Após ser um dos destaques do Bahia na campanha do acesso em 2016, o zagueiro Jackson sofreu com as lesões em 2017. Na temporada passada, ele passou por duas cirurgias no mesmo joelho e por um tratamento para hérnia de disco. Com isso, ele atuou em apenas oito partidas na temporada, sendo a última em maio, no Ba-Vi pela final do Campeonato Baiano.
Em abril, Jackson sofreu a sua primeira lesão, um trauma no joelho. Após não conseguir se recuperar com os tratamentos convencionais, o zagueiro precisou passar por uma videoartroscopia. No mês de agosto, ele foi diagnosticado com uma hérnia de disco quando estava próximo de voltar aos treinos. Em outubro, o Bahia o recomendou a procurar um especialista para cuidar de um problema chamado “joelho valgo”: um desalinhamento dos membros inferiores, em que os joelhos são forçados para a área interna das pernas.
O zagueiro foi a São Paulo para se consultar com o médico Rene Abdalla e foi submetido a cirurgia. Jackson vem recebendo tratamento longe de Salvador.
Em entrevista ao site Globo Esporte nesta sexta-feira (19), o zagueiro revelou que voltou a pisar no chão com a perna operada após mais de três meses:
Achei melhor vir a São Paulo pois essa cirurgia que fiz é um pouco complicada. Tenho que fazer com o melhor médico, e por isso procurei o Dr. Rene Abdala que me ajudou e muito. (...) Nesta quinta-feira, eu completei três meses de cirurgia. Hoje coloquei pela primeira vez o pé no chão, me sinto muito feliz com isso e com uma expectativa muito boa, não sinto incômodo algum, somente receio
Com a expectativa de que a recuperação seja de aproximadamente sete meses, Jackson deverá ficar sem atuar até o fim de maio, completando um ano longe dos gramados.
O prazo que o Dr. Rene Abdala me deu foi de sete meses. Estou com a expectativa de que no final de maio, início de junho devo estar voltando, assim que Deus permitir.
Jackson acredita que, apesar de todas as dificuldade, 2017 foi um ano de aprendizado. Segundo o defensor, sua família foi fundamental para a superação do seu sofrimento:
Num primeiro momento, fiquei muito triste por ter que passar por um novo processo cirúrgico, mas logo que cheguei em casa e contei para minha esposa, ela já me confortou. Os meus filhos me ajudaram muito naquele momento em aceitar o problema e encarar de frente. (...) Fiquei abalado, desanimado, me perguntando o motivo de tudo isso. Mas a minha família é a base de tudo e me deu muita força para superar. Para quem confia em Deus, nada pode dar errado. (...) Por tudo que passei neste ano de 2017, pelo sofrimento, é um ano não para esquecer, mas sim para servir de inspiração para eu me recuperar logo e voltar o mais rápido possível
Após mais de 250 dias sem jogar, Jackson admite que esse longo período inativo é um desafio para um jogador profissional. Com saudades de entrar em campo, o jogador falou que conversa com os colegas do elenco do Bahia:
Estive comentando com a minha esposa que estou com muita saudade de jogar, minha família está me ajudando muito neste momento, só eles sabem o que eu tenho feito e passado para voltar a jogar futebol, fazer aquilo que mais amo na vida. Não vejo a hora de voltar, tenho sonhado com esse momento. (...) Sempre acompanho os meus companheiros, mesmo de longe, tenho falado com alguns amigos. Não tive contato ainda com o professor Guto Ferreira depois do retorno dele ao Bahia, mas quando voltar, tenho certeza que tudo vai se encaminhar.
Quando voltar aos campos, Jackson terá que disputar a posição com os habituais titulares Tiago e Lucas Foneca, o reforço Douglas Grolli e os jovens Rodrigo Becão e Everson, promovidos das divisões de base.