Postado por - Newton Duarte

Melhor figura em campo, trave impede derrota do Brasil; Raio-X e os gols

Julio César pega dois pênaltis, Chile bate na trave, e Brasil vai às quartas

Após jogo ruim da Seleção e 120 minutos sofridos, goleiro promete defesa a Thiago Silva e cumpre, correspondendo a grito da torcida: "Eu acredito"

Quatro palavras, separadas em duas frases, resumem o que aconteceu neste sábado à tarde no Mineirão. Primeiro, o que Julio César disse a Thiago Silva, instantes antes de o Brasil eliminar o Chile nas cobranças de pênalti, por 3 a 2, após empate por 1 a 1 até o fim da prorrogação, e avançar para as quartas de final da Copa do Mundo. Disse o camisa 12 ao capitão:

- Vou pegar.

E pegou. Julio César defendeu a cobrança de Pinilla, que chutou forte, mas no meio do gol. E em seguida espalmou o chute de Alexis Sánchez. Não precisou pegar o chute de Jara, que explodiu na trave e fez explodir o Mineirão. David Luiz, Marcelo e Neymar marcaram, Willian e Hulk perderam.

Julio César defende a cobrança  de Alexis Sánchez: goleiro conduz a Seleção às quartas de final

A segunda frase que explica o jogo nasceu no meio da prorrogação, no auge da agonia, no ápice do sofrimento, quando quase não se respirava nas arquibancadas e mal se pensava em campo. O Brasil sofria e fazia sofrer.

- Eu acredito!

Foi tamanho o nervosismo, o sofrimento, que o Mineirão tratou de apelar para um grito jamais ouvido em partidas do Brasil. E a Seleção lá é time no qual é preciso declarar fé?

Neste sábado, foi preciso. Não poderia estar mais certo Luiz Felipe Scolari, quando previu que o Chile seria o adversário mais difícil possível para o Brasil nas oitavas.

Julio César pula e recebe o abraço dos jogadores após a última cobrança: herói no final

O Chile de 2014 nada tem a ver com o de 1962, 1998 ou 2010 - aqueles a quem o Brasil destroçou quando cruzou nas Copas do Mundo. A equipe treinada pelo argentino Jorge Sampaoli joga, pensa, cria problemas, enquadra Neymar, faz sofrer.

O retrospecto não entra em campo, como insistiram Felipão e seus jogadores desde que ficou definido que o confronto das oitavas de final da Copa do Mundo seria contra os fregueses. Brasil e Chile fizeram um jogo de nervos - com algum futebol no meio. O "Mineirazo" esteve sempre à espreita. mas Julio Cesar avisou:

- Vou pegar.

O Mineirão devolveu:

- O campeão voltou.

Na próxima sexta-feira, na Arena Castelão, o Brasil enfrenta nas quartas de final o vencedor de Uruguai e Colômbia, adversários no fim da tarde deste sábado, no Maracanã. Joga sem Luiz Gustavo, suspenso pelo segundo cartão amarelo, e com Neymar, Daniel Alves, Thiago Silva, Hulk e os reservas Jô e Ramires pendurados.

Felipão vibra, Neymar e Thiago Silva choram: alegria sofrida

Desequilíbrio na sombra

A sombra numa faixa de gramado do Mineirão no primeiro tempo era só uma coincidência, mas o fato é que só se jogava por ali. Marcelo era o jogador mais acionado quando o Brasil tinha a bola - e o mais incomodado quando o Chile tomava as ações.

Daniel Alves colaborou para esse desequilíbrio. O lateral direito perdeu uma bola ao sair jogando, nos lances iniciais da partida, e ofereceu um contra-ataque perigoso ao Chile. Desde então, o campo se inclinou para o outro lado. O camisa 2 só voltou a aparecer a três minutos do fim do primeiro tempo, ao arriscar um chute de fora da área que obrigou Bravo fazer linda defesa.

Jara desvia de chilena, bola raspa na barriga de David Luiz e vai para o gol

Foi de um ataque pela esquerda que surgiu o escanteio que Neymar cobrou na cabeça de Thiago Silva. O capitão desviou no meio da área, e David Luiz entrou com Jara na segunda trave. A bola foi para a rede, desviada de chilena por Jara, mas o gol foi dado para o camisa 4, em quem a bola raspou por último, de leve, na barriga. Primeiro gol dele com a camisa amarela, o único titular que ainda não tinha marcado pela Seleção. E como gritou David Luiz, e como gritou o Mineirão.

