Goleiro do Bahia, Jean pode entrar para a história do Mundial sub-20
Ele irá completar 576 minutos sem buscar a bola no fundo da rede
Jean está a 74 minutos de escrever o nome com a camisa da seleção brasileira no Mundial sub-20. Se passar esse tempo sem levar gols, sábado, na final contra a Sérvia, o goleiro do Bahia vai completar 576 minutos sem buscar a bola no fundo da rede. O recorde no torneio é do português Mika, que resistiu por 575 minutos na competição de 2011, disputada na Colômbia.
O baiano de 19 anos já está há 502 minutos e quatro partidas sem sofrer gol nesta edição, realizada na Nova Zelândia. A última vez que ele lamentou um gol adversário foi no dia 4 de junho, quando a Hungria marcou aos 8 minutos do 1º tempo, na fase classificatória do Mundial - por sinal, um frango de Jean, já que o juiz validou o gol mesmo sem a bola ter cruzado a linha. Depois disso, Coreia do Norte, Uruguai, Portugal e Senegal passaram em branco diante dele.
Por falar em Senegal, o adversário da semifinal disputada na madrugada de ontem (horário de Brasília) não ofereceu resistência ao Brasil. A partida em Christchurch terminou em goleada: 5x0 com gols de Anda Correa (contra), Marcos Guilherme (dois), Boschilia e Jorge. Depois de defender um pênalti nas quartas, contra Portugal, Jean teve pouco trabalho contra Senegal. Espalmou um tirombaço à queima roupa e só.
Também na madrugada de ontem, a Sérvia garantiu a vaga na final após vencer Mali por 2x1 na prorrogação. Senegal e Mali decidem o 3º lugar às 22h30 de sexta-feira.
Para bater o recorde, Jean precisará se segurar até os 29 minutos do 2º tempo na decisão contra a Sérvia, que acontece às 2h de sábado (de Brasília), no estádio North Harbour, em Auckland. A campanha brasileira tem quatro vitórias e dois empates.
Jean leva o nome do pai, ex-goleiro ídolo da torcida tricolor nos anos 90. Revelado no Fazendão, tem contrato com o Bahia até dezembro de 2018. Ele foi promovido ao elenco profissional este ano e estreou no dia 18 de fevereiro, na vitória por 2x1 contra o Globo, no Rio Grande do Norte, pelo Nordestão.
Entrou em campo para substituir Omar, que deixou o time no intervalo, lesionado. Conquistou a confiança do técnico Sérgio Soares e só saiu do time para servir a seleção, mesmo tendo falhado feio na final da Copa do Nordeste.
