Kalil critica patrocínios estatais a clubes: 'Ou é pra todo mundo, ou pra ninguém'
Ex-presidente do Atlético-MG opinou sobre a atual política de patrocínios empregada por empresas estatais
Presidente mais vitorioso da história do Atlético-MG, Alexandre Kalil, que deixou o cargo em dezembro de 2014, comentou sobre a atual conjuntura dos patrocínios estatais no Brasil. Nesta terça, em entrevista ao programa "Bola da Vez", da ESPN Brasil, o ex-dirigente do Galo foi incisivo ao opinar sobre os contratos praticados com clubes de futebol.
- Patrocínio estatal é coisa muito grave. Ou é pra todo mundo, ou pra ninguém! Estou pagando imposto para colocar a Caixa (Econômica Federal) na camisa do Flamengo? Pra gastar dinheiro com o Corinthians. O meu time está lá. O Cruzeiro está sem patrocínio (Master) na camisa. Isso não é motivo de crítica? Não entendo a lógica do futebol. - disse Kalil
O ex-mandatário foi incisivo e citou até que a concessão de patrocínios a um grupo seleto de equipes é um "crime". Segundo Alexandre, o princípio da isonomia (princípio que estabalece a justiça mediante a igualdade de direitos a todos, usando os mesmos critérios) deveria reger estes contratos.
- Claro que é crime. É uma estatal. É farra do governo nas camisas do futebol? Você acha correto o Estado patrocinar um clube e não patrocinar outro? Isso poderia ser resolvido, a começar pelo mínimo: Isonomia. Deveriam fazer um estudo de mercado. Quando vai pras pesquisas, você vê que (o futebol de) Minas está lá em cima. Aí o cara dá uma canetada e clube tal vale R$ 1 mi e você vale R$ 100 mil. - finalizou