Na tarde desta quarta-feira (10), o volante Nilton concedeu entrevista coletiva no Fazendão. Após ter sido uma das principais contratações do Bahia para a temporada, o jogador teve poucas oportunidades no time titular ao longo do ano. Porém, recentemente, ele começou a receber mais chances do técnico Enderson Moreira. Nos últimos dois jogos, ele teve a sua primeira sequência como titular da equipe.
Experiente jogador de 31 anos, Nilton falou sobre a tranquilidade e do trabalho diário realizado para conquistar seu espaço entre os titulares. Ele é cotado para começar jogando na partida contra o Paraná, no próximo sábado (13):
Todo mundo acabou vendo o quanto eu estava trabalhando, me dedicando no clube e fora. As coisas não são por acaso. Tem que trabalhar muito, porque cada momento de trabalho, aquilo pode fazer diferença. Enderson deixou claro que ia me utilizar em algumas oportunidades, em alguns momentos durante as partidas. Eu estava esperando a oportunidade. Chegou, e eu consegui exercer da maneira que ele estava pedindo, ajudando e apresentando aos poucos uma evolução. Até os torcedores esperavam que eu chegasse apresentando um futebol digno dos grandes clubes por onde passei. Reconheço que minha chegada não foi da forma que eu esperava. Mas hoje eu posso dizer que o Nilton, nessas duas partidas, o futebol que eu tenho para apresentar em cada partida, que a equipe precisa da minha liderança, espero que venha com vitórias também.
Apesar da boa fase individual, Nilton admite que a situação do Bahia não é das melhores. Há cinco jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro, o Tricolor está apenas um ponto acima da zona de rebaixamento.
O volante diz que apesar do empenho dos jogadores nos treinos, tem faltado sorte para a equipe ter melhores resultados em campo:
É uma cobrança que fazemos diariamente, até pelo que temos apresentado, pela dedicação nos treinamentos. Poxa, falar que não estamos trabalhando, tentando aperfeiçoar... É até meio desleal dizer isso, porque a rapaziada deixa em campo até a última gota de suor. Nos jogos, estamos conseguindo apresentar, fazer o que o professor pede, mas em algum momento a bola pune, não quer entrar de jeito nenhum. A gente fica meio impaciente, fazendo tudo da melhor maneira possível, e a bola não entra. Temos que ter tranquilidade. Eu converso com o pessoal do meio, do ataque, para poder ter tranquilidade. Às vezes a gente diz que a bola não entra por azar. O futebol te pune, mas às vezes é um detalhe. A gente tem que saber qual é esse detalhe que está sendo crucial para nossa equipe, para poder resultar em gols, para tranquilizar nossa equipe, porque o esforço que nossa equipe faz, chega o momento que, quando a bola não entra, você fica nervoso, porque você quer fazer o gol de qualquer maneira. A gente está tentando manter a tranquilidade, essa calma, até o final da partida, para não jogar esse esforço todo por água abaixo.
Nilton falou sobre o próximo desafio do Tricolor, que enfrenta o Paraná, no próximo sábado, no estádio de Pituaçu. Um jogo fundamental para a equipe se afastar do Z-4:
A gente tem que estar sempre pontuando. Campeonato muito difícil. Tem que pontuar em casa, fora, seja um ou três [pontos]. Pelo momento na tabela, é uma situação desconfortável, nos deixa com uma luz acesa. Mas faltam rodadas, tem outras equipes em situação difícil. Sabemos que tivemos que mudar nosso comportamento para buscar essa pontuação importante para dar tranquilidade. Contra o Paraná, tem que fazer o dever de casa. É o fundamental. Temos que estar nessa intenção de buscar, apresentar um bom futebol para nos afastarmos dessa posição desconfortável.
Confira o que Nilton falou em entrevista coletiva
Jogar em Pituaçu
- Já tive oportunidade de jogar contra o Bahia em Pituaçu. Sempre é muito difícil. É uma atmosfera diferente, a torcida do Bahia bota uma pressão. Hoje, tendo a oportunidade de jogar aqui, tive oportunidade de jogar duas partidas al. Acho que uma invencibilidade que a equipe tem desde 2015. Presença do torcedor é essencial, fundamental. Eles cantam por nós e nós corremos por eles. Essa união é muito bacana. Nós, jogadores, estamos focados pela dificuldade que vamos encontrar. Outras equipes estudam a gente, sabe que temos um jeito mais agressivo jogando em casa, buscando sempre os gols. Por mais que o Paraná tenha tido resultados negativos, os torcedores vão querer que a gente faça gols, mas tudo tem que ser no seu momento, com cautela, até porque temos que respeitar a equipe do Paraná. Dentro de casa, temos que impor nosso ritmo para buscar a vitória, porque futebol bom a gente está apresentando.
Enfrentar o lanterna Paraná
- A gente não tem que escolher adversário. Jogamos contra o Grêmio, muitos achavam que iriamos tomar uma goelada, mas isso foi uma coisa que até coloquei com os jogadores, que tínhamos condições de sair até com os três pontos. Colocamos isso da melhor maneira possível dentro de campo. Aconteceram coisas fora do nosso alcance, a arbitragem... Seria a melhor partida fora. Hoje temos a oportunidade de buscar três pontos que serão importantes para essa arrancada de dez jogos que nos resta.
Erros de arbitragem contra o Grêmio
- Erros cruciais que resultaram naquele empate. Pela apresentação que a equipe teve, foi aquele balde de água gelada na mente. Mas a equipe está ciente do que houve. A diretoria, com Diego [Cerri, diretor de futebol], com Bellintani, está tomando as devidas providências para ver o que pode ser feito para que não aconteça mais durante o campeonato.