Postado por - Newton Duarte

O Bahia não é mais da Torcida

O Bahia não é mais da Torcida

Quando assistimos ao vertiginoso crescimento do número sócios do Internacional-RS, ficamos assustados quando o clube Gaúcho atingiu a 6ª colocação no ranking mundial, chegando à incrível marca de 130000 sócios, desbancando grandes potencias europeias. E o principal responsável por isso, foi o atual Diretor de Mercado do Esporte Clube Bahia: Jorge Avancini.

Mais assustados ainda, ficamos ao saber que o conceituado profissional estaria vindo desempenhar sua expertise nas plagas Nordestinas. Saindo de um clube quase que liberto das desiguais verbas de TV no Brasil, disputando uma Copa Libertadores das Américas, com Estádio próprio, para exercer sua função num clube com dificuldades financeiras, recém-caído para a 2ª Divisão, sem estádio, estranhamente dependente do Consórcio que gere o principal equipamento esportivo do Estado, e pelo que se viu, gere o Governo do Estado também.

Em conversa com o amigo Ricardo Lima, ora homem de Marketing da Juazeirense, com passagem pelo Esquadrão, logo quando da chegada do profissional supra, aventei a possibilidade de que sua vinda estaria chancelada pelo consórcio gestor da Arena Fonte Nova para compatibilizar seus interesses com o plano de sócios do Bahia, e principalmente com os descontos nos ingressos, prometidos quando da compra do título de sócio. Contudo, naquele momento foi apenas uma ilação.

A vinda do Sr. Jorge Avancini estaria diretamente ligada a um “novo” plano de Sócios do Bahia. Também, para cuidar da eterna novela do patrocinador Master, cujas certidões negativas parecem que só o Bahia não consegue. Além de outras ações, como a do Vice, por exemplo, do transplante de órgãos, que está correndo o mundo com mídia gratuita.

Até agora no Bahia...

Ao contrário do Internacional, que com seu estádio próprio, pode executar qualquer tipo promoção, o Bahia passou por uma renegociação do seu contrato com a AFN. A dita reunião realizada em local não sabido e incerto, teria durado 1/3 de um dia, para que, ao final, a imposição da vontade da Arena estivesse reduzida a termo na nova avença. Não é difícil imaginar que tudo não passou de um jogo de cena para “Torcedor do Bahia ver”.

De pronto, através de nota de rodapé, cravei que aquilo foi um bem bolado: Marcelo Sant’Ana bateu o pé: “Machão”! Marcelo Sant’Ana aquiesceu: Estadista! Foi bem “sacado”. Não nos esqueçamos jamais que o Sr. Sidônio Palmeira, o onipresente, representa os interesses do Governo do Estado e da Arena Fonte Nova, além do Bahia nas horas vagas, sem estar em lugar nenhum ao mesmo tempo: Um MITO!

O Bahia fecha um contrato com valor “a menor” que o original, enfeita com penduricalhos e diz que fez um grande negócio. Contudo, a Arena com seus penduricalhos exclusivamente em suas mãos, teve um prejuízo anunciado de 16 milhões, e a participação na renda “agora” depende de uma média obtida em 90 dias apurados...... Vamos falar serio. Vocês estão brincando? Esses penduricalhos já deveriam estar no contrato original. Inclusive o Museu que teve banner e tudo, Chega!

Se não ler as matérias e as notas, não vai entender:

'Consumidor': Bahia promete plano de sócio customizado para atender torcedor 

AFN tem prejuízo de R$ 15,6 milhões; OAS quer vender participação para estrangeiros 

Bahia reduz receita mínima, mas aumenta participação na Fonte Nova 

Rui Costa pede retomada das negociações entre AFN e Bahia

Igual aqui #SQN: Unidos, Torcedores Ingleses pedem redução no preço dos ingressos

Bahia mostra como o futebol está parado no tempo

Jorge Avancini solta o verbo e fala (quase) tudo

Obviamente que nem a participação do Diretor de Mercado, nem os termos reais do contrato serão revelados. Frases paradoxais serão ditas a cada pergunta sempre com intuito de confundir e jamais para explicar. Desde a viagem do “ex-Presida”, de muitos, MGFilho “Deputa” à Amsterdã, patrocinado pela OAS, que as coisas do Bahia se tornaram esquisitas e nada transparentes.

Em rankings divulgados pela mídia consta que o Bahia possui 24.021 sócios. Sabemos que efetivamente não passamos de 5.000 no gozo de seus direitos por estarem “em dia com o carnêt do Baú”. Nenhum plano de resgate dos inadimplentes é lançado, ou o cancelamento destes títulos é realizado. Tudo está muito conveniente.

Pelas redes sociais vinha externando minha preocupação com algumas afirmativas do Sr. Diretor de Mercado como na estapafúrdia entrevista concedida ao Programa “Donos da Bola Bahia”, quando comparou “o plano de sócios” à compra de abadás, ou ingresso para camarotes durante o carnaval. Citou os astronômicos preços da festa do verão como exemplo de desejo, necessidade, ou do poder de compra local. Questionado, tergiversou...

