Torneio vira alvo do Bahia em meio à briga contra a degola na Série A
Para ter o ajuste ofensivo que garanta um Bahia mais agressivo já no Beira-Rio, Kleina tem tentado a tática de bater papo
Rafael Miranda, resgatado pelo interino Charles, é titular com Kleina
Na zona de rebaixamento do Brasileiro, o Bahia terá de desviar um pouco o desejo insaciável de sair dela. Pelo menos amanhã, quando enfrentará o Inter, às 22h, no Beira-Rio, pela Sul-Americana.
A delegação, que treinou ontem em Curitiba - onde empatou a terceira consecutiva no Brasileiro, em 0x0 com o Atlético-PR, domingo -, chega hoje a Porto Alegre. Lá, a meta mínima é conseguir um empate para que a vaga seja decidida na Fonte Nova, no dia 4 de setembro.
“A Sul-Americana passa a ser uma competição copeira. Jogando em casa a primeira, o Inter vai fazer de tudo para ter a vantagem. Temos que fazer de tudo para levar alguma vantagem para Salvador”, comentou Gilson Kleina.
Como o gol fora de casa prevalece no critério de desempate, assim como acontece na Copa do Brasil, um empate com gols já significa uma vantagem para o segundo jogo. E no quesito igualdade, o Bahia tem intimidade. Ao lado do Corinthians, é a equipe que mais empatou no Brasileiro: sete vezes em 17 rodadas. Se levar em consideração as últimas dez rodadas, o tricolor lidera a estatística com cinco.
“Nós estamos organizando, é um ponto de confiança. Estamos lutando pela vitória. Os jogadores querem um resultado positivo. Precisamos bater nessa tecla”, insistiu o técnico Gilson Kleina, três jogos e três empates pelo clube.
Para ter o ajuste ofensivo que garanta um Bahia mais agressivo já no Beira-Rio, Kleina tem tentado a tática de bater papo. “Conversei com os atacantes, eles têm que ter mais improvisação. Estamos jogando numa linha mais defensiva. Eles roubam mais a bola do que criam as jogadas. A gente precisa jogar mais na vertical. O time foi montado para contra-golpear, então tem que saber jogar mais na vertical”, analisou o treinador, ainda no domingo.
Ontem, após o treino em Curitiba, Roniery também falou do incômodo causado pelo excesso de empates . “Nós temos batido na tecla de ser forte ofensivamente. Agredir mais e encontrar o caminho das vitórias”, disse.
Amanhã, uma das possíveis mudanças é a entrada de Diego Macedo formando uma linha de quatro no meio-campo, alteração utilizada no segundo tempo do empate com o Atlético-PR. Na ocasião, saiu Léo Gago. Marcos Aurélio e Rhayner seguem de fora.
Adversário
Do lado do Inter, o técnico Abel Braga também tem problema. O lateral-direito Wellington Silva lesionou a coxa e ficará três semanas afastado. Em seu lugar entra o garoto Cláudio Winck.