Postado por - Newton Duarte

Métodos científicos ajudam na preparação do Esquadrão

Ciência ajuda o Bahia a marcar 16% dos gols no finzinho dos jogos

Tricolor tem tido gás para reagir no final das partidas ou segurar o resultado. Parte física tem sido o ponto forte da equipe

Virou rotina do Bahia: a bola beija a rede no finalzinho do jogo e leva a torcida à loucura. Os empates nas duas últimas rodadas do Brasileirão e a classificação para a terceira fase da Copa do Brasil foram conquistados após os 40 minutos do segundo tempo. A mística tricolor e a confiança de que a estrela do clube voltou a brilhar estão reforçadas no imaginário.

Porém, poder de reação não é construído apenas com superstição. "Foi feita toda uma base física desde o início da temporada para que eles (jogadores) atingissem uma condição física para suportar o jogo. Desde o início da temporada, a gente vem fazendo um controle de treinos e avaliando a parte física", afirma o preparador físico do clube, Fabiano Rosenau.

Pós-graduado em Ciência do Esporte, ele assumiu o lugar de Anderson Conceição em fevereiro e foi eleito o melhor do Campeonato Baiano. O Esquadrão disputou 27 jogos no ano. Foram 37 gols, seis deles após os 40 minutos do 2º tempo. A bola na rede nos minutos finais arrancou o empate em três partidas e garantiu a vitória em outras três.

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A tecnologia tem auxiliado os resultados da preparação física no Fazendão. Todos os jogadores treinam e jogam com um chip preso ao calção que indica a intensidade e distância percorrida pelo atleta. É o chip que sinaliza à comissão o tipo de trabalho que deve ser feito após as partidas e durante os treinamentos para conseguir recuperar bem cada jogador.

"Se o atleta percorreu 10 km na partida, isso vai dizer que esse atleta percorreu grande quantidade no jogo. O que a gente tem que fazer? Colocá-lo pra fazer hidroginástica, pra que ele recupere para o próximo jogo", exemplifica Rosenau. Além do GPS, a medição da taxa de glicemia feita no vestiário ajuda a analisar o desgaste do atleta. "A taxa de glicemia pós-jogo nos dá a indicação energética que ele utilizou durante o jogo, se desgastou muito", pontua o preparador físico.

Levando em consideração a sequência de jogos e os exames feitos após eles, o zagueiro Titi, o volante Fahel e o meia Talisca são os que apresentam melhor condicionamento físico. Titi e Talisca jogaram os 27 jogos. Fahel, 23. Prata  da casa de apenas 20 anos, Talisca tem recebido  acompanhamento diferenciado. "A gente tem planejado um trabalho de ganho de massa muscular pra ele e tem notado evolução. Mas é um trabalho a longo prazo".

Segundo Rosenau, apesar da reação nos finais dos jogos, o elenco ainda não atingiu o ápice da forma física, o que deve acontecer em setembro ou outubro, na previsão dele. A pausa para a Copa será fundamental. Os jogadores terão folga de 5 a 18 de junho e depois um mês de treino até enfrentar o São Paulo, dia 16 de julho. "Vamos fazer um trabalho de musculação para intensificar a parte física e também um trabalho de velocidade".


Fonte: Daniela Leone - IBahia

Foto: Mauro Akin Nassor - Correio