Uma total falta de conhecimento da realidade do povo Baiano. Ou NÃO!

Minha preocupação se confirmou.

Faltou ainda “uma tal” camisa KGB, que o tempo passou e ninguém viu... O que se ouviu foram “gritos” histéricos nas redes sociais dos bajuladores de sempre, que a qualquer sinal de um alvará de soltura de um flato oprimido pela direção do Bahia, ovulam, colocam a saia curta e vão desfilar no Itaigara nas madrugas.

“Customização de plano de sócios”: Estou curioso para ver quais os direitos do plano “Sócio Favela”. Não vota, não tem direito a “meia-entrada”. Deverá apenas ter direito a ouvir o jogo do Bahia de graça pelo rádio e no Dique do Tororó. Também, a exame de fezes, pois, assim os enxergam... Faça me rir, haja vista que essa não deu. Vira doação e de quem não tem. Piadistas letrados.

A Bahia tem aproximadamente 15 milhões de habitantes. 95% da Torcida do Bahia está concentrada no Estado. Destes, a maior parte vive na Região Metropolitana, com um desemprego beirando 18% da população ativa. Sendo quase 10% na Capital. Temos uma renda média de R$679, com um altíssimo custo de vida proporcional.

Em contrapartida, na “terra” do Diretor de Mercado, o desemprego na mesma área observada, não chega a 5%, com uma renda, pasmem, que é o dobro da que nos permitem viver por aqui. Vide dados, com as respectivas fontes ao final do texto.

Será desinformação da realidade? Será que o Diretor de Mercado vive alheio aos dados econômicos? Ou não seria melhor ele dizer o que realmente veio fazer aqui?

Para completar, dá uma TAPA NA CARA do povo Baiano, especialmente na Torcida do Bahia, quando afirma que ingressos baratos afastam famílias dos estádios. Que trazem a violência. Então estamos mortos! Pois em postagem, sua Santidade, Marcelo Sant’Ana, reclamou que quase sofreu uma agressão física no paraíso dos PERUS: O Lounge. O ingresso mais caro do Estádio. Onde está erro? No preço dos Ingressos ou na intenção das pessoas? Melhor parar

Falar em acabar com a área destinada aos ingressos mais baratos? Numa terra de gente pobre e que sempre, sem a presença de nenhum deles, sempre encheu o estádio? Vão de encontro à discussão mundial contra a elitização do Futebol? Que Democracia seletiva é essa só para "gente bonita"? Não nos esqueçamos que ladrões do erário tem dinheiro para comprar acesso a qualquer lugar. Talvez, só gente com o nome na lista da lava-jato deva ir...

E a setorização? Lembra mais um "apartheid".

Ingressos baratos é uma reivindicação mundial. Até na Inglaterra onde o povo recebe em Libras. O preço deve ser proporcional à renda local e o espetáculo oferecido. Não precisamos trazer “Neymares”. Basta não vir tentar nos enganar com negociações cínicas como a de Talisca e Pará. Isso já seria um avanço. Nem todos são idiotas, desinformados ou perus. Melhor parar.

Não foi a toa que a torcida do Inter comemorou sua saída...

Apenas para lembrar aos perus: Não adianta tentar preencher minha bolsa escrotal. Pois, se urros resolvessem, suínos não iriam a óbito.

Nosso Diretor de Mercado, no que concerne ao seu amor pelos mais humildes, lembra muito um personagem de Chico Anysio: Justo Veríssimo

Dados econômicos do Estado Bahia e Rio Grande do Sul para comparações:

Taxa de desemprego – Dados de março 2015correio24horas.

A taxa de desemprego permaneceu relativamente estável em Salvador e Região Metropolitana em fevereiro em relação a janeiro segundo a Pesquisa  Emprego Desemprego (Ped) apresentada ontem pela Superintendência de Estudos Socioeconômicos (SEI). O estudo mostra que, no mês passado, a taxa de desemprego total da RMS ficou em 16,4% da População Economicamente Ativa (PEA).

Em janeiro, este número foi de 16,3%. Em fevereiro de 2014, a taxa de desemprego total marcava 17,7%. Para fevereiro deste ano, o contingente de desempregados foi estimado em 303 mil pessoas,  mil a menos que em janeiro. Essa relativa estabilidade, segundo a SEI, deveu-se à combinação entre a saída de 16 mil pessoas da PEA e a eliminação de 15 mil postos de trabalho. No período, o contingente de ocupados declinou (1,0%), passando de 1.558 mil para 1.543 mil pessoas.

Taxa de desemprego – Dados de março 2015 - correiodopovo .

A taxa de desemprego apresentou redução em janeiro na região Metropolitana de Porto Alegre, passando de 6,1% da População Economicamente Ativa (PEA) em dezembro para 5,8%. O contingente de desempregados em janeiro foi estimado em 106 mil pessoas, 7 mil a menos em relação ao mês anterior. O resultado ocorreu devido a saída de 9 mil pessoas do mercado de trabalho, segundo a economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Virgínia Donoso. e a socióloga da Fundação de Economia Estatística (FEE), Miriam de Toni, que apresentaram a pesquisa.

