Após a partida, o técnico Guto Ferreira avaliou o desempenho de seus comandados e destacou a má qualidade do gramado. Ele aproveitou para explicar as substituições que fez ao longo dos 90 minutos.
Aí você fala, o povo sempre vai pegar como desculpa, mas quem joga futebol sabe. O campo do Conquista é pesado. O gramado é alto, e eles estão adaptados. O fato de treinarem aí faz com que tenham nível de resistência, que aguentem bem. Nosso time, a partir dos 30 minutos, teve uma queda de intensidade de jogo, foi quando eles cresceram. As reposições nossas, o Matheus [Reis] está voltando, o Mário ainda está se firmando. Nós botamos o Feijão para dar mais consistência no meio, porque o meio estava ficando aberto. A gente não estava marcando tanto, foi para proteger ali. Graças a Deus, deu certo, conseguimos fechar bem. Demos uma sorte danada. Imagina se não tivesse botado o Feijão e tivesse o Cajá expulso. A gente treina muito isso, bastante treino com inferioridade numérica, fechando duas linhas de quatro. Mas às vezes você acaba tendo que mexer por algum tipo de situação pontual, e aí o tiro pode sair errado. Mas hoje deu tudo certo - analisou.
Foi devido ao gramado, inclusive, que uma das expectativas da torcida foi frustrada: não foi neste domingo que o atacante Maikon Leite, relacionado pela primeira vez, realizou sua estreia. Guto Ferreira ponderou que o campo não era propício às características do atleta e preferiu deixar a primeira partida dele para a próxima oportunidade.
Maikon ainda não jogou com a gente, não tem rimo. Esse campo é pesado. Uma coisa é o velocista arrancar com força num campo de piso baixo, aí a caraterística dele vai sobressair. Aqui a bola não corria. Como ele ia sobressair se não tinha velocidade? Quem consegue arrancar um pouco são jogadores muito fortes, como Tatu. Mas, mesmo assim, nossa defesa, como a bola não corre, nossa defesa, mesmo não tão rápida quanto o ataque deles, quanto o jogador deles, tem que correr com a bola. Quando o gramado é bom e a bola corre fácil, o velocista se sobressai. Talvez se ele estivesse num ritmo bom, fosse uma alternativa mais certeira. Por isso o não aproveitamento do Maikon - explicou.
O treinador do Bahia ainda fez elogios a Diego Rosa, autor do gol do Bahia na partida. Ele não esqueceu de sinalizar a oscilação que o jogador tem apresentado nas partidas, mas valorizou o faro goleador – o atacante tem quatro gols em dez partidas e é o artilheiro do Tricolor na temporada.
- Diego é o artilheiro da temporada. A gente responde com estatística. Pode ter oscilado as duas últimas partidas, não ter ido tão bem. Mas hoje foi muito bem, como outras partidas em que foi muito bem. O detalhe não é a qualidade dele, é essa oscilação, que é própria de quem está se firmando no clube, na temporada, até chegar ao timing dele. Quando os jogadores que são supostamente melhores estiverem melhores, vão jogar e ele vai esperar. Agora se ele estiver rendendo mais, ele vai jogar. Éder é um jogador que estava na lateral por necessidade. E muito bem por sinal. Só que ele mostrou, lá nos Estados Unidos, que, na zaga, está na frente do Rodrigo, que vem vindo muito bem também – finalizou o técnico.
O Bahia volta a Salvador nesta segunda-feira, quando faz apenas uma escala e segue para Curitiba. Na quarta, a equipe enfrenta o Paraná em partida adiada da segunda fase da Copa do Brasil. Pelo Campeonato Baiano, o Bahia só volta a campo no dia 19, quando vai enfrentar o Galícia na Arena Fonte Nova.
Fonte: Ge.com