Em estreia na Fonte Nova, Lincoln se destaca no seu primeiro Ba-Vi
Mesmo assim, Lincoln preferiu se esquivar do status de nome do jogo. “Não vim pra ser destaque de nada, herói de nada"
Em seu primeiro Ba-Vi, que também foi sua estreia na Fonte Nova, Lincoln desencantou: cobrou o escanteio que resultou no primeiro gol tricolor e ainda deixou o dele, um golaço
Era a primeira vez de Lincoln no tapete da Fonte. Com apenas dois jogos pelo Bahia, a pressão em cima do seu futebol já existia. Acabou. O meia de 35 anos apareceu no grande dia: no Ba-Vi. Mais avançado por conta da presença de Fahel, Uelliton e Pittoni, ele teve sorte e competência para ganhar moral com a torcida Tricolor.
Logo no início, viu Talisca bater um escanteio meeiro, que acabou em outro córner. Aí ele chamou a responsa. Foi pra bola, jogou bem no bololô. Após a disputa pelo alto, a redonda sobrou pra Rhayner. De esquerda, caixão e vela: 1x0. Premiado na bola parada, o camisa 99 precisava de mais alguma coisa para, de fato, ser o nome do jogo. E quando é o dia, não tem jeito.
Aos 24 minutos, o Bahia bagunçou o lado esquerdo rubro-negro e o estreante Diego Macedo apareceu livre nas costas de Mansur. Era cruzar no lugar combinado. “Eu falei para ele e Guilherme. Da entrada da área até o pênalti, eu sempre vou estar ali”, conta Lincoln. E não é que estava? O cruzamento pra trás quebrou o miolo de zaga rubro-negro. Bom com a perna direita, ele emendou um balaço de esquerda sem chances para Wilson. Golaço digno da beleza do gigante do Dique.
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“Uma bola realmente difícil até porque eu estava posicionado para bater com a direita.... Mas é treinamento”, resumiu ao comentar o lance que carimbou o Lepo Lepo do Esquadrão.
Mesmo assim, Lincoln preferiu se esquivar do status de nome do jogo. “Não vim pra ser destaque de nada, herói de nada. Vim ajudar com a experiência que tenho, que pude passar também no vestiário. Tive o privilégio, a oportunidade de jogar e fazer o gol”, comentou antes de deixar o campo.
Outro que também teve uma noite tranquila foi Rhayner, único atacante de origem no esquema surpreendente de Marquinhos Santos. Além do oportunismo para abrir o caminho da vitória, o camisa 11 mostrou ser mão pra toda obra. Ainda no primeiro tempo, levou a pior após um choque com Alan Pinheiro. Como consequência, sofreu um corte na boca. O jeito foi enfaixá-la e exercitar o espírito guerreiro ao respirar 100% pelo nariz no restante do jogo.
E quase o rápido atacante se consagra também com assistência. Numa bobeira do volante Marcelo, Rhayner escapou bem e botou Talisca na cara de Wilson. Mesmo com muito capricho, o garoto não conseguiu superar o goleiro rubro-negro. Um lamento momentâneo, já que o gol não fez falta. Se Talisca dessa vez ficou no quase, Lincoln e Rhayner assumiram o papel de fazer uma nação feliz.
Fonte: Angelo Paz - Correio
Foto: Betto Jr