David Luiz agradece ao céu pelo primeiro gol pela seleção brasileira

O gol deixou o Brasil à vontade para jogar no contra-ataque. O time de Felipão desistiu de marcar por pressão, recuou suas linhas, esperou o Chile e sempre esteve mais perto de marcar o segundo do que sofrer o empate. Fred tentou, Neymar tentou, Hulk tentou - do setor ofensivo, só Oscar não arriscou contra o gol chileno.

O adversário tinha mais posse de bola - 57% a 43% de posse no primeiro tempo - mas a marcação brasileira funcionava. Vidal, que ameaçara uma atuação brilhante nos minutos iniciais, caiu num buraco negro em algum lugar entre David Luiz e Marcelo e dali não saiu. Alexis tinha que ir até a defesa para tentar alguma coisa diferente, Vargas mal via a bola.

Tanto conforto em campo se transformou em desatenção. Hulk devolveu mal um lateral cobrado por Marcelo, a bola sobrou limpa para Alexis, que venceu Julio Cesar com um chute cruzado, preciso, rasteiro: 1 a 1. O Mineirão calou - com exceção das pequenas manchas vermelhas nas arquibancadas.

Alexis Sánchez salta para comemorar o gol diante da massa amarela e um chileno

Jogo bruto

O Brasil voltou a tomar a iniciativa no segundo tempo. O Mineirão cantava o hino, os de pé cobravam os sentados: "Levanta!". E o time de Scolari lutava. Como na maior parte do primeiro tempo, era um jogo sujo, bruto, com mais divididas do que troca de passes, com mais faltas do que finalizações.

Hulk chegou a desempatar, mas foi flagrado por Webb dominando no braço o lançamento de Marcelo. Gol bem anulado. O Chile devolveu com uma linda tabela pela direita. Aranguiz acertou disparo de dentro da área, Julio César fez uma defesa espetacular, no contrapé. E deu pistas de que estava ali para salvar mesmo.

Felipão mexeu: trocou Fernandinho por Ramires e Fred por Jô. O Brasil agora tinha mais a bola, mas não ideias. Hulk obrigou Bravo a trabalhar, Jô furou diante do goleiro batido em cruzamento rasteiro. Quando conseguia sair das cordas, o Chile incomodava - mas finalizava mal. Depois de 16 anos, o Brasil voltou a uma prorrogação na Copa, sua sexta na história do torneio.

Cansaço psicológico

Acabou o segundo tempo, com toda uma prorrogação a disputar, dois tempos de 15 minutos que decidiriam o futuro do Brasil na Copa do Mundo. Um a um, os brasileiros caíram. Fred, substituído por Jô, entrou em campo com garrafas d'água. Enquanto isso, os chilenos se abraçaram, todos de pé. Fizeram uma rodinha, como se houvesse todo um jogo pela frente. Neymar se ajoelhou, escondeu a cabeça entre os braços, Thiago Silva parecia exausto.

Felipão conversa com os jogadores do Brasil antes da prorrogação

Hulk foi a exceção. O camisa 7 atravessou o campo com a bola dominada, cavou falta. Parecia querer se redimir da bobeada no gol chileno. Em seguida, cortou o campo em diagonal outra vez e chutou de longe, com força, para outra boa defesa de Bravo. Foi o mais lúcido do ataque brasileiro, que, no mais, não criou. O Chile fez pouco, pareciam eles os exaustos na prorrogação. Felipão trocou Oscar por Willian, na última substituição.

Com a respiração presa, o Mineirão assistiu a um festival de cruzamentos sem perigo, passes errados, faltas e jogadores chilenos caídos no segundo tempo. Num contra-ataque, quando os relógios do estádio mostravam 119 minutos e 40 segundos jogados, Pinilla acertou uma bomba no travessão de Julio César. Último susto antes do capítulo final nos pênaltis.

Com câimbras desde antes do apito final, Neymar desabou. Na preparação para as cobranças, o veterano Julio César expôs a tensão brasileira e chegou a derramar lágrimas. Prenúncio da emoção que ainda teria que vivenciar na partida.

