Quando Juninho Capixaba foi chamado por Preto Casagrande para substituir Armero, que se lesionou no início do segundo tempo da partida contra o São Paulo, a reação geral na arquibancada da Fonte Nova foi de euforia. Ver o lateral formado na base tricolor é o desejo de boa parte da torcida. O colombiano, por outro lado, era vaiado desde a etapa inicial.
Não é difícil compreender a bronca dos torcedores. Contratado pela diretoria com o discurso de “Armero é um jogador de Copa do Mundo”, o colombiano até agora não justificou o investimento. Embora apresente impressionante vigor físico, as falhas técnicas, defensivas e ofensivas sempre sobressaíram.
Por isso, Matheus Reis ganhou a posição no segundo semestre – sem falar nas lesões do seu principal concorrente. Só que o lateral formado na base do São Paulo também não caiu nas graças da torcida. Erros como o que aconteceu no terceiro gol do Sport contribuíram para isso.
Claro que é um período muito curto para avaliações. O Baianão, sabemos, não é parâmetro, e 37 minutos de Série A não credenciam titularidade a ninguém. O erro, então, está em não oferecer a um atleta da base a oportunidade de se desenvolver.
E o problema não está em Preto Casagrande, afinal Jorginho e Guto Ferreira, seus antecessores, também preteriram o jovem.
Pode ser que o desempenho do lateral da base nos treinamentos não seja bom, que ele não inspire confiança, ou algo do tipo. Vá lá, ser preterido por três treinadores é algo difícil de explicar. Mas fato é que, no pouco tempo em que esteve em campo, Juninho Capixaba mostrou mais que os outros jogadores da posição.
Fonte: Blog Segue o Baba (Globo Esporte)