Postado por - Newton Duarte

O quem vem de cima 'me atinge': Bahia tenta acabar com o caos aéreo

Contra o Paraná, Bahia tem meta de acabar com perigo que vem do alto

Tricolor sofreu gols de bolas aéreas com nas últimas quatro partidas. Sistema defensivo é alvo de críticas

“Acabar com o perigo que vem pelo alto. Essa é a meta da defesa tricolor contra o Paraná, hoje, às 21h30, na Vila Capanema, em Curitiba (Sportv). Dos 21 gols sofridos pelo Bahia na Série B, oito foram consequência de falha em jogada aérea do adversário (38%). Esse foi o caminho usado para vazar a meta de Douglas Pires nos últimos quatro jogos do campeonato, contra CRB, Mogi Mirim, América-MG e Atlético-GO - além de dois gols do Sport, na Sul-Americana. Antes, já havia cometido o mesmo erro diante de Boa, Criciúma, Vitória e de novo do Mogi Mirim, no primeiro turno.

As falhas pelo alto têm comprometido a reputação da terceira melhor defesa da Série B, ao lado do Vitória. Botafogo, com 17 gols sofridos, e Paysandu, 20, são os menos vazados. “Temos que evitar sofrer gols assim porque está prejudicando muito. Todo mundo tem errado isso”, admitiu o zagueiro Jailton.

Pra arrumar a cozinha e tentar evitar que os erros voltem a ser cometidos diante do Paraná, o técnico Sérgio Soares dedicou metade do treino de ontem às jogadas defensivas de bola aérea. Sérgio Soares treinou o time para se defender em cobranças de faltas e escanteios - e a atividade não foi feita com os portões fechados, como de costume às vésperas de jogo. Só quem não participou diretamente foi Maxi. Ele era o homem da sobra, responsável por iniciar os contra-ataques. Também baixinhos, Pittoni e Gustavo formavam a barreira.

Os outros oito jogadores suaram. “Precisa caprichar na hora de dar o calor no adversário”, pediu o treinador, que parava para passar orientações, inclusive individuais. “Tem alguma dúvida, Jailton? Se tiver, a gente tem que tirar aqui agora”, perguntou ao zagueiro. “Você tem que correr junto com ele”, avisou a Yuri. “Não pode ficar de costas”, ouviu o lateral Vitor.

A única dificuldade foi conseguir manter a equipe em linha para deixar o adversário em posição de impedimento em cobranças de falta. “Não entra antes”, pedia o técnico.

Opinião dos jogadores 

“Acho que falta um pouco mais de concentração nas partidas”, avaliou o volante Gustavo. Zé Roberto reconhece que errou também. “É uma falha de todo mundo, não só do sistema defensivo. No jogo contra o CRB, por exemplo, quem estava marcando o cara que fez o gol fui eu, que sou atacante. A falha foi minha. Sérgio tem falado muito com a gente sobre isso, cobra demais nos treinos e, ainda assim, estamos vacilando”.