Comissão técnica: Bahia e Vitória continuam na contramão do futebol moderno; Entenda
Contratação de técnicos por curto período impossibilita grandes resultados a longo prazo
Tite retorna ao Corinthians por valores menores, mas contrato longo - Foto: Divulgação
A nova ordem mundial no quesito gestão de futebol é a diminuição dos salários dos técnicos aliada ao aumento do tempo à frente dos clubes. No que pode ser considerado como um banho administrativo por parte dos dirigentes do Corinthians, Tite retorna ao clube com um vínculo contratual previsto para três anos.
No que tange a questão salarial, ventila-se na imprensa do chamado ‘eixo do futebol’ que o técnico gaúcho ganhará cerca de R$ 430 mil de salários, configurando mais de R$ 200 mil a menos que seu antecessor Mano Menezes, mas com um vínculo contratual não antes visto no Brasil.
É verdade que o futebol baiano ainda está longe de atingir o poder econômico para bancar grandes salários, mas isso não impede os dirigentes de contratar comandantes que recebam menos, mas em contrapartida possam realizar trabalhos a longo prazo, que são comuns no rico futebol europeu.
De acordo com Carlos Alberto Parreira, técnico tetracampeão do mundo, em entrevista ao programa ‘Bem Amigos’, “o que falta aos dirigentes é a sabedoria necessária para entender que a estabilidade dos técnicos no cargo é o que possibilita a realização de grandes feitos”, Tite no Corinthians e Muricy Ramalho no São Paulo, que o digam.
Vitória contrata Ricardo Drubscky com vínculo até o final de 2015 ou seja, somente para apagar o incêndio - Foto: Nelson Antoine / Fotoarena
Bahia e Vitória
O Vitória contratou Ricardo Drubscky, ex-Goiás, por valores salariais não divulgados oficialmente, mas que não devem girar na casa dos R$ 100 mil. O contrato com o técnico será até o fim de 2015, ou seja, a missão é subir o rubro negro para a Série A e mais nada. Trocando em miúdos, uma aposta por parte da diretoria.
No lado tricolor, o presidente eleito Macelo Sant’Ana já declarou o atual comandante da equipe, Charles Fabian, precisa se preparar melhor para ser técnico e que o Bahia precisa de um técnico com experiência em Série B. Tais declarações evidenciam o imediatismo por parte dos dirigentes baianos. Ventila-se a informação de que o esquadrão pode contratar Sergio Soares, ex-Ceará. À frente do clube alvinegro, Soares foi campeão do cearense, vice do Nordestão e terminou a segundona em 8º lugar. Talvez não seja nada que o próprio Charles não conseguisse em 2015, mas sem dúvidas, menos do que o Bahia precisa.
Bahia mira técnico que não ganhou nada expressivo no Ceará e está desempregado desde outubro - Foto: Divulgação/CearaSC.com
