Postado por - Newton Duarte

MP do Futebol: Comissão mista do Congresso receberá as Torcidas Organizadas

Comissão mista da MP do Futebol receberá torcidas organizadas

Gaviões da Fiel, do Corinthians, e Urubuzada, do Flamengo, estarão presentes em audiência pública na semana que vem

Representantes da Gaviões da Fiel estarão no encontro (Foto: Marcos Ribolli)

A comissão mista que analisa a MP 671, a chamada MP do Futebol, escutará representantes de torcidas organizadas na semana que vem. A audiência pública ocorrerá na terça-feira, dia 26. Estarão presentes membros da Gaviões da Fiel, do Corinthians, e da Urubuzada, do Flamengo, além do presidente da Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg), André Azevedo.

Desde maio, a comissão vem escutando diversas partes envolvidas na discussão. Nesta quarta-feira, será a vez da CBF, que vem travando uma batalha diplomática com o Bom Senso FC. O grupo participou nesta terça de audiência pública e defendeu as exigências presentes no texto – criticadas por dirigentes de clubes e pela CBF -, especialmente o fair play financeiro.

A MP renegocia as dívidas dos clubes com a União, estimadas em R$ 4 bilhões, em troca de contrapartidas que incluem rebaixamento de inadimplentes, limitação de mandatos e prestações de contas via internet. O texto estabelece as mesmas regras para as entidades de administração esportiva - federações estaduais e CBF -, o que resultou em críticas por parte dos dirigentes, que consideraram o texto intervencionista. O Bom Senso defende a medida.

- O fair play financeiro já é recomendado pela Fifa desde 2007, para ser implementado por todas as confederações em 2008, através do sistema de licenciamento. Foi criado em muitos lugares, na Uefa, nas ligas europeias, em outros continentes. Mas a CBF ainda não criou. Esse sistema cria parâmetros de gestão orçamentária que devem ser respeitados pelos clubes. Os que não respeitarem, não poderiam participar da competição. Em função de a CBF não assumir esse papel é que chegamos a essa discussão aqui (em Brasília) - afirmou Ricardo Borges, diretor-executivo do Bom Senso.