allione ou Zé Rafael para o meio.

Fonte: Globo Esporte