Orlando City 6x1 Bahia :: Raio-X; O Jogo; MM; Ficha Técnica; Notas e a Programação

Com garçom Kaká, Orlando supera  gol relâmpago e goleia Bahia por 6 a 1

Com quatro assistências, brasileiro lidera equipe americana, que conta com quatro gols de Hines para vencer por 6 a 1. Para o Tricolor baiano, vale a festa na Flórida

A noite era para ser festa do Bahia, mas se transformou na celebração de outro brasileiro: Kaká. De inesquecível a noite para ser esquecida, de festança a goleada. Neste sábado, em amistoso disputado no estádio Orlando Citrus Bowl, o meia liderou o Orlando City na goleada por 6 a 1 sobre o Bahia - em amistoso, é bom lembrar. Para o Tricolor baiano, marcou a festa e a tentativa de fortalecimento de marca no mercado internacional.

A festa ficou no pré-jogo: teve robozão em campo, Claudia Leitte passeando pelo gramado e muita camisa tricolor pelas arquibancadas. Quando a bola rolou, holofotes brevemente voltados para o Bahia, antes do primeiro minuto: gol de Zé Roberto. Mas parou por aí - e como parou! No último amistoso realizado antes de iniciar a temporada, o Orlando levou o jogo a sério e se aproveitou das dificuldades demonstradas pelo Bahia, que parecia ter a bola queimando nos pés. Em ótima forma, o capitão Kaká foi destaque, dominou as ações e levou o Orlando a apresentar um futebol envolvente – com direito a quatro assistências para os quatro gols de Seb Hines. Pedro Ribeiro e Darwin Céren fizeram os outros dois gols do time americano.

O Bahia volta a campo já na quarta-feira, quando enfrenta o Confiança no Batistão, pela 4ª rodada da Copa do Nordeste. No domingo seguinte, tem Baianão: fora de casa, o Tricolor pega o Bahia de Feira. Na quarta-feira, dia 9 de março, o dia polêmico: o Bahia tem dois jogos agendados para o mesmo horário. Às 21h45, enfrenta o Galícia pelo estadual, na Arena Fonte Nova, e o Juazeirense pelo torneio regional, em Juazeiro.

GOL RELÂMPAGO E... KAKÁ!

Se a festa foi bonita, o futebol, nem tanto. Apesar do gol relâmpago antes do primeiro minuto, marcado por Zé Roberto após passe de Hayner, o Bahia pareceu estranhar a grama sintética do Orlando Citrus Bowl. Toque de bola não era o forte do Tricolor, que não conseguiu manter a bola no chão no primeiro tempo de jogo e teve dificuldades na saída de bola. Do outro lado, a estrela do Orlando chamava atenção: o capitão Kaká mostrava futebol leve e domínio das ações. O gol da equipe americana, inclusive, saiu após cobrança de escanteio dele, aos 12 minutos: Lomba saiu mal, e Seb Hines aproveitou para cabecear para o gol. Kaká, Larin e Céren ainda perderam chances de aumentar para o Orlando, graças a boas defesas de Marcelo Lomba.

2, 3, 4... VIROU PASSEIO!

No segundo tempo, Doriva aproveitou para dar rodagem aos atletas menos utilizados. Lomba, Luisinho e Hernane deram lugar a Jean, Gustavo Blanco e Cristiano. No início da segunda etapa, pressão do Tricolor: Cristiano mandou para fora, e Robson cabeceou por cima do goleiro Bendik. Mas a farra não durou muito. Novamente com ótima atuação, Kaká não demorou a aparecer, trabalhando a bola pelo meio de campo, costurando pela defesa do Tricolor. Aos 13 minutos, repeteco do primeiro gol do Orlando: Kaká cobrou escanteio e mandou para a cabeça de Hines, que subiu mais que todo mundo para fazer o segundo. E estava bom? Estava nada! Doze minutos depois, replay: hat-trick da dupla, pode-se dizer. Novo escanteio, Kaká mais uma vez, cabeceio de Hines. De novo? Pois é, igualzinho. O quarto gol saiu aos 34... Mas não foi de Hines: Pedro Ribeiro deixou o dele. E quem achava que tinha acabado, se enganou. Ainda dava tempo para o quarto gol de Hines, após a quarta assistência de Kaká - quinto tento do time americano. Darwin Céren selou o placar: 6 a 1 para o Orlando.

