Postado por - Heitor Montes

Criticando calendário, Guto Ferreira justifica improvisação de Mena e ausência de Hernane

Nesta terça-feira (30), o Bahia venceu o Altos por 2 a 0 pela Copa do Nordeste. O Tricolor não jogou bem, mas conseguiu vencer o seu adversário fora de casa e marcou seus primeiros três pontos na competição. Em entrevista coletiva após o jogo, o treinador Guto Ferreira falou sobre algumas questões da partida, como a improvisação de Mena na lateral-direita, mesmo com João Pedro Ribeiro à disposição:

Me agradou sim. Acho que teve um comportamento sólido. Teve um erro na partida, mas o erro não foi dele, o erro foi meu. Não foi porque ganhamos o jogo não. Se tivéssemos perdido, teria o mesmo comportamento. Acho que ele mostra um acréscimo muito grande para um grupo em termos de comportamento, despojamento de vaidade, enfim. O pensamento é só no coletivo

Guto Ferreira também criticou novamente o calendário apertado neste início de temporada:

Retomando equipe, muitas diferenças. Não é uma equipe que transitou na minha mão. Enfim... Uma série de situações diferentes, jogadores que precisam se adaptar, e os jogadores que estiveram comigo precisam se readaptar a forma de trabalhar. Não são doze dias que fazem isso. Nossa maratona é gigantesca. Em 12 ou 13 dias, é desumano. Se você entrar no regulamento, você tem que entrar em campo com 72 horas. Em algumas vezes, entramos com 66. Um jogo a cada três dias. Você não descansa. A gente não está 100% negativo porque eu mudei os jogadores

Brevemente, Guto Ferreira também falou sobre o motivo do atacante Hernane não ter sido relacionado para os últimos jogos:

Porque ele também tem que treinar. Se você só foi para o banco e não jogou, tem que treinar para chegar lá.

Confira o que Guto Ferreira falou em entrevista coletiva

Substituição de Élber
- A gente precisava mais de agressividade, pisar mais na área do adversário. Por isso eu coloquei. Edigar é um jogador assim, foi para beirada e infernizou. Puxou o time para frente. Kayke fez um dos gols, teve outra chance, preparou a jogada para o Zé Rafael. Enfim... a gente foi muito feliz.

João Pedro Ribeiro
- João Pedro é um menino de 17 anos. Responsabilidade de jogo é alta. Temos que ir lapidando. É um menino que vem trabalhando no clube desde 12 anos de idade, que tem status de seleção. O momento do Fluminense foi importante, surgirão outros como aquele. Se ele não corresponde, vem a cobrança. Na época, quando eu tirei Juninho no Campeonato Baiano, ele não questionou. Tiveram alguns jogos que ele... Não vou dizer que balançou, mas não teve o mesmo comportamento que ele teve na totalidade. Aí ele não consegue produzir e acaba desgastando. Você viu o bom desempenho dele depois no restante da temporada. Tudo isso são processos onde o jogador vai ganhando nível de força, de competitividade. O nível de profissional é diferente.

Três pontos
- A gente está muito pressionado. Queremos fazer o melhor para o Bahia, e o Bahia é seu torcedor. Para você ver: Binha que estava aqui gritando, me enchendo de moral, elevando a autoestima. Isso é o Bahia. Muitos torcedores. Aonde quer que você vá, tem torcedor do Bahia presente. O torcedor tem direito de reclamar e a gente tem é que trabalhar. Eles têm toda a razão. Isso só nos faz mais forte.

Mudanças contra o Jacobina
- São horas importantes. De hoje para o próximo jogo serão quase 100 horas. Vamos estar com eles [jogadores] zerados até domingo. Vamos ver aí.