Nesta terça-feira (26), o Bahia anunciou que Guto Ferreira voltará a ser o técnico do Bahia. Em entrevista ao Programa do Esquadrão, o treinador comemorou o retorno e falou sobre reconquistar a confiança da torcida, que ficou magoada com a sua saída para treinar o Internacional no último mês de maio:
Não esperava que fosse tão rápido [o retorno]. Mas quando aconteceu, não medi esforços. Sei como fui recebido na Bahia, sempre foi muito positivo a energia do torcedor, dentro e fora de campo. Sempre fui bem recebido fora de campo. Isso me motivou a voltar. Me senti valorizado e mais do que nunca tenho a responsabilidade de retribuir da melhor forma possível esse apoio e essa confiança. Fazer o melhor possível para reconquistar a confiança de quem ficou magoado com a minha saída
Com contrato até o fim de 2018, Guto Ferreira falou que desta vez, pretende criar raízes no clube:
Eu tenho nesse momento mais que nunca, não sei se é me desculpar, se essa é a palavra certa, mas a vida coloca tomadas de decisões. A gente tem que fazer escolhas. Naquele momento existia um vínculo importante que me fez tomar uma decisão. O torcedor tem direito a estar magoado. Agora eu preciso reconstruir a relação com o torcedor mostrando algumas situações, cada vez melhor em termos de resultados e trabalho. Manter uma postura de ficar no clube, enraizar um pouco mais e buscar dentro dessa filosofia reconstruir a relação com o torcedor.
Guto Ferreira irá lidar com algumas peças do elenco que ele já conhece e foram fundamentais para o título da Copa do Nordeste em 2017. O treinador comemorou a manutenção desta espinha dorsal, que poderá ser fundamental para o planejamento da próxima temporada:
O Bahia começou o ano passado com certa base e conseguiu agregar valores importantes, conseguiu resultados por isso, acelerou processos. Mais que nunca, a sequência de uma base faz com que o Bahia parta de um momento importante. Tem saídas importantes, mas tem a manutenção de 60% do time titular, talvez. Dois zagueiros, tendência de renovar o Edson, tem o Zé Rafael, Régis e Edigar. Seis jogadores que foram titulares. Não parte do zero. Parte de uma espinha dorsal importante, para agregar valores e da melhor maneira possível começar a ter resultados.
Confira o que Guto Ferreira falou na entrevista:
Retorno ao Bahia
- É com imensa alegria que posso estar retornando a essa casa, casa que consegui resultados importantes, e isso nos motiva ainda mais a buscar, nessa nova etapa, resultados ainda mais expressivos. O Bahia tem, pode e deve pensar grande, como vem pensando e buscando. Fomos escolhidos novamente a ajudar a seguir esse projeto.
Novo Guto?
- Não sei se a gente tem que mudar muito, nossa linha de trabalho vem conseguindo resultados. Mas temos que nos aperfeiçoar, com humildade, com trabalho, auxílio, sempre com parceria com o torcedor, que é motivo de tudo isso e foi responsável direto pelos resultados em 2016 e 2017. Arregaçar as mangas e procurar fazer o melhor. Onde passo não falta disposição para o trabalho. Estou motivado para 2018 no Bahia.
Rodízio
- O esporte de alto nível requer força e velocidade, intensidade de jogo. Se pegar os calendários europeus, o que existe para jogar na velocidade extrema, e com clima ameno... Aqui temos variações climáticas e viagens continentais. Lá, quem está jogando bastante, chegam a 60 partidas. O Bahia atingiu quase 70 partidas no ano. O percentual a mais é muito grande. Se não tiver o rodízio, é desumano fazer com que o jogador consiga atuar em altíssimo nível 60 partidas no ano. E praticamente não treina, só descansa e joga. Como faz qualificação da parte física? Como faz qualificação da parte técnica? Precisa treinar, repetir. É planejamento que vamos fazendo. Evita desgaste acima do esperado e faz com que se chegue nos momentos primordiais da competição com jogadores em boas condições para conseguir resultados como o título da Copa do Nordeste.
Copa Sul-Americana
- Competição que traz repercussão importante, coloca as equipes que jogam em um patamar acima. Isso é de suma importância. A marca está na vitrine mundial. Mais que nunca é importante o Bahia sonhar com os pés no chão, mas sonhar para buscar realizar. Vou para o Bahia cheio de gás. Muita vontade, muita disposição de fazer o melhor e pensando grande, em conquistar algo maior do que foi em 2017. Espero fazer a parceria que sempre existiu com o torcedor para terminar 2018 com alegria muito maior que foi em 2017.