Traficante “Padrinho”, Delegado Mario Gobbi, empresário Carlos Leite e o treinador Mano Menezes
As facilidades do traficante “Padrinho” no Corinthians, preso pela PF após enviar quatro toneladas de cocaína ao Exterior, começaram alguns anos atrás, ao reencontrar com o amigo delegado Mario Gobbi, com quem pintou e bordou na época de policial, cargo pelo qual foi expulso por corrupção.
Já infiltrado no mundo do futebol, e com grande influência no Avaí, além da já citada parceria nas categorias de base do Corinthians, “Padrinho” conseguiu colocar no clube o goleiro Renan, convocado, cirurgicamente, antes, por influência do empresário Carlos Leite, à seleção Brasileira.
No início de 2010, Renan era terceiro goleiro do Avaí, sendo alçado, após ingerência de “padrinho”, meses depois à titularidade da posição.
Um ano depois, além da convocação à Seleção, uma rápida conversa com Gobbi selou a intermediação para o acordo com Carlos Leite, que, com aval de Mano Menezes, fizeram o clube gastar R$ 6 milhões, por 70% de seus direitos, para trazê-lo ao Parque São Jorge.
Para piorar ainda mais o negócio, Renan assinou por cinco anos, garantindo a todos os envolvidos, parte dos mais de R$ 200 mil mensais recebidos pelo atleta, até 2016, que jogou apenas três partidas pelo clube.
Mas outros negócios aconteceram entre Corinthians e Avaí, todos sob as orientações de Padrinho.
Por exemplo, o goleiro Rafael Santos, agenciado por Carlos Leite, e que durante um tempo Menezes colocou como titular do Timão, foi emprestado à equipe catarinense, com salários pagos pelo alvinegro.
O Corinthians contratou, também, em 2012, sem que ninguém se desse conta, o lateral Rodinei, do Avaí, agenciado por “Padrinho”, com anuência de Marcelinho Paulista, que, à época, declarou à imprensa local: “é uma promessa… estamos apostando nele. é um jogador de força, um bom lateral.”.
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Praticamente não vestiu a camisa do Corinthians.
Ou seja, as mesmas pessoas que, ainda hoje, permitiram, pelo menos até antes da prisão de “Padrinho” por tráfico, a livre negociação com o clube, além do acesso do traficante à sala do presidente do Corinthians, um delegado de polícia, já o faziam tempos atrás, mantendo o “parceiro” no recomendável anonimato, só descoberto após exposição dos fatos pela Policia Federal.
Agora, amedrontados, todos, diretoria, parceiros e coniventes no silêncio, fogem do assunto como o Diabo da Cruz, torcendo para que os respingos da investigação não cheguem até os porões do Parque São Jorge.
EM TEMPO: o jogador TAUBATÉ, à época juniores do Corinthians, também foi enviado ao Avaí, nos negócios envolvendo o traficante PADRINHO
Fonte: Blog do Paulinho
Fotos: Reprodução