Bahia empata em 0 a 0 com Jacuipense em Riachão do Jacuípe, pela segunda rodada do Campeonato Baiano. Guto Ferreira faz ponderação sobre aspecto psicologico
O Bahia empatou em 0 a 0 com o Jacuipense (confira os melhores momentos da partida no vídeo acima) na noite desta quarta-feira, pela segunda rodada do Campeonato Baiano 2017. O Tricolor foi a campo com um time formado por vários reservas, mas a estratégia do rodízio passou longe de ser apontada como principal responsável pelo desempenho abaixo das expectativas. O técnico Guto Ferreira não titubeou em eleger o gramado do estádio Valfredão, em Riachão do Jacuípe, como principal vilão do jogo.
- Acho que nesse momento, em cima das condições do que foi o jogo, qualquer resultado era normal. Porque é outro jogo, completamente diferente. Futebol que a gente treina para jogar é um, futebol que se apresenta nesse campo é outro. Acabou o jogo e o próprio goleiro [do Jacuipense] passou e falou: “Professor, esse campo não tem a mínima condição. Os caras acham que isso aqui é um tapete, que dá para jogar futebol”. Não sou eu quem está falando, são eles. Também não vou ficar puxando esse tipo de situação. Quem está aí, viu. Senão parece que estou denegrindo a imagem da cidade, do clube, do torcedor. E não costumo fazer isso. As pessoas que têm um pouco de critério que vejam que um futebol sério, de qualidade, é impossível de se fazer.
Guto Ferreira avaliou que as condições do campo do Valfredão impossibilitam qualquer análise sobre o desempenho técnico do time do Bahia. Da equipe titular, apenas Juninho foi escalado. Houve ainda as estreias de Anderson, Rodrigo Becão e Mário na temporada.
- Indiferente do nível técnico da equipe deles, que jogou uma grande partida, de muita luta. E qual o nível técnico da equipe que colocamos dentro de campo, independentemente disso, o espetáculo ficou prejudicado, o jogo ficou prejudicado. As pessoas pagaram ingresso para ver futebol de má qualidade, de muita luta e disposição e só, mais nada. Esse não é o futebol que se tem por objetivo não só no Bahia, mas no Brasil. As pessoas responsáveis têm que ter critério na hora da avaliação para o espetáculo aparecer, a competição ser valorizada, ter orgulho da competição que se joga. Acho que é isso. Qualquer outra avaliação fica prejudicada. Não tenho condição de avaliar nada hoje – comentou.
O técnico tricolor não avalia aspectos técnicos, mas mediu o lado psicológico dos jogadores utilizados na partida contra o Jacuipense.
- No aspecto mais técnico, com certeza [não é possível fazer avaliação]. No aspecto emocional, de personalidade, enfrentamento em encontrar e superar dificuldades, vamos conseguindo filtrar como cada um reage. (...) Logicamente de qualidade o jogo ficou muito mais lento, mais errante, sem conseguir dar sequência [nas jogadas]. Não quero transferir responsabilidade, mas não tenho condição de avaliar [a parte técnica]. Não tem como.
O Bahia volta a jogar no sábado, às 19h30 (horário local), quando enfrenta o Moto Club pela segunda rodada da Copa do Nordeste. A partida será realizada em Pituaçu e Guto Ferreira deve utilizar os jogadores deixados em Salvador.
Fonte: Ge.com