Postado por - Newton Duarte

Justiça arquiva ação de MGF contra intervenção no Bahia

Justiça arquiva ação de MGF contra intervenção no Bahia

A ação interposta pelo ex-presidente do Esporte Clube Bahia, Marcelo Guimarães Filho, contra o processo de intervenção foi arquivada de acordo com decisão da desembargadora Lisbete Maria Teixeira Almeida Cézar Santos. Além disso, todos os recursos usados pela defesa do ex-presidente, que agora se lança novamente na política, também serão arquivados.

Com o pedido de desistência referente ao recurso de apelação, a desembargadora concluiu que não há mais pretextos para novas decisões ou discussões no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Porém, a ação não transitou em julgado e cabe recurso. Marcelinho pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

Em recente entrevista, MGF disse as insistentes declarações da nova diretoria de que o clube deve tanto dinheiro que estaria quase falido são uma grande “falácia”. Ele acredita que o discurso se sustenta porque os atuais gestores não estão preparados para assumir os desafios e preferem lhe imputar a culpa de uma situação que não desejam assumir integralmente em prol do clube. Além disto, defende sua gestão e diz que, além de não dever tanto dinheiro assim, o Bahia ainda tem voluptuosas somas financeiras a receber pelos próximos anos.

“Quando eu assumi o Bahia ele estava na 3ª divisão, o orçamento anual era de R$ 9 milhões e tinha seis meses de salários atrasados. E eu não disse que o clube estava falido. Eu entrei lá para resolver o problema. Transformei um orçamento de R$ 9 mi em R$ 70 mi. Quem está lá à frente de clube hoje tem agora um contrato de mais quatro anos e com os dois primeiros com R$ 30 mi e os outros dois seguintes com R$ 50 milhões. Então somando isso são R$ 160 milhões que o Bahia tem a receber de contrato seguro”, defendeu.

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MGF considera que o Bahia não pode ser taxado como falido porque, se o fosse, outros grandes clubes como Fluminense e Flamengo também o estariam dado o nível de comprometimento financeiro que cometem. Portanto, as argumentações dos atuais administradores são "uma tentativa de se esquivar da responsabilidade” de gerir o clube baiano de maior torcida do Brasil. O deputado clama seus sucessores a se espelharem no seu próprio exemplo ao assumir o Tricolor anos atrás.

“Eu não fiquei reclamando. Eu fui lá e resolvi o problema. Então as pessoas que estão lá têm que parar de reclamar e parar de jogar a culpa em mim. Eu estou afastado do clube desde o dia 7 de julho. Óbvio que o clube não deve os R$ 80 milhões que dizem. É uma falácia isso, eu refuto veementemente”, afastou. O ex-presidente afirmou ainda que, para ele, o Bahia agora é um assunto de Justiça e que confia que, no final do processo, ficará com a razão.

Novo comando

Após a intervenção feita pelo advogado Carlos Rátis, o Esporte Clube Bahia concretizou um momento histórico para o futebol brasileiro e elegeu no dia 7 de setembro o novo presidente do clube, o advogado e político Fernando Schmidt. Com a chapa Diga sim a um novo Bahia, Schmidt estava entre os favoritos na disputa com os adversários Antonio Tillemont e Rui Cordeiro.


Fonte: Redação Bocão News