Postado por - Newton Duarte

'Imparcialidade comprometida'

Intervenção no Bahia: ex-presidente pede suspeição do juiz Paulo Albiani

No documento, advogado de Marcelo Filho argumenta que o magistrado que determinou a intervenção não pode julgar o caso por parcialidade

Desde 9 de julho, Marcelo Filho está afastado da presidência do Bahia


A intervenção no Bahia ganha novos capítulos a cada dia. Com o intuito de dar fim à administração de Carlos Rátis, determinada pela Justiça no dia 9 de julho, e retornar à presidência do clube, Marcelo Guimarães Filho entrou com uma nova petição na última segunda-feira. Através da medida, o advogado de Marcelo Filho pede a suspeição do juiz Paulo Albiani, que proferiu a sentença favorável à intervenção do clube, e a suspensão do processo.

No documento encaminhado à Justiça, a defesa de Marcelo Filho afirma que Albiani tem sido parcial em suas decisões e tem extrapolado sua função de magistrado, interferindo na administração do Bahia. Para isso, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, utiliza a determinação de “auditoria rigorosa” no clube, emitida por Albiani, como argumento.

A defesa de MGF afirma, no documento, que o juiz tem sua imparcialidade comprometida por interesses e já teria formado um julgamento prematuro e tendencioso contra o presidente do clube, tornando o processo uma batalha pessoal. O documento ainda acrescenta que “o interventor [Carlos Rátis] está a fazer papel meramente decorativo quando, em verdade, o verdadeiro gestor do Esporte Clube Bahia é o juiz de direito Paulo Albiani Alves”.

A defesa ainda discorre sobre a decisão de auditoria no clube. Segundo o documento, o interventor tem por obrigação, de acordo com a decisão da Justiça que determina a intervenção, “administrar e restaurar os poderes do clube, a fim de convocar eleições para a constituição do Conselho Deliberativo do Clube, do Conselho Fiscal e, após, para presidente da diretoria para o próximo triênio”. Para a defesa de Marcelo Filho, uma auditoria rigorosa no Bahia não é adequada nem deve ser prioridade neste “momento conturbado”. A defesa argumenta que tal processo deve ocorrer quando a administração do Bahia voltar às suas condições normais. De acordo com o documento, caso a auditoria – classificada como “absurda” – seja colocada em prática neste momento, servirá apenas para manchar a imagem da diretoria do Bahia que foi destituída, através da criação de factoides na imprensa, gerados a partir do vazamento de informações distorcidas.


Confira na íntegra a Petição da Ação de Suspeição


Tabela interativa da Série A com atualização online


Fonte: GLOBOESPORTE.COM

Foto: Eric Luis Carvalho