Em janeiro, o nível ocupacional na região Metropolitana de Porto Alegre apresentou relativa estabilidade (0,1%) passando a ser estimado em 1.730 mil pessoas. Com referência aos principais setores de atividade econômica ocorreu crescimento do nível ocupacional nos serviços (mais de 26 mil pessoas) e na indústria de transformação (mais 4 mil trabalhadores). No sentido contrário, aconteceu a redução da ocupação no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (menos de 21 mil pessoas), assim como na construção civil (menos de 11 mil trabalhadores).

A pesquisa mostrou ainda que no período entre janeiro de 2014 e o mesmo período de 2015, a taxa de desemprego total na região permaneceu relativamente estável, passando de 5,7% para 5,8% da PEA. No mesmo período, a taxa de desemprego aberto permaneceu em 4,8%. Na comparação anual, o contingente de desempregados apresentou diminuição de 2 mil pessoas. O resultado aconteceu devido a saída de 55 mil pessoas do mercado de trabalho da região. Nos últimos 12 meses, ocorreu um declínio de 3% no nível de ocupação. O resultado foi bem superior a queda verificada em janeiro de 2014 (-0,5%).

Taxa de desocupação (%)

Mês/ano

Total

Rec

Sal

BH

RJ

SP

PoA

jan/04

11,7

12,8

16,2

12,3

8,9

12,9

7,6

jan/05

10,2

12,2

15,8

9,8

7,4

11,1

7,0

jan/06

9,3

15,3

14,9

8,1

6,9

9,2

7,7

jan/07

9,3

11,6

13,5

8,4

6,6

10,1

8,1

jan/08

8,0

10,1

11,3

6,7

6,4

8,6

6,2

jan/09

8,2

8,6

11,2

6,4

6,6

9,4

5,6

jan/10

7,2

8,6

11,9

6,1

5,4

8,0

4,3

jan/11

6,1

7,1

10,7

5,3

5,1

6,0

4,2

jan/12

5,5

5,7

8,3

4,5

5,6

5,5

3,9

jan/13

5,4

6,3

6,3

4,2

4,3

6,4

3,5

jan/14

4,8

7,4

8,0

3,8

3,6

5,0

2,8

dez/14

4,3

5,5

8,1

2,9

3,5

4,4

3,6

jan/15

5,3

6,7

9,6

4,1

3,6

5,7

3,8

Na análise regional, o contingente de desocupados em comparação a dezembro subiu em Belo Horizonte (41,5%), São Paulo (31,6%), Recife (21,7%) e Salvador (20,6%), ficando estável no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. No confronto com janeiro de 2014, a desocupação aumentou 39,1% em Porto Alegre e 28,2% em Salvador. Nas demais regiões, não houve variação.

Rendimento nominal mensal domiciliar per capitada população residente, segundo as Unidades da Federação – 2014 - IBGE

Unidades da Federação

Rendimento nominal mensal domiciliar per capita da população residente (R$)

Brasil

1 052

Rondônia

762

Acre

670

Amazonas

739

Roraima

871

Pará

631

Amapá

753

Tocantins

765

Maranhão

461

Piauí

659

Ceará

616

Rio Grande do Norte

695

Paraíba

682

Pernambuco

802

Alagoas

604

Sergipe

758

Bahia

697

Minas Gerais

1 049

Espírito Santo

1 052

Rio de Janeiro

1 193

São Paulo

1 432

Paraná

1 210

Santa Catarina

1 245

Rio Grande do Sul

1 318

Mato Grosso do Sul

1 053

Mato Grosso

1 032

Goiás

1 031

Distrito Federal

2 055

Fonte: ibge.

Inflação acumulada: Mar/2015 -1,51 mês - 8,4160 Ano     

Fonte: ibge.

Cesta Básica: A cesta básica de alimentos registrou alta em fevereiro em 14 das 18 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza o levantamento.

As maiores ALTAS foram apuradas em Natal (4,36%), Salvador (4,17%), João Pessoa (2,69%) e São Paulo (2,06%). As maiores RETRAÇÕES foram em Porto Alegre (-2,02%), Campo Grande (-0,96%), Florianópolis (-0,24%) e Aracaju (-0,06%).

O maior custo da cesta foi identificado em São Paulo (R$ 378,86), seguido de Florianópolis (R$ 359,76) e Rio de Janeiro (R$ 357,27). Os menores valores médios se deram em Aracaju (R$ 264,67), João Pessoa (R$ 286,22) e Natal (R$ 289,65).

Em 12 meses, entre março de 2014 e fevereiro de 2015, o preço da cesta acumulou aumento em 18 capitais, com destaque para Brasília (20,48%), Salvador (18,60%), Goiânia (18,28%), Aracaju (17,33%), São Paulo (16,45%) e Curitiba (16,41%). As menores altas aconteceram em Manaus (2,95%) e Belém (5,36%).

Fonte: g1 .