David Luiz iniciou a série acertando com força no canto. A mesma firmeza com que Julio César defendeu a cobrança de Pinilla. Em seguida, Willian chutou para fora, apesar de deslocar o goleiro. Mas o camisa 12 brasileiro salvou outra, parando Alexis Sánchez. Marcelo converteu, com leve desvio de Bravo. Aranguíz encheu o pé e balançou a rede no ângulo. Hulk também bateu forte, mas o 1 chileno tirou com o pé. Díaz igualou para 2 a 2 em seguida.

Julio César pula no canto certo, e a bola bate na trave: sorte ajuda ao competente 

Depois de dois erros e dois acertos para cada lado, chegou a hora decisiva. Neymar fez o dele. E ficou para Julio César a decisão. Diante do autor do gol contra marcado oficialmente para David Luiz, o goleiro não acertou o canto, mas a trave parou Jara. Além de saber sofrer, é preciso ter sorte.

Thiago Silva é consolado por Murtosa, e Felipão vibra diante de Fernandinho e Neymar


Brasil (3) 1 X 1 (2) Chile

Copa do Mundo – Oitavas-de-Final


Local:Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Data:28 de junho de 2014, sábado

Horário:13 horas (de Brasília)

Árbitro:Howard Webb (Inglaterra)

Assistentes:Michael Mullarkey e Darren Cann (ambos da Inglaterra)

Cartões amarelos:Brasil:Hulk, Luiz Gustavo, Jô, Daniel Alves; Chile:Mena, Silva

Gols: Brasil:David Luiz 18’ 1º T; Chile:Sánchez 31’ 1º T

Pênaltis:Brasil:David Luiz, Marcelo e Neymar converteram. Willian e Hulk perderam; Chile:Aránguiz e Díaz converteram. Pinilla, Sánchez e Jara perderam

Brasil:Júlio César; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho (Ramires) e Oscar (Willian); Hulk, Fred (Jô) e Neymar

Técnico:Luiz Felipe Scolari

Chile:Bravo; Silva, Medel (Rojas) e Jara; Isla, Aránguiz, Díaz, Vidal (Pinilla) e Mena; Sánchez e Vargas (Gutierrez)

Técnico:Jorge Sampaoli

O CARA

Júlio César

Júlio César defende a segunda cobrança do Chile

Fez grande defesa em chute de Aránguiz no começo do segundo tempo, evitando a virada chilena. Na cobrança dos pênaltis, foi o grande nome do jogo, pegando duas cobranças do Chile. Em um jogo muito ruim do Brasil, tê-lo debaixo das traves para se agigantar e conseguir sua redenção quatro anos depois foi fundamental para a Seleção.

A TRAVE

Os chilenos quase conseguiram o gol da virada, que os classificaria. Aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, Mauricio Pinilla chutou forte, acertando o travessão de Júlio César.

Na cobrança de pênaltis, Jara bate à direita e, mais uma vez, a trave aoareceu para salvar o Brasil.

Realmente, a Trave fez sua melhor exibição até agora

OS GOLS

12’/1T: GOL DO BRASIL!

Neymar cobra escanteio, Thiago Silva desvia de cabeça na primeira trave, e David Luiz completa para o gol na pequena área para fazer 1 a 0.

32’/1T: GOL DO CHILE!

Hulk falha na saída de bola, o Chile toma a posse com Vargas, que toca para Sánchez bater cruzado, rasteiro, para empatar o jogo.

Cobranças de pênalti

Brasil 3×2 Chile

1ª cobrança do Brasil:

Gol! David Luizbate no canto direito de Bravo, que cai para o outro lado.

1ª cobrança do Chile:

Pegou!Pinillabate no meio do gol, e Júlio César defende.

2ª cobrança do Brasil:

Errou! Willianbate rasteiro, e a bola vai para fora, rente à trave direita.

2ª cobrança do Chile:

Defendeu! Júlio César de novo! Sánchez bate no canto direito, e o goleiro cai bem para defender!

3ª cobrança do Brasil:

Gol! Marcelobate à esquerda, Bravo desvia, mas a bola entra de qualquer jeito!

3ª cobrança do Chile:

Gol! Cobrança perfeita de Aránguiz, no ângulo esquerdo superior de Júlio César.

4ª cobrança do Brasil:

Pegou! Hulkbate no meio do gol, e Bravo cai para defender.

4ª cobrança do Chile:

Gol! Díazbate no centro do gol, e Júlio César cai para a esquerda.

