Postado por - Newton Duarte

No 'dia dos mortos', Kleina enfrenta seu ex-time pela 1ª vez

Após deixar o Verdão, Kleina enfrenta o time pela 1ª vez

Graças a efeito suspensivo, Kleina ficará à beira do campo, domingo

Os pragmáticos já diriam: "jogo de futebol se ganha dentro de campo". Mas, se depender das ações extracampo durante a semana, o Bahia chega bastante empolgado para encarar o Palmeiras, no domingo, 2, às 19h (horário da Bahia), na Fonte Nova.

Não bastasse o período de três dias de refúgio num hotel cinco estrelas na Praia do Forte, o Tricolor de Aço tem o reforço de um espião a tiracolo. Trata-se do técnico Gilson Kleina.

O atual comandante tricolor dirigiu o time paulista entre o final de 2012 e o primeiro trimestre deste ano. O paranaense, de 46 anos, assumiu o Palmeiras com a mesma missão que tem neste sábado, 1º, no Bahia: evitar o rebaixamento do time para a Série B. Lá, ele sucedeu o técnico Luís Felipe Scolari.

Na ocasião, Kleina não teve êxito. Mesmo assim, se manteve no cargo no ano seguinte (2013) e comandou o Verdão na campanha do retorno à elite do futebol nacional, conquistando a segunda divisão.

Ele acumulou cinco eliminações pelo Palmeiras: no Campeonato Paulista (2013 e 2014), na Sul-Americana (2012), na Copa do Brasil (2013) e na Taça Libertadores da América (2013). Em 105 jogos, o técnico obteve 56 vitórias, 20 empates e 29 derrotas.

O aproveitamento de 59,7% dos pontos disputados pelo alviverde rendeu a Kleina o status de quarto melhor treinador do Alviverde neste século, de acordo com o site do clube.

Espião

No cenário atual, o técnico tornou-se uma excelente fonte de informação a favor do Bahia. "Tanto eu conheço bem o Palmeiras como eles me conhecem. Eu já passei as características (dos jogadores palmeirenses) aos jogadores do Bahia. Como o time joga, o perfil de cada jogador", afirmou Kleina.

Ele mostrou ter estudado bastante o adversário, principalmente pelo fato de o Palmeiras ter tido duas trocas de comando técnico desde sua saída, em maio. O argentino Ricardo Gareca foi sucedido por Dorival Junior, o atual treinador.

"Se (o Palmeiras) vier da forma que está jogando, no 4-2-3-1, o Wesley, num momento, faz o meio-campo com Valdívia.  Depois, ambos viram volantes. O time pode ser montado também com um volante e três atacantes. Analisamos bastante nosso adversário", disse.

Faltando sete jogos para o fim do certame, Kleina espera fazer valer, em campo, o período de refúgio na Praia do Forte. "Foi bastante positivo. Não teve mistério, mas queríamos privacidade. Conversamos bastante, tivemos mais tempo juntos. Trabalhamos  algumas coisas que há tempos não fazíamos", contou o comandante tricolor.

Durante a entrevista coletiva de sexta-feira, 31, ele ressaltou que de nada adiantará fazer cálculos e simulações matemáticas se, em campo, o time não fizer sua obrigação, que é vencer.

"O que deixei bem claro na cabeça dos jogadores  é que temos que ir atrás da vitória.  Tivemos esse período em que podemos focar mais isso (fator psicológico). O objetivo maior foi mostrar que o time pode voltar a jogar de forma competitiva. É isso que o torcedor espera de nós. Uma equipe com gana, com brio", afirmou.

Kleina conseguiu efeito suspensivo contra punição imposta pelo STJD. O treinador havia sido suspenso por um jogo após ter sido expulso contra o Santos.