Postado por - Newton Duarte

Insano, mundo insano

Mundo insano

Bristol (EUA) – Ontem à noite assisti a um debate na televisão americana em que uma das personalidades defendia a liberdade de expressão e, ao mesmo tempo, usou a expressão “a palavra n”.

A tenista francesa Alize Cornet se solidariza com a revista Charlie Hebdo após o atentado - Reprodução

Bem, para quem não sabe, a “palavra n” é um código nos Estados Unidos para não dizer a palavra “nigger”.

Então, tínhamos na telinha um americano defendendo o direito do semanário Charlie Hebdo de publicar na França charges em que o profeta Maomé aparece nu, na prática de atos sexuais, e, ao mesmo tempo, não tem a coragem de, em seu próprio país, usar a palavra “nigger”.

Sim, a palavra “nigger”, corruptela de “negro”, é altamente pejorativa nos Estados Unidos. Um americano branco nunca a usa, porque não é “politicamente correta”.

A esta altura, devo dizer que acredito em Deus, mas não o conheço, porque Deus é a força que criou o universo, mas eu não sei e até hoje ninguém sabe como o Universo foi criado. Quando soubermos, teremos conhecido Deus. Até lá, ouço respeitosamente cristãos, judeus e muçulmanos, mas penso com minha própria cabeça.

Os cristãos não querem que se invoque o nome de Deus em vão, os judeus nem o escrevem e os muçulmanos não admitem a criação de imagens de Maomé.

Quem desenhou Maomé nu na prática de atos sexuais deveria saber que estava jogando óleo na fogueira do fanatismo religioso que hoje infelizmente assola o planeta.

O mundo está perigoso demais, numa insanidade que  ameaça até os campos do esporte.