Um protesto contra as reformas trabalhistas marcou a primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Alguns jogadores entraram em campo usando uma braçadeira preta tanto no sábado (13), quanto no domingo (14). Alguns atletas do Bahia e do Vitória também participaram do manifesto.
Segundo a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), a proposta do governo de reforma trabalhista, já aprovada pela Câmara dos Deputados, traz prejuízos à Lei Pelé, que regulamenta o vínculo profissional dos jogadores com os clubes. A principal mudança diz respeito ao repasse de direito de arena, remuneração baseada na transmissão de TV dos jogos.
"Estão propondo uma alteração na Lei Pelé que é absurda, inaceitável. Protestamos contra essa iniciativa e lutaremos para que ela fracasse. Nós, que temos a chance de jogar nos principais clubes do futebol brasileiro, defenderemos até o fim os direitos dos jogadores que não têm voz, principais prejudicados nessa história", disse a Fenapaf através de nota.
"Modificação na estrutura do direito de arena; parcelamento de férias; repouso semanal remunerado em dois períodos de 12 horas; fim do recesso coletivo do calendário; e insegurança contratual estão nas propostas de mudança que tramitam no Congresso Nacional e causam revolta na categoria", completou.
De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em levantamento feito em 2016, apenas 1.106 jogadores ganham mais de R$ 5 mil por mês, equanto que 82% dos atletas recebem pouco mais de um salário mínimo.
Fonte: Bahia Notícias
