Paulo Maracajá descarta retorno à presidência do Bahia: “Não vou na Fonte Nova”
Clamor pela volta do ex-presidente campeão brasileiro de 1988 cresce após questionamento da gestão atual do clube
Foto: Divulgação/ TCM
Dentro de uma espiral de fracassos que coloca em xeque a campanha do Bahia para retorno à Série A, principal objetivo do clube em 2015, eis surge o nome do ex-presidente Paulo Maracajá, campeão brasileiro de 1988. Segundo críticos, ele seria a pessoa com capacidade e experiência necessárias para resgatar os tempos de glória do Esquadrão.
O Varela Notícias entrou em contato com o icônico ex-presidente, que não comparece na Arena Fonte Nova há mais de dois anos. Maracajá descarta um possível retorno ao comando do clube, mas acredita que é necessário entender do riscado exercer a função. Ele confia na conquista do acesso à elite do futebol brasileiro, assim como no trabalho de Charles como técnico, porém, evita tecer comentário sobre a atual gestão do clube, por não conhecê-la. Leia:
Varela Notícias – Qual a sua opinião sobre a atual situação do Bahia na Série B do Campeonato Brasileiro, como o time se encontra e sobre a atual gestão do clube.
Paulo Maracajá – Acho que o Bahia tem condições totais de se classificar, até em terceiro pode chegar. Se classificar entre os três já é uma hipótese, mas creio que essas duas primeiras partidas contra ABC e Boa, o Bahia ganha. O terceiro jogo, contra o Náutico, que é complicado e quarto contra o Atlético, é aqui [na Arena Fonte Nova]. Confio na classificação do Bahia.
Maracajá evita polêmica com Marcelo Sant’Ana mas acredita que é necessário “conhecimento de causa” para estar à frente do clube (Foto: Edson Ruiz/ Divulgação/ Marcelo Sant’Ana)
VN – Mas você concorda com o posicionamento da gestão em termos de contratação e planejamento da equipe especificamente para nesta temporada?
PM – Olha, vou dizer uma coisa a você: não vou na Fonte Nova desde aquele jogo em que o Bahia, em plena inauguração de estádio, tomou 5 a 1 do Vitória. Eu tenho acompanhado o time pela televisão, vejo os comentários de Varela, mas não posso opinar sobre uma coisa que não estou por dentro. Sobre essa gestão, não posso comentar porque nem conheço.
VN – Seu nome é sempre citado pela torcida para reassumir a presidência do Bahia. Existe alguma possibilidade do torcedor vê-lo novamente à frente do clube?
PM – Não há condições de pensar no momento em retornar ao Bahia porque eu, há um ano, quando as pessoas me procuraram e disse que não queria ser candidato, dei minha posição. Não quero voltar à presidência do Bahia. Quero que outros sejam [presidentes] e deem a sua parte [de contribuição], porque a minha já dei. Vou continuar na posição de torcedor inveterado e apaixonado.
Maracajá acha Charles Fabian um bom técnico e confia na conquista do acesso à série A (Foto: Felipe Oliveira/ Divulgação/ ECBahia)
VN – Qual a sua opinião sobre Charles Fabian à frente do time?
PM – Charles foi um dos maiores centroavantes da história do futebol da Bahia e pelo Bahia foi um centroavante campeão brasileiro [1988]. Eu acho Charles um bom treinador.
VN – Qual a sua opinião a importância da experiência para estar à frente de um clube com tamanho do Bahia? É essencial ou não?
PM – Acho que tudo é relativo. Acho que é preciso fazer uma conjugação do novo e do velho. Fazer uma média ponderada, para fazer uma conversão. Acho que é válido a mocidade à frente o trabalho, como acho que precisa ter uma certa idade para isso. Mas não vamos nos ater a questões de idade, e sim, de conhecimento de causa.
VN – E quanto ao modelo de eleição para presidência do Bahia? Você é contra ou a favor das eleições diretas?
PM – Eu sou a favor. Chegamos a um ponto em que a maioria dos clubes está fazendo eleições diretas. Afinal de contas a eleição direta expressa a opinião do torcedor. Eu prefiro atualmente essa modalidade.
Nota Luis Peres @BahiaClub: Antes de qualquer nome, o Bahia precisa em primeiro lugar, se libertar de suas vinculações políticas, onde se vê obrigado a atender a interesses empresariais e políticos. Após, de uma AUDITORIA profunda, idônea e independente. Por último, realizar eleições gerais, defenestrando toda essa corja subalterna e intere$$eira que vem comandando o clube nos últimos 20 anos. Aproveitando para levar com eles seus consequentes PERUS de plantão.
Sem isso, a Leoniquisição ou Ypiranguisação do Bahia será inevitável.
