Postado por - Newton Duarte

Negócio de Risco: É preciso analisar para contratar

É preciso analisar para contratar

Janeiro é o mês em que os clubes buscam se reforçar. Sempre nos perguntamos após fechada alguma contratação: “Será que vai dar certo?”

Mas nunca paramos para questionar qual é o critério utilizado para contratar tal jogador. Por isso, há um número expressivo de grandes jogadores que não dão certo em outras equipes. Um exemplo é Fernando Torres, que no Liverpool não perdoava e nem tinha dó dos goleiros adversários. Em 141 jogos com a camisa dos Reds, marcou 81 gols. Na temporada 2011-2012, despertou interesse ao Chelsea. Este, poderia ter ganho mais jogos se tivesse contratado Darren Bent 25 milhões de euros do que trazendo Torres por 50 milhões. O número de gols decisivos de ambos nos três anos anteriores. A média de gols de Bent jogando pelo Sunderland era maior. Além disso, os números indicavam que Torres não se adaptaria à maneira de jogar do Chelsea. Não observar informações como essas não só pode levar times a fracassos técnicos como também financeiros.

A análise estatística está crescendo de forma exponencial no futebol. Dirigentes, olheiros, jogadores, cartolas, treinadores, jornalistas, apostadores e até torcedores com um apetite cada vez maior pelos números do futebol. Todos querem ganhar vantagem, e informação é poder.

Todo clube de nível mundial emprega uma equipe de analistas, que usam a informação que conseguem reunir para planejar treinos, criar sistemas de jogo, preparar negociações. Muitas agremiações ainda não sabe contratar direito. O Palmeiras, na primeira gestão de Paulo Nobre, contratou mais de trinta jogadores. Quantos deram certo?

Não é apenas uma questão de coletar dados. É preciso saber o que fazer com eles.

Falta isso no Brasil. Muitos clubes andam endividados por pecar em contratações. Para dar sentido aos números é preciso analisá-los. Ainda mais esse ano, visto que muitos clubes estão sem dinheiro. Talvez a solução esteja na base ou em um time menor. Basta analisar. Não focar apenas no atleta que tem mais nome; mas sim no que se adapta melhor à maneira de sua equipe jogar.