5ª cobrança do Brasil:

Gol! Neymar bate à direita, rasteiro; Bravo cai para o outro lado.

5ª cobrança do Chile:

Perdeu!Jarabate à esquerda e acerta a trave! O Brasil vai para as quartas de final!

A Tática

Escalações iniciais de Brasil e Chile

Escalações iniciais de Brasil e Chile

Sem a bola, o Chile atua em um 5-4-1-2, mas com ela os laterais avançam bastante, especialmente Isla. Díaz é o jogador mais recuado e quem tem o primeiro toque, da saída de bola. Aránguiz tem liberdade para avançar, e Vidal é o mais próximo aos atacantes, também flutuando atrás da dupla de atacantes. Na frente, Sánchez e Vargas revezam bastante os lados em que jogam. Já o Brasil começou em um 4-2-3-1, com Neymar centralizado, Hulk aberto na ponta esquerda e Oscar pela direita. Fernandinho é o cabeça de área que mais avança, enquanto Luiz Gustavo é o principal homem de marcação, mas também avançando pela esquerda.

A Estatística

8

Últimas oito disputas de pênaltis em Copas do Mundo, incluindo a desse jogo, terminaram com a vitória do time que bateu a primeira cobrança.

ATUAÇÕES: Julio César e Bravo brilham, e Sánchez joga melhor que Neymar

Zagueiros chilenos neutralizam ataque brasileiro, Fred é discreto, e Hulk vive altos e baixos do início ao fim do confronto sul-americano das oitavas de final, no Mineirão

Header Brasil (Foto: Infoesporte)

JULIO CÉSAR - GOLEIRO

Fez uma defesa importantíssima para o Brasil no segundo tempo. Não teve culpa no gol do Chile e foi fundamental ao pegar duas penalidades do rival.

Nota: 9

DANIEL ALVES - LATERAL-DIREITO

Até acertou um chute de fora da área no primeiro tempo, mas errou muitos passes e comprometeu o setor defensivo do Brasil quando Chile forçou jogadas pelo seu lado.

Nota: 5

THIAGO SILVA - ZAGUEIRO

Mais uma vez seguro na defesa brasileira. Ganhou praticamente todas em seu setor.

Nota: 6,5

DAVID LUIZ - ZAGUEIRO

Além de mostrar segurança na defesa, fez o primeiro gol da Seleção e converteu sua cobrança de pênalti.

Nota: 6,5

MARCELO - LATERAL-ESQUERDO

Ao cobrar um lateral fraco, proporcionou o erro de Hulk no gol do Chile. Tentou criar ofensivamente, mas parou na boa marcação do rival

Nota: 5

LUIZ GUSTAVO - VOLANTE

Complicou-se em algumas saídas de bola e proporcionou lances de perigo para o Chile. Defensivamente, esteve bem mais uma vez. Foi punido com cartão amarelo e não joga as quartas.

Nota: 6

FERNANDINHO - VOLANTE

Compôs melhor o meio de campo, dando mais segurança à defesa. Não repetiu a boa atuação do jogo de Camarões, mas apareceu no ataque com um chute de fora da área.

Nota: 5,5

OSCAR - MEIA

Fez a sua pior partida na Copa. Caiu mais pelo lado direito e produziu muito pouco na parte ofensiva. Foi substituído por Willian

Nota: 5

HULK - ATACANTE

Errou no lance do gol de empate do Chile, mas não se abalou. Na etapa final e na prorrogação, foi quem criou os principais lances da Seleção. Chegou a fazer gol, bem anulado por toque da bola no braço. Perdeu a cobrança de pênalti.

Nota: 5,5

NEYMAR - ATACANTE

Bem no primeiro tempo, chamando a responsabilidade do jogo. Quase fez gol de cabeça. Foi bem marcado no segundo tempo e na prorrogação.

Nota: 6

FRED -ATACANTE

Teve duas chances de gol, mas foi travado no momento da finalização. Mais uma vez, foi pouco acionado pelos companheiros.

Nota: 5

JÔ - ATACANTE

Um pouco melhor do que Fred pela movimentação. Perdeu um gol feito ao furar cruzamento na pequena área do Chile.

Nota: 5,5

RAMIRES - VOLANTE

Entrou na vaga de Fernandinho e não conseguiu melhorar o rendimento do meio de campo. Errou muitos passes na saída de bola para os contra-ataques.

