Postado por - Heitor Montes

Guto Ferreira não divulga time titular e diz que jogo contra o Oeste será dos mais difíceis

Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, Guto Ferreira não confirma as entradas de Victor Rangel e Tinga: "Eu não vou escalar o time não", disse

Como de praxe antes das partidas, o técnico Guto Ferreira não revelou o time titular do Bahia que vai enfrentar o Oeste, neste sábado, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Durante entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira, no Fazendão, o treinador não confirmou a entrada de Victor Rangel e Tinga, nas vagas do suspenso Hernane e do machucado Moisés.

Embora não confirmados no time titular, Rangel e Tinga têm treinado no time principal ao longo dos coletivos realizados nesta semana. O primeiro, inclusive, foi citado por Guto como substituto de Hernane logo após o jogo contra o Brasil de Pelotas.

A gente falou, mas isso não quer dizer que...[risos] Eu não vou escalar o time não. Vou falar da característica do Victor. É um jogador de boa velocidade, com boa presença de área, como Hernane. Com a saída do Hernane o time perde em liderança. Aí, outros jogadores do grupo têm que assumir esse papel. E, no mais, esperar que o Victor possa fazer uma partida com nível que ele sabe fazer e torcer para que tudo ocorra bem se for o Victor a peça que a gente colocar dentro de campo para substituir o Hernane

Quanto a Tinga, Guto Ferreira fez questão de elogiar o crescimento do jogador nas últimas partidas. Como Moisés e João Paulo Gomes estavam machucados, o lateral direito foi improvisado na esquerda nos dois últimos jogos do time, contra Tupi-MG e Brasil de Pelotas.

Pode jogar Tinga, João Paulo. João Paulo está de volta. Vamos ver quem nós vamos escolher. Mas, mais importante do que quem está dentro de campo, é estar confiante. Com a força de expressão, graças a Deus, o Tinga vem começando a ter respeito pelo trabalho muito sério que vem realizando dentro do clube e que, às vezes, as pessoas não conseguiam entender e reconhecer. Agora sabem e entendem as suas limitações e as suas virtudes. Todos nós temos limitações e virtudes. Muitas vezes, as pessoas preferem pontuar as nossas limitações que exaltar as virtudes. Quando as coisas estão bem, nossas virtudes são exaltadas. Quando não estão bem, as nossas limitações é que são pontuadas. Deus queira que a gente possa só exaltar daqui até o final as virtudes de cada jogador, torcedor.

Diante do Oeste, Guto reencontra o adversário que enfrentou quando fez sua estreia pelo Bahia. Na ocasião, o Tricolor venceu por 2 a 0, com gols de Zé Roberto e Hernane. O treinador tricolor lembrou esse jogo e elogiou o trabalho do técnico rival, Fernando Diniz

Logo que estreei, e foi contra o Oeste, eu dizia que a equipe do Oeste, em questões táticas, era uma das mais difíceis de serem enfrentadas. Fernando Diniz é um grande treinador, estrategista, faz um trabalho de vanguarda já há um bom tempo em São Paulo. O modelo de jogo que ele adota cria inúmeras dificuldades. Então, é um jogo dos mais difíceis. Agora, nós só temos um caminho: vencer. Para depender só da gente, é vencer. Treinamos algumas situações para que a gente possa traçar estratégia de jogo, o que pode fazer dentro da partida e acreditar muito no nosso poder de jogo. Aqui, nós tivemos a felicidade de vencer porque marcamos cedo. E aí, queira ou não queira, o jogo cria uma situação mental forte quando você está na frente. Tivemos a competência de sustentar, jogamos humildemente e surpreendemos com uma situação final, no segundo tempo, e matamos o jogo. O Lomba na época defendeu um pênalti. É aquilo que você acredita. A gente tem que ter força, fé no que está fazendo e confiar que a gente pode vencer e triunfar em São Paulo.

O Bahia encara o Oeste às 15h20 (horário de Salvador) de sábado, na Arena Barueri. Com 49 pontos, a Tricolor ocupa a a 6ª posição na tabela da Série B. A equipe paulista é a 16ª, com 33 pontos.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Guto Ferreira:

DESEMPENHO DIFERENTE FORA DE CASA

Acho que têm inúmeras situações. Os próprios adversários encaram o Bahia de uma maneira diferente dentro e fora de casa. Existe todo um contexto diferente. Cada jogo tem a temperatura, qualidade do piso, pontos de referência, a viagem...Queira ou não queira, tem uma situação. Não é a mesma coisa da rotina que você tem dentro de casa. Tudo isso que eu falei aqui serve mais como desculpa, coisa que eu não gosto de adotar, do que como solução e alguma coisa que explique. Eu acho que é uma questão também mental, de acreditar, estar se cobrando. No aspecto de confiança, de fé, de acreditar. Eu acho, por exemplo, que na partida do CRB [Bahia tinha um jogador a mais e vencia por 2 a 0, mas cedeu o empate], a gente vinha bem, vencendo a partida. Foi relaxamento, empolgação, achar que o jogo estava ganhou. Enfim, cada momento é um momento. Acho que o Bahia tem, poucas vezes, repetido os erros de forma consecutiva. Nós temos errado no resultado. Agora, nós temos que acertar também.

MARCAÇÃO

Vamos buscar marcar, com certeza. Não tem como vencer o Oeste se deixar eles jogarem. Então, vamos marcar sim. Agora, as estratégias, se vai ser pressão alta, média, baixa, aí é estratégia do jogo, e a gente não vai dar o caminho para eles. Agora, é uma equipe dificílima. Futebol exige que você marque e jogue com intensidade. Se o Bahia conseguir, e nós vamos conseguir, marcar bem e aplicar intensidade de jogo alta, como nós estamos fazendo na Arena, fatalmente estaremos próximos de conseguir o triunfo.

TIME EM CRESCIMENTO

Eu acho que sim. A gente tem que buscar sempre melhorar. Hoje nós temos um dilema, que é vencer fora de casa. É um desafio para o grupo que, sob o meu comando, venceu apenas o Avaí. Foi uma grande vitória. Mas é um desafio bastante grande. Nós vamos conseguir. Todo mundo diz fé em Deus né? Tenho certeza que Deus está olhando por nós. É fé nos homens, nos jogadores, no nosso trabalho para que a gente possa conseguir o triunfo.

Fonte: Globo Esporte