Postado por - Newton Duarte

Jamais o lanterna escapou do rebaixamento; Dupla Ba-Vi ocupa as duas últimas posições

Dupla Ba-Vi ocupa as duas últimas posições; jamais o lanterna escapou do rebaixamento

Além de Bahia e Vitória, outros quatro clubes também estão no grupo dos que já lutam intensamente contra o rebaixamento

O futebol baiano anda em baixa no cenário nacional. Únicos representantes do estado no Brasileirão, Vitória e Bahia são lanterna e vice-lanterna do campeonato, respectivamente. O histórico do torneio torna a colocação da dupla Ba-Vi ainda mais preocupante.

De 2006 pra cá, quando o campeonato de pontos corridos passou a ser disputado com 20 clubes e 38 rodadas, nenhum time que terminou a primeira metade da Série A na lanterna escapou do rebaixamento. 

Foi assim com Santa Cruz (2006), América-RN (2007), Ipatinga (2008), Sport (2009), Goiás (2010), América-MG (2011), Figueirense (2012) e Náutico (2013).  Nesse período, apenas três vezes quem chegou à metade do Brasileirão na vice-lanterna foi capaz de fugir da degola: Fluminense (2008 e 2009) e Atlético-MG (2011).

A calculadora aumenta a preocupação dos torcedores. O Vitória só conseguiu 15 dos 57 pontos disputados no primeiro turno (26%). O Leão não fez valer a força do Barradão e é o pior mandante da Série A. Dos nove jogos disputados em casa, perdeu cinco, empatou três e venceu um.

O Bahia só somou 17 pontos (30%) e tem como uma de suas deficiências o baixo poder ofensivo. Com apenas 11 gols marcados, o tricolor tem o segundo pior ataque do Brasileiro. Ganha apenas do Criciúma, que fez nove.

Além de Bahia e Vitória, outros quatro clubes também estão no grupo dos que já lutam intensamente contra o rebaixamento, caso de Coritiba e Criciúma, que completam a zona, além de Palmeiras e Chapecoense.

OUTRAS BRIGAS

Também já começa a se desenhar o grupo dos intermediários, aqueles que respiram mais aliviados, porém não devem alcançar grandes conquistas no campeonato, a exemplo de Figueirense, Goiás, Flamengo e Atlético-PR.

O fim do primeiro turno também sinaliza os prováveis felizardos. Pelo segundo ano consecutivo, o Cruzeiro dá show em campo. Atual campeão, o clube mineiro vai firme em busca do bicampeonato consecutivo. Com um futebol bonito, organização tática e elenco competitivo, a equipe mineira terminou o turno com 43 pontos, sete a mais que o São Paulo, segundo colocado.

O tricolor paulista, o Inter, o Corinthians e o Fluminense prometem briga intensa pelas vagas na Libertadores, disputa pela qual Grêmio e Atlético-MG também querem participar.

Brasileirão teve 18 técnicos demitidos só no 1º turno

O 1º turno do Brasileirão não reservou emoções apenas dentro de campo. Nas 19 rodadas disputadas, 18 treinadores foram demitidos. Dos 20 clubes que disputam a Série A, 12 mudaram o comando técnico de seus times. Apenas Cruzeiro, Internacional, São Paulo, Corinthians, Fluminense, Sport, Goiás e Botafogo foram convictos em suas escolhas.

As demissões começaram logo na 1ª rodada, quando Paulo Autuori deixou o Atlético-MG para a chegada de Levir Culpi. Na 2ª, o Criciúma demitiu Caio Júnior e contratou Wagner Lopes, e o Figueirense demitiu Vinícius Eutrópio e contratou Guto Ferreira.

Na 3ª, o Palmeiras trocou Gílson Kleina e efetivou o interino Alberto Valentim (Ricardo Gareca só viria na décima rodada). Na 4ª, outras duas trocas: Jayme de Almeida foi demitido do Flamengo, e Ney Franco, que assumiria o rubro-negro carioca, pediu as contas do Vitória, dando lugar a Carlos Amadeu, interino até a chegada de Jorginho.

Na 5ª rodada, a mexida foi no Atlético-PR: saiu Miguel Angel Portugal e entrou o interino Leandro Ávila (Doriva assumiria na 10ª). Na 6ª, a Chapecoense: Gilmar Dal Pozzo caiu e Celso Rodrigues entrou no lugar.

Na 11ª, o Figueirense trocou Guto Ferreira por Argel, enquanto o Flamengo demitiu Ney e contratou Luxemburgo. Na 12ª, o Grêmio desistiu de Enderson Moreira e chamou Felipão. No Bahia, saiu Marquinhos Santos e Charles guardou o cargo para Gílson Kleina até a 15ª rodada.

Na 16ª, Jorginho deixou o Vitória, que chamou de volta Ney Franco. Na 17ª, a crise bateu no Coritiba (Celso Roth deu lugar a Marquinhos Santos), no Atlético-PR (saiu Doriva) e no Criciúma (caiu Wágner Lopes). E a ciranda seguiu até a 18ª rodada, quando o Palmeiras demitiu Ricardo Gareca e o Santos trocou Oswaldo de Oliveira por Enderson Moreira.