Postado por - Newton Duarte

Em busca de equilíbrio, Guto Ferreira usa período de treinos para ajustar o Bahia

Com pouco mais de um mês no Bahia, Guto Ferreira tem seis jogos realizados, com três gols sofridos e três gols marcados. Ele busca evolução no desempenho ofensivo

Guto Ferreira Bahia Treinador falou sobre a busca pela evolução ofensiva do Bahia na Série B (Foto: Divulgação / E.C. Bahia)

A busca por equilíbrio se tornou uma das principais missões do técnico Guto Ferreira no período de duas semanas sem jogos pela Série B. Com pouco mais de um mês no Bahia, o treinador comandou a equipe em seis partidas. O retrospecto defensivo é bom, com apenas três gols sofridos. O desempenho do ataque, no entanto, deixa a desejar. Foram três gols marcados na série que inclui dois triunfos, um empate e três derrotas.

Para conseguir a recuperação na Série B, Guto Ferreira trabalha na intertemporada de olho na melhora da performance ofensiva tricolor. O objetivo do treinador é o de fazer com que o time marque mais gols, sem acabar com o bom desempenho defensivo conquistado nos últimos jogos.

- Estamos atacando os mais variados pontos. Aplicando treinamentos que façam com que eles realizem essa filosofia de jogo, que é marcação mais intensa, posse de bola, e que possam fazer isso dentro de um equilíbrio. Aí está nosso grande problema. No aspecto defensivo, o Bahia sob o meu comando tomou três gols em seis jogos. Número bem considerável em termos de defesa. Mas não pode em seis jogos ter feito três gols. É péssimo em termos de ataque. Temos que achar o equilíbrio para qualificar o ataque. Qualificar o ataque passa pelo processos e busca por encaixe melhor de posicionamento, de peças que possam trazer agressividade para fazer mais gols. A medida que possamos qualificar o ataque sem perder a efetividade da defesa, teremos encontrado o Bahia que a gente busca para buscar os resultados no fim do primeiro turno e no segundo turno – comentou Guto Ferreira.

Reforço importante para o ataque, o retorno de Edigar Junio pode ajudar o técnico a encontrar o equilíbrio no time. O atacante desfalcou o Bahia nas últimas rodadas em virtude de um estiramento muscular e voltou a treinar nesta semana. Guto Ferreira, contudo, mantém a precaução para tratar do atleta.

- Edigar tem características importantes. Mas não é com duas semanas de retorno, após quase dois meses sem sequência, que voltará a ser o Edigar que estava em alta quando machucou pela primeira vez. Teve parada grande, volta pequena e outra parada grande, fica na conta quase dois meses. Na sequência sim, pode chegar [ao nível apresentado no início do ano]. Nesse momento é importante, mas pode não dar respostas no primeiro momento. Temos que acreditar e trabalhar para que ele possa chegar ao estágio que a gente espera o mais rápido possível – comentou.

Guto Ferreira BahiaTreinador comentou a possibilidade de contar com Edigar Junio contra o Atlético-GO (Foto: Divulgação / E.C. Bahia)

O treinador também não descarta fazer mudanças no time para conseguir balancear os rendimentos do ataque e da defesa. Testes foram feitos durante a semana, nos treinos táticos realizados no Fazendão.

- Nós temos experiências para fazer. Momento de fazer é agora, em treinos. Não é sinal de nada por enquanto. Pode ser que faça mudança [no time], pode ser que não. Tenho que encontrar o melhor encaixe. Muitas vezes uma peça tem bom retrospecto com uma formação, com outra não dá exatamente o desempenho que você esperava. A parceria não completa. Estou buscando quem completa quem. Onde terei os 11 mais fortes. Para ter uma equipe que se inicia, e a partir disso saber quem consegue se desenvolver melhor e onde, ao lado de quem – justificou.

O Bahia volta a jogar no dia 16 de agosto, contra o Atlético-GO, na Arena Fonte Nova, em Salvador. A partida encerra o primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro.

Confira outras declarações de Guto Ferreira:

ATLETAS ENTENDERAM FILOSOFIA DE JOGO?

- Entender estão a caminho, e vem trabalhando muito isso. Logicamente não é o trabalho de um mês e alguns dias que vai fazer com que eles tenham o discernimento a cada instante da partida. Tem coisa que é pessoal do atleta, escolha de momento. O contexto, a base, com certeza eles já tem ideia do que se busca. E estão se adaptando cada vez melhor a executar o que a gente quer. Não adiante entender o que quero sem estar preparado para executar o que quero. E meu trabalho é esse, adaptar a conseguir desenvolver dentro de campo o que a gente tem como conceito de jogo.

É PRECISO MAIS DO QUE 11

- Isso a gente trabalha diariamente, qualificando a condição dos jogadores em termos de força e velocidade, posse de bola, modelo de jogo que buscamos. E buscando encaixar a melhor formação de 11, sabendo que não adianta achar 11. Em uma competição como essa, tenho que achar 16, 17, 18 jogadores que possam se alternar sem perder a qualidade da equipe e a competitividade da equipe. Estamos fazendo, mas ainda não está dando resultado. Estamos buscando. Daqui a dez dias temos o returno, e aí não tem mais essa fase de recuperação, de qualificação que tivemos. Teremos que dar resultados dentro de campo para buscar o objetivo. Temos que fazer bem feito agora e depois trabalhar ainda mais. 100% não está sendo suficiente, temos que dar 115, 120, até achar a totalidade de entrega para ultrapassar os adversários. Para que possamos vencer e avançar na tabela até o nosso objetivo final.

Fonte: Ge.com