Oeste 0x1 Bahia :: Raio-X: O Jogo; Gol; Ficha Técnica; Notas; Scout e a Programação

Na estreia de Charles, Bahia vence o Oeste fora de casa e volta ao G-4

Kieza é autor de único gol em confronto realizado neste sábado, no estádio José Liberatti. Time paulista continua com 38 pontos e cai para 15ª na tabela da Série B

Foi sofrido, na superação e na estreia de um ídolo do Bahia. Na primeira partida de Charles Fabian à frente do Tricolor, a equipe baiana venceu o Oeste, quebrou uma sequência de cinco jogos sem vencer e, de quebra, voltou ao G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro, pelo menos provisoriamente. O gol da partida, realizada no estádio José Liberatti, em Osasco, foi marcado por Kieza. O time paulista até pressionou, dominou o segundo tempo, mas não conseguiu furar a retranca baiana.

O resultado em Osasco pouco muda a vida do Oeste, que permanece com 38 pontos e cai uma posição na tabela, chegando ao 15º lugar, a nove do ABC, primeira equipe na zona de rebaixamento. Já para o Bahia, o triunfo deste sábado premia uma rodada maravilhosa. Com a derrota dos adversários diretos, o Tricolor chegou a 51 pontos, subiu duas posições e voltou ao G-4, na 4ª posição. Contudo, o Esquadrão espera agora o resultado da partida entre Paysandu e Macaé, que só acontece às 21h (horário de Brasília), para saber se dorme entre os quatro primeiros colocados.

O Bahia não terá muito tempo para celebrar o resultado. O Esquadrão volta a jogar na próxima terça-feira, quando enfrenta o Criciúma, na Arena Fonte Nova, em Salvador, às 21h (horário de Brasília). O Oeste, por sua vez, terá mais tempo para descansar e enfrenta o América-MG, no Independência, em Belo Horizonte, na próxima sexta-feira, também às 21h.

Milagre, lance sem querer e gol

Embora, no início do jogo, tenha alternado o domínio da partida com o Oeste, o Bahia foi melhor na etapa inicial, principalmente após marcar o gol. A equipe baiana criou mais oportunidades, a maior parte delas com o atacante Roger, que desperdiçou uma chance logo no início da partida, em chute na entrada da área, e outra em cabeçada. Eduardo ainda quase marcou um gol meio sem querer, após Ligger chutar nas costas dele e obrigar Leandro a fazer boa defesa. Quando o Oeste ameaçava pressionar o Bahia e teve sua grande oportunidade em chute de Wagninho cara a cara com Douglas, que obrigou o goleirão fazer um milagre, o time baiano abriu o placar. Kieza aproveitou cobrança de escanteio de Souza e deixou o dele.

Panorama muda, resultado não

Como era de se esperar, atrás no placar, o Oeste partiu para cima do Bahia, teve mais posse de bola e as melhores oportunidades - ou únicas - do segundo tempo. Logo aos sete minutos, em um levantamento para a área, Renan conseguiu cabecear por cima, em uma bola que Douglas Pires já estava batido. O panorama não mudou depois daí, mas a equipe paulista, sem muita criatividade, não conseguiu tramar chances claras de gol. O Esquadrão, por sua vez, não aproveitou os espaços deixados pelo Oeste e não conseguiu contra-atacar, nem assustar o rival.

NOTAS

A atuação individual dos Atletas, Técnico e Arbitragem

Douglas Pires – Apesar do Rubrão ter sido pouco contundente, quando ‘chegou’, obrigou o arqueiro a fazer boas defesas. Nota 6

Railan – Está longe de ser o Railan pré-contusão. Contra o Oeste parecia estar jogando com a ‘roupa’ do mascote. Independente de o Bahia ter atuado completamente adernado à bombordo, ofensivamente o lateral não existiu, e defensivamente, esteve várias vezes fora de posição, deixando um corredor pelo lado de sua responsabilidade.  Nota 3

Gabriel Valongo – Contra o Oeste foi uma grata surpresa. Onipresente, foi bem nas bolas aéreas, nos desarmes, nas antecipações. Foi duro (lá nele) na hora que teve que ser, saiu tocando e deu bicuda para o lado que estava virado. Fez de Gustavo um mero espectador da partida. Nota 8

Gustavo – A exibição de Gabriel Valongo fez com que Gustavo simplesmente não participasse da partida. Mal pegou na bola. Nota 3

