Postado por - Newton Duarte

Jorginho cobra mais de R$ 1 milhão do Bahia

Sem receber, Jorginho entra com ação e cobra mais de R$ 1 milhão ao Bahia

Sem receber, Jorginho entra com ação e cobra mais de R$ 1 milhão ao Bahia

A saída do treinador Jorginho do Bahia no início do ano, após a vergonhosa goleada sofrida para o Vitória, na reinauguração da Arena Fonte Nova em abril, não foi conturbada apenas na parte dos bastidores envolvendo a relação dos jogadores com o ex-comandante.

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Fora das quatro linhas, no âmbito financeiro, a demissão do técnico ainda será assunto por muito tempo no Fazendão. Ao deixar o clube, Jorginho reuniu-se com o ex-presidente, Marcelo Guimarães Filho, e formalizou um acordo financeiro para receber o restante da quantia que o clube o devia em relação aos dias trabalhados desde a chegada em Salvador. No entanto, segundo o processo trabalhista contra o Esporte Clube Bahia, no qual o Bahia Notícias teve acesso, o treinador Jorginho alega ter outros valores a receber pela atual diretoria tricolor: premiação por chegar na Copa Sul-Americana e multa rescisória.

“Tudo foi pago em relação aos meus dias trabalhados no Bahia. Existem outras coisas além disso. Mas, como acontece no nosso futebol, é preciso tomar esse caminho para receber”, disse Jorginho ao BN.

Entre os pedidos, o ex-comandante tricolor exige que contrato de prestação de serviço, usado como vínculo com o Bahia, seja reconhecido como vínculo empregatício. O que, para Tyciane Castro, advogada da área trabalhista, é plausível em virtude do acordo firmado muitas vezes entre clubes e técnicos. Para ela, no momento da contração, a assinatura de contrato como pessoa jurídica acarreta benefícios ao clube, de maneira ilegal, como isenção de impostos e não recolhimento do FGTS.

“Ao não assinar a carteira de trabalho do empregado, a empresa fica isenta de recolher os tributos, como o recolhimento das parcelas previdenciárias, deixa de recolher o FGTS, e mais, deixa de pagar todas as verbas trabalhistas a que um empregado normal tem direito, como: 13° salário, férias, horas extras, vale transporte, entre outros. Jorginho alega que houve isso na sua contratação, uma vez que o Bahia, assim como diversos outros clubes, impôs que o mesmo constituísse uma pessoa jurídica para passar a receber sua remuneração”, detalhou.

Responsável pela contratação e demissão do treinador, o ex-presidente Marcelo Guimarães Filho garante que houve um acordo, não encontrado pela atual diretoria financeira do clube, entre as partes para que logo após a saída Jorginho recebesse todos os valores.

“O contrato dele acabou em dezembro de 2012. Renovamos com um novo vínculo até o fim de 2013 e, quando Jorginho saiu, pagamos tudo que devíamos deste novo acordo. Do primeiro contrato, quando ele saiu, fizemos um acordo porque havia situações a serem pagas. Negociamos esse valor que certamente não foi honrado pela nova gestão, motivando essa ação judicial", explicou.

Incluindo os valores referentes ao não recolhimento do FGTS, não pagamento do 13º salário, multa rescisória e premiação pelos resultados, o processo envolvendo Jorginho pode render um prejuízo de mais de R$ 1 milhão aos cofres do Esporte Clube Bahia.


Fonte: Felipe Santana – Bahia Notícias

Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias