Gaciba: equipes dos outros países da América do Sul são mais leais
Para comentarista de arbitragem, jogadores no Brasil só visam a falta no adversário. No resto do continente, jogadas são viris, mas na bola
“O jogador brasileiro, ao desarmar o adversário, não visa a bola, o objetivo sempre é o tranco no adversário”. Essa é uma definição do ex-árbitro Leonardo Gaciba, em participação no Arena SporTV desta terça-feira. Para o comentarista, os demais jogadores sul-americanos, apesar de mais viris no estilo de jogo, são mais leais à partida e procuram a disputa de bola. No mesmo programa, o também ex-árbitro Sálvio Spínola concordou com o colega.
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- O jogador brasileiro, ao desarmar o adversário, não visa a bola, o objetivo dele sempre é o tranco no adversário. O futebol da Libertadores é até mais viril (que no Brasileiro), mas são disputas visando a bola. Os jogadores sul-americanos procuram mais jogar, ao invés de destruir. Naqueles lançamentos em que o atacante vai dominar a bola no peito e o zagueiro vem por trás e bate nas costas, quantas vezes vemos isso no Campeonato Brasileiro? Inúmeras vezes, e no futebol internacional não se vê isso. O jogador sul-americano é mais leal com o jogo como um todo - afirma o hoje comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba.
Sálvio Spínola citou ainda uma crítica que teria sido feita pelo árbitro uruguaio Roberto Silveira, que apitou a goleada do Atlético-MG sobre o São Paulo por 4 a 1, no dia 8 de maio, que classificou o Galo para as quartas de final da Libertadores da América.
- O jogador argentino é muito mais desleal que o jogador brasileiro, mas no jogo ele quer disputar a bola. O jogador brasileiro precisa de uma orientação para ir disputar a bola. Pode fazer a falta, mas na disputa da bola. E não é uma crítica nossa, é o que a gente escuta entre os árbitros de futebol. Durante a Libertadores, o árbitro uruguaio Roberto Silveira apitou Atlético-MG x São Paulo, e ele falou depois do jogo que é impressionante como nos jogos entre equipes brasileiras os jogadores não vão disputar a bola - revelou.
Leonardo Gaciba lembra que a Fifa, entidade máxima do futebol internacional, já precisou mexer nas regras do jogo em função da tentativa dos jogadores brasileiros de burlar a regra ou simplesmente levar vantagem.
- A regra de simulação foi criada por causa dos jogadores brasileiros. A Fifa teve que mudar a regra da paradinha na penalidade por causa dos jogadores brasileiros. O vídeo da Fifa sobre as mudanças das regras da paradinha é 100% com atletas brasileiros. O jogador brasileiro é o artista da bola, literalmente - concluiu o ex-árbitro.
Fonte: Arena SporTV
Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com