Nova regra da Fifa faz empresários recusarem empréstimo a clubes
Jogadores do São Paulo e Botafogo ajoelhados durante ato de apoio ao movimento Bom Senso FC em 2014 - Gazeta Press
A nova regra da Fifa que tenta acabar com a participação de empresários nos direitos econômicos de atletas tem apertado ainda mais a vida financeira dos clubes. Os times que costumavam contar com dinheiro dos agentes para acertar salários e outros pagamentos agora estão dando com a cara na porta.
A prática, muita usada antes da medida, era bastante simples: os empresários emprestavam os recursos necessários para as equipes fecharem o mês e pediam em troca parte dos direitos de atletas da base, na maioria das vezes.
Agora, no entanto, entre primeiro de janeiro e 30 de abril, um contrato feito assim terá validade de apenas um ano, de acordo com o texto da Fifa, incorporado também pela CBF em seu regulamento de registros e transferências. Após o primeiro de maio, acordos nesse formato não poderão ser assinados.
"Antes os clubes nos procuravam pedindo ajuda e nós ajudávamos. A gente aportava um valor e eles nos repassavam direitos de jogadores da base. Isso não está acontecendo mais. Não tem como ajudar mais. Certamente esse é um dos motivos para os problemas financeiros dos clubes terem aumentado", afirmou Gilmar Veloz, empresário de Alexandre Pato e Tite, entre outros.
"Os clubes vivem de investidores. Muitos, inclusive na Europa, são mantidos com esse dinheiro. E não está acontecendo mais. É uma coisa que não faz sentido. A regra é sem sentido. O aperto só vai ficar cada vez maior. Se vem um clube hoje me pedir dinheiro, eu não empresto mais", acrescentou Fernando Garcia, agente de Petros, Malcom e outros, que tem R$ 6 milhões a receber do Corinthians.
Com isso, os clubes estão procurando outras formas para pelo menos tentarem ficar em dia - muitos, no entanto, estão cheio dívidas com seus elencos, especialmente de direitos de imagem. Os adiantamentos de cotas de televisão e patrocínio continuam sendo a principal saída dos departamentos financeiros.
Na Europa, há pelo menos duas ações na Justiça na tentativa de derrubar o veto da Fifa para a participação de terceiros em direitos econômicos dos jogadores. Ainda não houve nenhuma decisão a respeito. No dia 9 de abril, haverá um encontro em Madri para discutir a questão.
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