Postado por - Newton Duarte

O desperdício de jogadores no futebol de base do Brasil

Desperdício

AFP

Não é raro um pai ligar pedindo ajuda para colocar o filho, “bom de bola”, num time de futebol. Antes, era só dar um bilhetinho e o treinador da base, de qualquer time, observava, por um tempo o garoto e aproveitava ou não.

Hoje as coisas mudaram. Só os empresários de futebol têm acesso aos clubes. Nem sempre entram os melhores, mas sim os mais apadrinhados. A grana, que corre solta em negociações do mundo da bola, gerou tanta ganância, que não são preparados jogadores e sim, brucutus, que possam ser repassados o quanto antes.

De cada 3 mil meninos, que tentam jogar profissionalmente, apenas um consegue algo efetivo. Os que ficam pelo caminho somem nas estatísticas. O Brasil é o país do desperdício. Quer na água, na comida, na energia e também no futebol.

Com um território enorme e tanta miscigenação racial, que ajuda nessa modalidade esportiva, um trabalho sério, dirigido e com cunho nacional, faria toda diferença para o futuro. Nem os 7 a 1 sensibilizaram os cartolas. A arrogância segue a mesma, a vida vai igual, como se nada tivesse acontecido.

Não falo só de um jogo. Há os 8 a 0 do Barcelona no Santos, as eliminações em mundiais de clubes, para africanos e os constantes vexames em copas do mundo.

O novo presidente da CBF será o Marco Polo Del Nero. O novo Ministro dos Esportes nunca foi do ramo.

Ou seja, nada indica que teremos mudança.

Que desperdício.