Pastana explica saída do Bahia: "Não ia ficar ganhando sem merecer", diz
Dirigente nega que tenha sido demitido e afirma que decisão de deixar o clube foi tomada por ele e por Marcus Vinícius. Pastana confia em permanência na Série A
A saída está definida, mas ainda não sacramentada. Rodrigo Pastana não permanece no Bahia para o restante da temporada, mas ainda precisa resolver as últimas questões antes de assinar o desligamento do cargo de diretor de futebol do clube. Em contato com o GloboEsporte.com, o dirigente desmentiu uma pessoa ligada à diretoria do Bahia que afirmou que ele e o gerente Marcus Vinícius teriam sido demitidos pelo presidente Fernando Schmidt.
- A decisão de sair foi nossa [Pastana e Marcus Vinícius]. Eu conversei primeiro com o presidente Schmidt, depois com o Pablo [Ramos, diretor de negócios] e com o Vitor [Ferraz, gerente jurídico]. A decisão foi minha e dele, mas isso pouco importa agora. Nós dois conversamos e chegamos à conclusão de que não podíamos mais ajudar, então a gente não ia ficar ganhando sem merecer. Nós não precisamos disso, até porque somos profissionais com mercado, que têm currículo - afirmou o dirigente.
Pastana ainda disse que o Bahia tem chances de se livrar da queda para a Série B. Na visão dele, “quem ganhar duas partidas pode escapar do rebaixamento”. O ex-diretor tricolor ressaltou que a camisa do Tricolor pode pesar nesta reta final e deu a entender que a força do Palmeiras fez a diferença na derrota do último domingo.
- O Bahia tem camisa, torcida e jogadores maduros. São essas as três coisas de que você precisa nesse momento. É um momento em que o psicológico do grupo fica abalado, então tem que ter jogadores experientes. Nessa situação, a camisa pesa, e o Bahia tem [camisa, torcida e jogadores maduros]. E tem a torcida para ajudar. No domingo, a camisa que pesou foi a do Palmeiras, porque não é possível ele [o árbitro Leandro Pedro Vuaden] não ter dado aquele pênalti. Ninguém que estava no estádio ficou em dúvida. Olha, a receita... Não existe receita pronta. Se existisse, a gente comprava. A receita é trabalho - finalizou.
Contratado em 31 de julho, Rodrigo Pastana deixou o cargo de diretor na última segunda-feira. Marcus Vinicius chegou tempos depois ao Fazendão por sua indicação. Ele foi o quarto diretor a ocupar esta função somente neste ano. Antes de Pastana passaram pelo cargo: William Machado, Ocimar Bolicenho e Cícero Souza - que exerceu a função na transição entre a gestão de Bolicenho e de Pastana.