Postado por - Newton Duarte

O longo caminho até o fim da linha para agentes de jogadores

O longo caminho até o fim da linha para agentes de jogadores

José Maria Marin (Foto: Igor Siqueira)

CBF corre para a adaptação às normas da Fifa (Foto: Igor Siqueira)

Não é de hoje que a Fifa quer mudanças nas regras de negociações de jogadores pelo mundo. As mudanças propostas pela entidade maior do futebol não são poucas, mas o cenário vem mudando gradativamente. Um bom exemplo disso foi a divulgação do regulamento por parte da CBF, que intenciona, entre outras coisas, banir os investidores do futebol brasileiro.

Confira alguns pontos de todo o processo envolvendo os agentes e as alterações que estão para ocorrer:

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> CBF implementa regra da Fifa e bane investidores do futebol brasileiro

RELEMBRE:

> Fifa vai desregulamentar atividade de agentes em 2015

AGRAVANTES PARA AS MUDANÇAS

> Apenas 30% da atividade mundial tem intermédio de agentes licenciados. Os outros 70% dos negócios são feitos à margem no mercado

> 98% das ações na Corte Arbitral do Esporte (CAS) que têm agentes como autores envolvem recebimento de comissões

> Na Inglaterra, em média, são gastos, por ano, de US$ 100 milhões a US$ 200 milhões com comissões a agentes de jogadores

COMO É COMPOSTA A ESTRUTURA ATUAL

> 209 federações filiadas à Fifa

> 6882 agentes têm licença das associações

> 246 desses agentes são brasileiros

PARA SE TORNAR AGENTE NO MODELO VIGENTE

> O candidato deve, primeiramente, apresentar documentos exigidos, entre eles certidão negativa e criminal e diploma de 2 grau. Ele paga para fazer um prova que contém 50% de questões elaboradas pela respectiva associação do país e 50% de perguntas feitas pela Fifa. O valor desembolsado vai diretamente para a federação.

COMO FICARÁ

> Clube ou jogador serão responsáveis pela contratação do intermediário. Antes, porém, deve se fazer uma checagem dos antecedentes do contratado, que precisa atender critérios mínimos exigidos pela Fifa. Um documento de representação, então, é assinado. Tal contrato será padronizada pela Fifa.

> Caso exista algum problema em uma eventual operação, clube ou jogador podem ser sancionados pela entidade.

> Federações filiadas implementarão as mudanças sob monitoramento da Fifa. Se algum associado descumprir a determinação, poderá sofrer uma punição que varia entre uma simples advertência ou até mesmo desfiliação da entidade.

REMUNERAÇÃO

> No atual modelo, agentes ganham 10% do salário bruto do novo contrato firmado pelo jogador com o clube para o qual ele foi transferido. Quando não há essa especificação no acordo, o pagamento deve ser de 5%, segundo determina a Fifa.

> Para 2015, a entidade recomenda o pagamento de 3% a intermediários. O percentual, entretanto, que pode variar a partir do acerto entre as partes.