Nota: 5

WILLIAN - MEIA

Entrou na vaga de Oscar na prorrogação e pouco produziu. Perdeu cobrança de pênalti.

Nota: 5,5

Header Chile (Foto: Infoesporte)

BRAVO - GOLEIRO

Fez uma difícil defesa em chute de Hulk. Teve muito trabalho nas saídas pelo alto e saiu em falso numa delas, que quase Fernandinho aproveitou para marcar. Defendeu pênalti de Hulk com o pé.

Nota: 8

FRANCISCO SILVA - ZAGUEIRO

Grande atuação. Conseguiu evitar várias arrancadas e jogadas de Neymar. Foi superado uma vez na corrida e outra em lançamento que o camisa 10 brasileiro dominou no peito e saiu diante de Bravo. Ainda salvou cabeçada de Neymar, que entraria no canto de Bravo.

Nota: 8

GARY MEDEL - ZAGUEIRO

Mesmo no sacrifício, esteve bem na defesa. Foi preciso no corte dentro da área em bola que Neymar saiu na cara de Bravo. Na prorrogação, forçou a furada de Jô na pequena área.

Nota: 7

GONZALO JARA - ZAGUEIRO

Era quem marcava David Luiz no lance do gol brasileiro. Errou na saída de bola em lance de perigo do ataque brasileiro. Bateu o pênalti na trave.

Nota: 5

ISLA - LATERAL-DIREITO

Quando subiu ao ataque errou um cruzamento que irritou Vidal. Na defesa, apesar de muito trabalho com Hulk, se saiu bem. No segundo tempo, deu passe para Aránguiz, que quase marcou.

Nota: 6,5

MARCELO DÍAZ -VOLANTE

Sempre bem posicionado, cortou inúmeras trocas de passes dos brasileiros e chegou bem na frente, inclusive dando um lindo passe para Vargas no início do segundo tempo. Pegou uma bola de primeira, no rebote de escanteio, mas o chute saiu torto. Converteu sua cobrança de pênalti.

Nota: 7,5

ARÁNGUIZ - VOLANTE

Levou uma falta dura de Fernandinho logo no início. Apareceu muito bem nas costas de Marcelo, auxiliando os dois atacantes pelas pontas. Foi travado por Thiago Silva quando recebeu ótima bola de Sánchez. Bateu com perfeição o pênalti.

Nota: 6,5

VIDAL - VOLANTE

Irritou os brasileiros, prendendo bem a bola na defesa, no meio e no ataque. Deu bom passe para Aranguíz no início do jogo, outro ótimo para Isla no segundo tempo, mas perdeu chance na área. Era ele quem marcava Thiago Silva no lance do gol do Brasil.

Nota: 6,5

MENA - LATERAL-ESQUERDO

De bom, apenas um bom lançamento para Vidal, que perdeu boa oportunidade. Foi superado por Oscar e Daniel Alves, inclusive com muitos lançamentos nas suas costas. Sofreu quando Hulk passou para o seu lado.

Nota: 5

VARGAS - ATACANTE

Esperto, aproveitou a bobeira de Hulk e deu o passe para Sánchez fazer o gol. Ajudou na defesa em alguns dos muitos cruzamentos feitos pelo time brasileiro.

Nota: 7

ALEXIS SÁNCHEZ - ATACANTE

Além do gol, deu balão em Marcelo, enfileirou mais de uma vez os brasileiros e ainda deu bom passe para Aránguiz, que não conseguiu concluir. Em alguns lances, prendeu demasiadamente a bola. Perdeu pênalti.

Nota: 7,5

JOSÉ ROJAS - ZAGUEIRO

Entrou no fim, quando o Medel já não tinha condições de jogo.

Nota: 5

FELIPE GUTIÉRREZ - MEIA

Entrou para fechar mais o meio de campo. Auxiliou Mena pelo lado esquerdo e evitou bola de Oscar para Daniel Alves dentro da área.

Nota: 6

PINILLA - ATACANTE

Deu um lindo passe de calcanhar logo que entrou. Incomodou os brasileiros na bola aérea e levou um cartão amarelo por entrada dura em Ramires. Num dos últimos lances do jogo, chutou no travessão. Perdeu pênalti.

Nota: 6,5


Martín Fernandez/GE.COM – GENET - Leonardo de Escudeiro/Trivela  

Foto: Agência AP - Getty Images - Agência Reuters - Marcos Ribolli