João Paulo – O texto de sempre: Eficiente e habilidoso quando apoia, e terrível defendendo. Não tem noção de marcação. Nota 5

Paulinho Dias – Até agora não demonstrou que valeu a pena sua contratação. Pouco participativo. Não apresentou condição de colocar Yuri ou Pittoni no banco de reservas para vê-lo jogar. Contra um time de melhor qualidade, vejo como temerária sua titularidade. Nota 3

Souza – O ‘talentoso’. Não faz jus ao elogio. Por tudo ‘que falam’ dele, não se impõe no meio-campo do Bahia. Não marcou bem e foi fraco no apoio. No segundo tempo desapareceu. Joga de kicker e olhe lá. Nota 4

Eduardo – Jogador de boa técnica, desperdiça seu potencial. Some em campo, se permite ser marcado com facilidade. Quando tem que acompanhar um adversário, no máximo, ‘faz uma sombra’ e abandona o desfecho dos lances. Pura displicência. Era para ter saído no intervalo. Nota 4

Rômulo – Entrou no lugar de Eduardo e não acrescentou ao time que já estava recuado e sofrendo pressão do adversário: Nota 4

João Paulo Penha – Parece que foi posicionado com a função de acompanhar o lateral adversário. Como este não apareceu para o jogo, o meia foi inútil em campo. Nota 3

Vitor Costa – Não acrescentou em nada. Quase não pegou na bola. Nota 5

Kieza – Começou bem. Sumiu no 2º tempo, assim como todo o sistema ofensivo.  Fez o que sabe: Gol! Nota 7

Roger – Parece que centroavante no Bahia não tem futuro. O meio-campo não cria e todos que passaram pelo setor acabaram sacrificados. Ciscou no começo da partida enquanto o lateral-esquerdo cruzou algumas bolas. Foi sumindo no decorrer jogo. Nota 4

Alexsandro – Entrou no lugar de Roger, mas ocupou o espaço até então de João Paulo Penha. Sinceramente, não consegui entender sua função tática. Nota 5

Charles Fabian – Primeiro jogo. Difícil avaliar. Mudar o desarrumado time de Sérgio Soares deve ser complicado. No primeiro tempo, deu para perceber um embrião de posicionamento no balanço defensivo, transição e balanço ofensivo. Cada jogador buscava sua posição, independente de onde estivesse. Isto se chama organização tática. Contudo, no 2º tempo, o time voltou à mesmice de sempre. Como incentivo e esperança: Nota 7

Arbitragem – Não influenciaram no resultado do jogo. Cartões aplicados corretamente Nota 7

O Melhor: Gabriel Valongo - Beirou a perfeição

Menção honrosa: Kieza - Com Kieza em campo, não tem placar em branco

O pior: Paulinho Dias - Tecnicamente limitado. Para um volante, não tem nenhuma explosão.

Menção Negativa: Railan, João Paulo Penha e Gustavo (Qualquer um poderia ser o pior)

Extrajogo:

Kieza: Na cola de Ricardo Oliveira, artilheiro do ano no futebol brasileiro, mais uma vez o Bahia contou com o faro de artilheiro de Kieza. O jogador abriu o placar em Osasco para o Tricolor e chegou aos 26 gols na temporada. O ‘matador’ está a apenas cinco do atacante do Santos e da Seleção Brasileira;

Clima: As palavras proferidas por alguns jogadores ao longo da semana, e especialmente após o triunfo contra o Oeste, não deixam dúvidas que Sérgio Soares tinha algumas arestas dentro vestiário. Só quem não sabia, era Marcelo Sant’Ana.

Oxigênio: Mais uma vez vamos alertar para a preparação física do Bahia. A queda de rendimento é gritante, e toda partida acaba virando um sufoco.

SCOUT

A atuação individual em números

Programação

Esquadrão enfrentará o Criciúma na terça-feira

Depois do triunfo contra o Oeste, o elenco tricolor não terá muito tempo para treinar, antes do confronto diante do Criciúma, na próxima terç-feira.

Confira a programação completa de treinamentos do Esquadrão de Aço.

Segunda-feira (19) – 16h – Treino – Fazendão

Terça-feira (20) – 20h – Bahia x Criciúma – Fonte Nova

Quarta-feira (21) – 16h – Treino – Fazendão

Quinta-feira (22) – 08h30  – Treino – Fazendão – 16h – Treino – Fazendão

Sexta-feira (23) – 16h – Treino – Fazendão

Sábado (24) – 08h30 – Treino – Fazendão

Domingo (25) – Folga