Postado por - Heitor Montes

Guto Ferreira não descarta improvisar jogador na lateral esquerda: Considero tudo

Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Moisés não pega o Tupi-MG no próximo domingo, pela Série B: "Todos que fazem parte do plantel concorrem", diz treinador

O técnico Guto Ferreira fez mistério e não revelou, em entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira, o substituto de Moisés na partida contra o Tupi-MG, marcada para o próximo domingo, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o lateral esquerdo está fora do jogo. Com o substituto imediato de Moisés, João Paulo Gomes, em recuperação de uma entorse no joelho, fica ainda mais incerto o nome de quem Guto vai escolher para começar o confronto de domingo.

Digamos assim que Moisés está fora [risos]. Os outros nove que começam como titular, com certeza, não seriam deslocados para aí. Todo o resto tem possibilidade. Não deixa de ser. Ele faz parte do plantel. Todos que fazem parte do plantel concorrem. Respondido? Te ajudei? [risos]

Entre as possibilidades de Guto Ferreira para o jogo de domingo estão as improvisações do lateral-direito Tingar ou do zagueiro Éder na esquerda, ou utilização de um especialista na posição, o jovem lateral-esquerdo Juninho, cria das categorias de base do Bahia. Segundo Guto, todos eles têm chances de começar como titular.

Eu considero tudo [risos]. Tudo que me mostrar um caminho. Um caminho onde a gente já teve algum tipo de segurança, algum tipo de resposta positiva, eu considero.

Embora com grande o mistério sobre o titular na lateral esquerda, o restante do time titular para o jogo de domingo deve ser o mesmo que encarou o Londrina na última terça-feira. A provável formação para p próximo confronto é formada por: Muriel, Eduardo, Jackson, Tiago e Tinga [Juninho], Juninho, Luiz Antônio e Renato Cajá; Misael, Edigar Junio e Hernane.

Quanto ao adversário, Guto Ferreira pregou respeito ao Tupi-MG. Em 18º lugar, com 26 pontos, a equipe mineira briga contra o rebaixamento para a Série C.

O Bahia só estava jogando contra rival direto. Não é um rival direto na briga de cima, mas que precisa muito do resultado. E jogando fora de casa é complicadíssimo. Nós temos que respeitar. Tem uma série de coisas que nós temos que levar em consideração, e não é o lugar na tabela que mostra a qualidade do grupo

Mesmo com a derrota para o Londrina na última rodada e queda para a 7ª posição da Série B, a cinco pontos do G-4, Guto se vê motivado e com esperanças de levar o Bahia para a Série A.

Da mesma maneira, sem tirar nem por. Quando começou o segundo turno eu acho que nós estávamos a oito pontos [do G-4]. O campeonato está super-difícil. Nós temos que ter uma sequência de vitórias. A coisa que vai acontecer é que você vai diminuindo a possibilidade A. Mas é do jogo. E não é só para nós, é para todo mundo. Mais do que nunca, só existe uma coisa que vai nos levar a alcançar o objetivo: acreditar nele.

O jogo contra o Tupi-MG está marcado para as 19h30.

Confira outros trechos da entrevista coletiva do técnico Guto Ferreira:

CHANCE DE COLAR NO G-4

Desde que faça a nossa. Até o final da competição nós temos que sempre estar somando três pontos. Se fizermos isso, fatalmente vamos alcançar nosso objetivo. Dificilmente, os quatro que estão la em cima vão ganhar todas. E dois deles, empatando três dos nove jogos, e a gente ganhando todas, nós estamos dentro e eles fora.

MUDANÇA DE SISTEMA DE JOGO

Você tem dois ou três sistemas. Ultimamente, a gente vem trabalhando com um ou dois sistemas, não mais que isso. Acho que nesse momento é tiro no pé mudar o sistema. A gente tem que trabalhar em cima do estágio que está para aperfeiçoar.

DIFICULDADE DA COMPETIÇÃO

No momento que nós estamos, para a gente pensar em alguma coisa, nós temos que pensar em vencer, independente de ser dentro ou fora de casa. Nós temos que estar jogando para ganhar, vencer. Temos que multiplicar as nossas contas dessa maneira. A Série B está muito competitiva, haja vista que nos últimos anos tem um bloco de equipes chegando na classificação, mais equipes em condições. A diferença entre nós e o líder dá nove pontos. E nós somos só o 7º. O 10º tem a mesma pontuação da gente. Entre nós e a zona [de rebaixamento] são cinco [pontos]. É uma briga ferrenha. Aí tem uma questão muito interessante. Se a gente colocar o Luverdense e o Vila, são 12 equipes na briga. Dessas 12, nós talvez sejamos a equipe com menos confrontos [diretos]. Nós temos cinco. Todos os outros têm de 7 a 9 jogos. Então, tem muita coisa a acontecer. É por isso que a gente está trabalhando bastante.

BOLA AÉREA

Acho que é muito cruel a gente colocar esse gol [do Londrina] como problema, né? Se analisar o lance, né? Contra o Paysandu foi uma falha sim em bola parada. Eu acho que houve avanços, mas cada jogo tem sua nuance. Todas as vezes que nós enfrentamos especialistas nós tivemos dificuldades sim. Até pelas características do grupo que nós temos. Não temos uma equipe alta. Não é baixa, mas não é alta. Não são jogadores com característica de contato. O jogo contra o Londrina foi isso. Jogo extremamente difícil, desgastante, corpo a copro. Lances que escapavam. Praticamente, para a televisão, o espectador que não torce nem para Londrina, nem para Bahia, foi um jogo muito ruim, de muita marcação. Sempre que ocorrer de você vir numa sequência de jogos isso se enfatiza mais porque o descanso de um jogo para outro não está totalmente feito. E o jogo aéreo faz parte disso. A gente trabalha bastante. Mas ainda vai acontecer em cima da qualidade do adversário. Cada jogo tem um tipo de situação. Não dá para tentar trazer eles para uma conta única.

Fonte: Globo Esporte