Postado por - Newton Duarte

Maxi e Emanuel Biancucchi são apresentados

Empolgados com a torcida, Maxi e Emanuel Biancucchi são apresentados


Bahia monta grande estrutura para apresentar a dupla de jogadores argentinos. Evento realizado em hotel de Salvador conta com apresentação de Armandinho


"Somos da turma tricolor. Somos a voz do campeão. Somos do povo o clamor. Ninguém nos vence em vibração". Os primeiros versos do hino do Bahia deixaram de ser apenas palavras, ganharam vida própria e chegaram a tocar a pele de Maxi e Emanuel Biancucchi nesta segunda-feira. Contratados na última semana, os argentinos foram apresentados nesta manhã, em um hotel da capital baiana. Convidada de honra do evento, a torcida tricolor compareceu em peso para recepcionar os jogadores recém-chegados e mostrar o calor humano convertido nas cores azul, vermelho e branco.

Maxi e Emanuel Biancucchi vestem camisa do Bahia, recebida das mãos do ídolo Osni

Apesar de adaptado ao futebol brasileiro e de ter atuado no Flamengo, time de maior torcida do país, Maxi se disse surpreso com a energia do torcedor do Bahia, que cantou, riu e fez da apresentação dos dois argentinos uma festa. O atacante agradeceu o carinho, que começou no fim de semana passado, quando ele desembarcou em Salvador e foi recebido por dezenas de torcedores no aeroporto da capital baiana.

- Sinceramente, não esperava esse carinho da torcida. A primeira vez que recebi o carinho foi no aeroporto, e fiquei surpreso. Estou feliz, e tomara que possa devolver dentro de campo tudo que a torcida está me dando – disse o jogador.

Pela primeira vez no futebol brasileiro, o meia Emanuel Biancucchi também se rendeu ao carinho da torcida tricolor. O jogador era só sorrisos durante a apresentação e não pareceu se importar com a maioria das perguntas sendo direcionadas ao irmão mais famoso.

- É a primeira vez que vejo uma torcida tão grande. Espero atender às expectativas e ajudar a equipe a conquistar coisas importantes – declarou o meia.

Além dos aplausos e gritos de incentivo, Maxi também foi alvo de brincadeiras da torcida do Bahia. Ao receber duas camisas do clube para as filhas, a plateia provocou e disse que o argentino teria que mudar o nome de uma das garotas. No ano passado, a mulher de Maxi teve uma menina a quem o atacante decidiu chamar de Vitória, em homenagem ao clube que defendeu na temporada passada.

- Sou um pouco tímido. Sinceramente, estou desfrutando disso tudo ainda. É uma coisa boa. Sabia que seria diferente aqui no Bahia e aceitei isso. Essas oportunidades não se apresentam todo dia. Estou feliz. Com respeito a minha família, não tenho o que falar. Foi um momento bom que eu vivi, não posso apagar o que fiz. Tenho respeito pelo rival, não vou falar de ninguém. Estou aqui para ajudar a equipe e fazer sucesso com essa camisa, com certeza ser campeão – afirmou o atacante.

A provocação da torcida não ficou restrita ao nome da filha de Maxi. Quando questionado sobre o que pretendia fazer para apagar as boas atuações nas goleadas sofridas para o Vitória em 2013, Maxi titubeou e um torcedor pediu em alto e bom som o título da Copa do Brasil. O atacante, no entanto, evitou se comprometer.

- Não podemos prometer o que não sabemos se poderemos cumprir. Posso prometer esforço, dedicação, trabalho. O Bahia está formando um bom time. É isso, trabalho e dedicação. Tomara que façamos um grupo forte. Da mesma foram que o Vitória venceu o rival no ano passado, agora é a hora do Bahia vencer – destacou.

Maxi e Emanuel estão integrados ao elenco do Bahia e iniciaram os treinos físicos no Fazendão. A dupla não deve estar disponível para a estreia da Copa do Nordeste, no próximo domingo, contra o CSA-AL, em Alagoas. Segundo Maxi, é necessário pelo menos duas semanas para ficar à disposição do técnico Marquinhos Santos.

- A parte física não vai demorar muito para ter uma condição boa. Não sou grande, é rapidinho. Vai depender também da preparação física que vou fazer com o treinador. Quinze dias, pode ser – concluiu.

Esforço da diretoria

A negociação entre Maxi Biancucchi e o Bahia não demorou. Cerca de duas semanas separaram as especulações do anúncio oficial do jogador. O atacante contou que o esforço que a diretoria tricolor fez para contratá-lo foi fundamental para o acordo, firmado em uma reunião ocorrida na última semana.

- O que foi decisivo para o meu acerto com o Bahia foi a diretoria. Levaram a sério a contratação. Mostraram que queriam me contratar e foram me contratar. A torcida no Twitter me deu muito carinho. Uma coisa que me motivou muito para aceitar isso – contou o jogador.

– Estou contente com essa nova diretoria do Bahia, que confiou em mim. Foram sérios na hora de fechar o contrato. Tenho expectativas, como o torcedor tem. Uma diretoria que quer fazer o melhor. Quero, junto com meus companheiros, conquistar coisas para essa torcida – completou.

Já que Emanuel um pouco mais calado e ainda sem domínio pleno da língua portuguesa, Maxi tomou a dianteira da entrevista e apresentou o irmão. Segundo o atacante, Emanuel é um meia habilidoso que pode dar muitas alegrias para a torcida.

- O Emanuel é canhoto, meia, bom passe, bom chute, vai dar muita alegria para a torcida – afirmou.

O atacante também previu uma boa parceria com o irmão. Mas destacou que os dois não poderão jogar sozinhos e fez questão de ressaltar que fazem parte de um grupo.

- A parceria tem que ser nossa e dos outros jogadores. O Emanuel vem para ser parte do grupo. Não adianta só a gente ficar trocando bola. É um grupo. Esqueci de dizer, para eu vir, foi decisivo também a contratação do meu irmão. Jogar com ele vai ser um grande prazer – finalizou o atacante argentino, considerado a principal contratação do Bahia para a temporada.


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Fonte e Foto: Thiago Pereira – GE.COM