Mundo insano
Bristol (EUA) – Ontem à noite assisti a um debate na televisão americana em que uma das personalidades defendia a liberdade de expressão e, ao mesmo tempo, usou a expressão “a palavra n”.
![](http://www.gazetaesportiva.net/blogs/joseinaciowerneck/files/2015/01/cornet_300_tony_ashby_afp.jpg%20)
Bem, para quem não sabe, a “palavra n” é um código nos Estados Unidos para não dizer a palavra “nigger”.
Então, tínhamos na telinha um americano defendendo o direito do semanário Charlie Hebdo de publicar na França charges em que o profeta Maomé aparece nu, na prática de atos sexuais, e, ao mesmo tempo, não tem a coragem de, em seu próprio país, usar a palavra “nigger”.
Sim, a palavra “nigger”, corruptela de “negro”, é altamente pejorativa nos Estados Unidos. Um americano branco nunca a usa, porque não é “politicamente correta”.
A esta altura, devo dizer que acredito em Deus, mas não o conheço, porque Deus é a força que criou o universo, mas eu não sei e até hoje ninguém sabe como o Universo foi criado. Quando soubermos, teremos conhecido Deus. Até lá, ouço respeitosamente cristãos, judeus e muçulmanos, mas penso com minha própria cabeça.
Os cristãos não querem que se invoque o nome de Deus em vão, os judeus nem o escrevem e os muçulmanos não admitem a criação de imagens de Maomé.
Quem desenhou Maomé nu na prática de atos sexuais deveria saber que estava jogando óleo na fogueira do fanatismo religioso que hoje infelizmente assola o planeta.
O mundo está perigoso demais, numa insanidade que ameaça até os campos do esporte.