Postado por - Heitor Montes

Guto Ferreira lamenta saída de Régis e diz que Bahia 'perdeu a volúpia' durante o jogo

Dois tempos distintos, a vantagem perto de ser conquistada, mas a frustração pelo empate ao fim dos 90 minutos. Na noite desta quarta-feira, na Arena Fonte Nova, o Bahia teve a chance de ficar mais perto do título do Campeonato Baiano. No entanto, o Tricolor ficou no empate com o Vitória e agora terá que vencer a partida de volta, no domingo, no Barradão.

Assim como aconteceu no último domingo, o Bahia teve maior controle geral do jogo e criou diversas oportunidades. No entanto, após uma queda de rendimento no segundo tempo, a equipe deixou o campo com o empate em 1 a 1. E em sua entrevista coletiva, o técnico Guto Ferreira lamentou exatamente esta oscilação do time em campo.

- Fizemos um grande primeiro tempo, com bastante volume, intensidade. No segundo tempo, faltou um pouco. A partir da saída de Régis, houve queda, encaixe. Jogador que está adaptado e com característica dele a gente não tem. Procuramos algumas situações que não fluíram. Paciência. Ainda assim, o Vitória jogou em contra-ataque. A gente buscou situações de gols para construir um placar elástico. E a gente foi penalizado com o gol. O Jean foi bem no lance, mas a bola voltou. Paciência. Cada jogo é uma história. Cada Ba-Vi está sendo diferente. Tem mais um Ba-Vi lá [no Barradão]. Vamos buscar - comentou.

Apesar da queda de rendimento, Guto Ferreira disse que o momento não é para lamentação:

- Ficou muito claro isso. Houve um decréscimo. A nossa equipe, no segundo tempo, não foi muito incisiva. Perdeu a volúpia. Infelizmente, isso aconteceu. A gente não conseguiu romper. As oportunidades foram menores. Não temos que lamentar, temos que buscar soluções. Tem mais um jogo.

Bahia e Vitória voltam a se encontrar no domingo, às 16h (de Brasília), no Barradão. Na partida, o Rubro-Negro tem a vantagem de jogar por um empate. Para ser campeão estadual, o Tricolor precisa vencer na casa do rival.

Veja outros temas da entrevista coletiva de Guto Ferreira

Gol
- Cara, você viu a troca que fizemos. Estávamos sentindo a situação. Tem situações do jogo de ficar lá e cá. O tempo todo, vai e volta. Jogamos quinta-feira setenta minutos com dez homens. Se foi isso, não sei. Vamos avaliar. Aconteceu um decréscimo.

Ataque leve
- Quem? Maikon Leite é extremo, Diego Rosa é extremo. E quem joga por dentro? Sabe o que acontece? Você acompanha. Régis é um dos poucos jogadores no plantel que não tem jogador com característica dele. É um jogador por dentro, de força. Tentamos no Campeonato Baiano, e em nenhum momento a equipe fluiu. Tanto é que, em determinado momento que a coisa não andou, tentei fazer com três volantes para fortalecer a marcação e deixar que os homens de frente resolvam. A saída do Régis desequilibrou a equipe.

Surpreendeu o Vitória?
- Na realidade, a equipe do Vitória cresceu com desgaste nosso e algumas trocas que fizeram diferente na equipe deles: por exemplo, a entrada de Rafaelson. É um jogador rápido. Talvez, com nossa equipe rápida, estruturada, isso não aparecesse. Eles passaram a jogar principalmente nos erros nossos. Aumentamos o número de erros no último terço do campo. Foi isso que fez esses cinco ou dez minutos que eles encaixaram o empate da partida. Fora isso, foi o time do Bahia buscando e o Vitória se defendendo.

Inversões de lado entre os atacantes
- Circunstâncias da partida. O jogador começa a se dar bem no setor e evita ir para o outro lado. Isso não tem como eu ficar... Eles que sabem o momento das inversões. Quando a coisa está muito fixa, a gente fala, lembra. Passa muito por situações de acúmulo. Fizemos três jogos de altíssima intensidade com dois dias de intervalo de descanso. Não foram nem sete dias. E nós jogamos setenta minutos com um homem a menos

Descanso
- É buscar descansar, ver quem vai ter condição de jogo e, em cima disso, procurar montar a melhor equipe.

Fonte: Globo Esporte