Postado por - Heitor Montes

No julgamento do Ba-Vi, Pleno inclui Bahia, aumenta pena de Kanu e suspende Vagner Mancini

Na noite desta sexta-feira (10), ocorreu o julgamento do recurso do polêmico Ba-Vi do dia 18 de fevereiro pelo Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia (TJD-BA).

O zagueiro Kanu, do Vitória, teve a sua punição, que era de 10 jogos, aumentada para 11 partidas, além de uma suspensão de 90 dias e multa de R$ 75 mil. O treinador rubro-negro Vagner Mancini, absolvido no primeiro julgamento no dia 27 de fevereiro, foi suspenso por cinco partidas pela acusação de ter provocado deliberadamente o final antecipado da partida. O Vitória teve a manutenção da sua multa de R$ 100 mil.

Já o Bahia foi bem sucedido no seu pedido de inclusão como parte interessada. Os casos são passíveis de recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

A punição a Kanu está em vigor e, a não ser que o Vitória consiga um efeito suspensivo no STJD, o zagueiro não poderá jogar neste domingo, contra o ABC, pela Copa do Nordeste

Hélio Menezes, presidente do TJD-BA, falou sobre a pena do zagueiro:

Já deve cumprir a pena. A única hipótese de não cumprir é de o STJD atribuir efeito suspensivo ao recurso

Punidos com oito partidas no primeiro julgamento, os acusados de agressão no clássico - Edson e Rodrigo Becão, do Bahia, Denilson, Rhayner e Yago, do Vitória - tiveram as suas penas mantidas.

O meia Vinícius, do Bahia, teve sua pena de dois jogos mantida. O zagueiro tricolor Lucas Fonseca foi punido com um jogo. Os dois, por sua vez, já cumpriram a suspensão e estão livres para atuar no estadual.

No início da sessão, Manoel Machado, advogado do Vitória, pediu que o auditor Luiz Gabriel Batista fosse declarado impedido. O auditor é sócio do promotor Hermes Hilarião, autor da denúncia no TJD-BA. O pedido acabou sendo indeferido, mas o próprio Luiz Gabriel se declarou impedido de votar por suspeição.

O primeiro tópico que os auditores julgaram foi o pedido de inclusão do Bahia como terceira parte no caso, o que foi aceito por unanimidade. Com isso, o tricolor se tornou parte interessada no processo. Depois, foi votado o caso do zagueiro Kanu, cuja pena no Campeonato Baiano foi aumentada para 11 jogos, além de uma suspensão de 90 dias e uma multa de R$ 75 mil.

Foi julgado pelos auditores o recurso da Procuradoria, pela absolvição de Vagner Mancini, Bruno Bispo e Ramon da acusação de encerrar a partida propositalmente. Os dois atletas tiveram a absolvição mantida, mas o treinador foi suspenso por cinco partidas. Quatro auditores votaram para que ele pegasse cinco partidas de suspensão, outros quatro votaram por seis. O empate beneficiou o réu, que pegou a menor pena.

Foi rejeitado por unanimidade o recurso do Vitória para o não pagamento da multa de R$ 100 mil. O recurso da Procuradoria, que pedia a exclusão do Rubro-Negro do Baiano, foi rejeitado pela maioria, com apenas um auditor votando a favor do pedido do Procurador.

A diretoria do Vitória terá 15 dias para pagar a multa. O treinador Vagner Mancini e Francisco Neto, vice-presidente do Vitória, acompanharam o julgamento, mas deixaram o local antes do final e não falaram com a imprensa.

Punições do julgamento do Ba-Vi

Vitória
Por envolvimento na briga:
- Kanu: suspenso por 11 jogos do Campeonato Baiano, 90 dias de suspensão e multa de R$ 75 mil.
- Denilson: suspenso por oito jogos do Campeonato Baiano.
- Rhayner: suspenso por oito jogos do Campeonato Baiano.
- Yago: suspenso por oito jogos do Campeonato Baiano.

Por encerrar a partida propositalmente:
- Ramon: absolvido.
- Vagner Mancini: suspenso por cinco jogos do Campeonato Baiano.
- Bruno Bispo: absolvido.

Bahia
Por envolvimento na briga:
- Edson: suspenso por oito jogos do Campeonato Baiano.
- Rodrigo Becão: suspenso por oito jogos do Campeonato Baiano.
- Lucas Fonseca: suspenso por um jogo do Campeonato Baiano.
- Vinícius: suspenso por dois jogos do Campeonato Baiano.