NOTAS

A atuação dos Atletas, Técnico e Arbitragem

Impossível fazer uma avaliação criteriosa da atuação dos atletas, num jogo onde muitos fatores extracampo fizeram parte do evento.

Preliminarmente, é importante salientar que o amistoso em si foi uma ótima ação do mkt do Bahia. Serve para expor a marca, trazer mídia e, consequentemente, novos parceiros e recursos para o clube.

Porem, diante de todas as dificuldades criadas pela CBF, gerou-se uma logística impossível. Uma viagem longa e “em cima da hora” Jogadores atuando com apenas 48 horas de uma partida para outra. A impossibilidade aclimatação à temperatura local, saindo do calor que ora vem fazendo em Salvador, para encarar quedas de temperatura em virtude do final do inverno no hemisfério norte. Falta de hábito (realmente é muito diferente) de jogar em grama sintética. O resultado foi uma goleada acachapante.

Vemos que o time do Bahia é extremamente limitado. Falamos sobre isso nos “Raio-X” anteriores. Das contratações realizadas, vemos Hernane Brocador como a melhor realizada. Alguma qualidade em Luisinho. Uma extrema timidez no futebol de Juninho, que não podemos afirmar se está sentindo desconforto em atuar como meia de criação. A pouca produtividade de Edigar Junio. Uma imensa irregularidade em Danilo Pires, com seus apagões durante os jogos. A fragilidade nas laterais. E Paulo Roberto que não disse ao que veio.

A Divisão de Base é um capítulo a parte. Alguns Torcedores se arvoram em culpá-los a qualquer infortúnio que o clube sofra. Alguns jogadores nitidamente estão fora de forma ou sem ritmo de jogo. Isto derruba o reflexo e a confiança em campo. Não jogam mais ou menos que os contratados. Mas, são cobrados até por uma responsabilidade que não possuem. A cobrança é exacerbada e, muitas vezes injusta. São dinamitados até quando não estão em campo, por aqueles que só sabem pedir, irresponsavelmente, contratações em cima de contrações.

Esta sanha por contratações é preocupante. Os empresários amigos já devem estar assanhados. Das 8 realizadas até agora, apenas 2 aprovaram a contento. Neste diapasão, precisaremos contratar outros 50 jogadores para conseguir formar um time de qualidade. Isto por não estar levando a ferro e fogo o ponto vista. Cada um que chega é o novo craque. O novo “xxxx é bola”. Produção que é bom, nada! E ninguém sustenta a bobagem que falou.

Em suma, a ideia foi boa, o espetáculo foi bonito, o clube se esforçou, mas o resultado foi desastroso. Uma pena! Como disse Doriva: “A gente tira lições”. Esperamos que sim.

Doriva: Deve ter caído na realidade. Que não morra abraçado com alguns dos contratados em 2016. Nota 5

Arbitragem: Não influiu no resultado do jogo. Nota 6

O melhor: O evento em si

O pior: O resultado do jogo. Não fez jus ao esforço pela realização do evento.

PROGRAMAÇÃO 

Voltamos à Copa do Nordeste

Após o amistoso arrasador contra o Orlando City, o Esquadrão volta sua atenções para um jogo de 3 pontos pela Copa do Nordeste 2016, quando pode garantir classificação antecipada pelo Grupo C.

O adversário será outra vez o Confiança, quando jogaremos em Aracaju-SE, No próximo dia 02/03, às 21hs45, no Batistão.

Confira a programação:

Segunda-feira (29) - 15h30: Treino, Fazendão;

Terça-feira (01) - 15h30: Treino, Fazendão;

Quarta-feira (02) - 21h45: Confiança-SE x Bahia, Batistão;

Quinta-feira (03) - 15h30: Treino, Fazendão;

Sexta-feira (04) - 15h30: Treino, Fazendão;

Sábado (05) - 08h30: Treino, Fazendão;

Domingo (06) - 16h: Bahia de Feira x Bahia, Pedro Amorim.

Esta programação foi divulgada no release do jodo entre o Orlando City x Bahia. Sujeita a alteração