Postado por - Newton Duarte

Liga do Nordeste deve dobrar repasse a clubes e pede à CBF para ir até 2030

Em alta, Nordestão deve dobrar repasse a clubes e conversa com a CBF para ir até 2030

O Sport, que ficou nas semifinais, é o atual campeão do campeonato

O Sport, que ficou nas semifinais, é o atual campeão da Copa do Nordeste - Gazeta Press

Com um público que supera a barreira das 450 mil pessoas na temporada, premiações cada vez maiores e rivalidade mais aflorada, o Nordestão deve se tornar ainda mais atrativo para seus participantes nos próximos anos. Ao contrário do que acontece hoje, a Liga passará a ter direito a 50% das receitas das cotas de publicidade a partir de 2018. A estimativa é que o repasse aos clubes mais do que dobrem.

Atualmente, cada um leva R$ 365 mil na primeira fase, por exemplo - exceção aos novatos maranhenses e piauienses, ainda em fase de testes.

Em três anos, esse valor deverá ser alavancado a no mínimo R$ 750 mil.

A sua receita total ultrapassaria ainda os R$ 50 milhões.

É por esse motivo que já existem conversas com a CBF para que o campeonato seja estendido por mais cinco ou até dez anos. Atualmente, ele está garantido por contrato até 2022, após longa batalha na Justiça e indenização por sua exclusão do calendário que ficou em mais de R$ 20 milhões.

"Ainda não nos sentamos, mas existe a simpatia. A gente sabe que as críticas à CBF são recorrentes, mas, no trato com a gente, Marin (José Maria Marin), Del Nero (Marco Polo Del Nero) e Virgílio (Virgílio Elísio) sempre tiveram um olhar diferenciado, o que a gente precisa do ponto de vista operacional eles conseguem", afirma o diretor da Liga do Nordeste, Eduardo Rocha, ao ESPN.com.br.

"A longo prazo, temos essa garantia até 2022, mas a nossa ideia é renová-la por mais cinco, dez anos e abrirmos concorrência. Ficaria mais atrativa para quem quer comprar a competição, o patrocinador e a TV. Terão a segurança de contá-la por um período maior", prossegue.

Como fruto de acordo para a sua retomada ao calendário, em 2013, a Liga do Nordeste abriu mão de qualquer participação nas cotas de patrocínio em seus cinco primeiros anos.

Segundo ela, as empresas responsáveis por viabilizá-la comercialmente bancaram a competição nesse período devido à sua fragilidade financeira.

"A partir de 2018, enfim, passaremos a ter direito a 50% da renda de publicidade. Não temos hoje qualquer percentual. Em três anos, será possível conseguir R$ 750 mil de cota fixa para cada equipe, fora passagem, hospedagem, traslado e custo de arbitragem. Sem contar obviamente que a premiação aumentaria e a nossa projeção é de que a média de público também cresça nesse intervalo", conclui Rocha.

A sua principal receita nesta temporada vem da televisão, com 50% de todo valor sendo dividido igualmente entre os times e a outra metade distribuída em cada uma de suas fases por critérios técnicos.

A premiação hoje é de R$ 3,185 milhões.

É menos do que recebem os membros da Série B do Brasileiro pelos direitos de transmissão, R$ 3 milhões - R$ 2,7 milhões, com impostos.

Bahia e Ceará fazem o confronto decisivo pelo título da Copa do Nordeste na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), na Arena Castelão, em Fortaleza. Na primeira partida, o alvinegro levou a melhor e venceu por 1 a 0, em Salvador.