Postado por - Newton Duarte

Os Abutres e os bezerros

Os Abutres e os bezerros

Sem qualquer constrangimento, algumas... Digamos: pessoas, no nítido afã de querer aparecer, pelas redes sociais, admoestam torcedores, com o ridículo e mal escrito discurso de que a falta de associação ao clube é o que tem levado à situação de penúria em que vive suas finanças.

Tentam fazer parecer que ao longo dos últimos 2 anos esses torcedores não-sócios detinham o poder sobre o talão de cheques do Tricolor e fizeram o estrago que foi feito.

Isto posto, pensamos que o Bahia tem como principal objetivo em 2015, subir para a Série A.

De repente, libera seu principal zagueiro justificando atender ao atleta e estar recebendo uma “compensação financeira” nunca divulgada, como se fosse segredo de estado, além de outros motivos menos votados.

Alegam ainda ter feito de tudo para mantê-lo. Até acreditamos que a proposta do time europeu devesse ser maior. Só não entendemos como a Europa estando em crise, os clubes de lá nadam em dinheiro e de “onde ele vem”.

Pouco tempo depois, sem constrangimento, ‘aceitam’ vender uma joia lapidada na Divisão de Base, a preço de uma “lata de azeite falsa”, por estar precisando de recursos com urgência.

A torcida estranha e se manifesta.

A imprensa local, numa violenta ‘ação de amigos’ entra em campo repetindo um mantra de frases feitas e combinadas, justificando a negociação “como a maior da história” e blá, blá, blá...

Não estamos levando em conta nesta abordagem o “facto” dos interesses de alguns veículos da mídia e suas ligações políticas e empresariais tão atreladas hoje em dia às cores do Esquadrão..

Factoides foram lançados ao vento no meio do processo, dispersando a insatisfação geral, mantendo acesa e flamejante apenas a eterna alegria festiva dos bajuladores de plantão.

Inadvertidamente, no meio de uma madrugada, o BAHIA que “teria” recebido outra proposta, conforme a imprensa portuguesa, não espera que a mesma prospere. Não espera? Também não confirma, nem desmente. Numa velocidade acima da rapidez da luz, ato contínuo, emite uma notinha confirmando a negociação original, sem dar maiores detalhes da transação.

Contudo, pasmem: O que seria uma negociação definitiva para salvar os arrasados cofres da agremiação, transformou-se rapidamente num empréstimo, que se transformará numa venda, paga em suaves parcelas, que se transformará... (a redundância é proposital). Ou seja: algo disforme e cheio de histórias para que ninguém entenda mesmo. Preferencialmente: ESQUEÇA!

Tudo Tal e qual, no mesmo modus operandi, das transações de Gabriel, Talisca, Pará, e Titi. Salientando que na venda de Gabriel gerou-se uma comoção nacional nas vísceras da torcida, trazendo consigo um clima de terceira guerra mundial.

Agora, tristemente vemos, no máximo, um breve chororô aqui e acolá. No mais, um silêncio cúmplice, trazido com o medo de cair na realidade cruel da situação instalada, ou apenas continuada da (indi)gestão do “ex-Presida” (de muitos num passado recente) MGFilho “Deputa”, o faltoso, e seus coligados personagens canastrões da vida real.

Leia mais para saber: Fugidos, repartidos e prometidos

Os incautos estariam diante de um espelho e veriam suas assertivas grosseiras e sem embasamento serem desmascaradas, sendo obrigados a reconhecer o tempo que passaram falando bobagens, invariavelmente, a mando de alguém. A bajulação, assim como a zoeira, nunca acaba.

Os questionados de outrora, passariam então, incólumes nos dias de hoje, partindo do ponto vista moral nos parâmetros dos conceitos atuais. Haja vista, seus atos, serem exatamente iguais aos que vemos hoje, como se tivessem sido retirados de uma receita de bolo da Vovó. Ou vice-versa. “É tudo tão errado, que até parece certo...”. Já disse o poeta. “E eu não consigo me achar”.

Mas, não podemos esquecer que assim como a venda de Bruno Paulista foi parcelada, parcelada também será a chiadeira. Divididas em suaves prestações. Tão suaves que aparentam estar tentando ajudar ao clube português. Que, ‘tadinho’, contratou no mesmo dia um astro do futebol italiano, conhecido por uma contusão renitente. O rico Bahia deu uma forcinha aos pobres Patrícios.

Por isso, olhando o “negocio nos moldes ora entabulado”, temos a certeza que as finanças não estão “tão ruins” como está sendo enfadonhamente apregoada e não há urgência em aumentar as receitas.

NEM PARA SER SÓCIO DO CLUBE!

Parece que o MITO DA TERCEIRIZAÇÃO DA CULPA não vai prevalecer. Nem poderia desta forma. É um argumento pífio e só usado por bajuladores desinformados, preocupados apenas em mostrar sua subserviência a um grupo de poder que eles acreditam fazer parte.

A ‘desabalada carreira’ da transação, feita para “Torcedor do Bahia ver”, já devia estar sacramentada, morta e sepultada há tempos. Difícil é provar. A tecnologia dos atos é bem pensada e engendrada. A expertise dos partícipes é grande. Tenho medo deles. Já escondi... Deixa pra lá!

Como diria Voltaire: “É difícil libertar os tolos das correntes que eles veneram”.

A contabilidade criativa funciona a todo vapor. Assim como, cada um tem a Cálcio que merece.

Melhor parar por aqui. Uma andorinha só não faz verão. Fiz e faço minha parte alertando e informando.

Os abutres, travestidos de parceiros benfeitores, seguirão em busca dos bezerros, principalmente quando encontram donos de Fazendas que sejam complacentes, lenientes, inapetentes ou distraídos. O pavor é que, ao final, possam estar juntos e misturados.

É um filme repetido. Pela quantidade de vezes, já passou até na Sessão da tarde. Mas, a audiência e os aplausos são os mesmos.

€ 3,5 milhões não compram um Fahel em fim de carreira na Europa. 

Quem dá cobertura ou assume os erros dos outros, quem garante as aberrações morais alheias, no primeiro momento é conivente. Continuando a persistir no erro, passam a ser cúmplices. Interpretem como quiserem.

O Bahia durante a intervenção foi obrigado pela justiça a realizar uma auditoria que foi publicada e entregue ao Juiz que a decretou, acusando uma dívida de R$ 83 milhões. Todos da antiga diretoria foram chamados de ladrões

Dois anos após, tendo toda a receita a que tinha direito no período, com pequenas perdas, como o patrocínio da OAS, mas tendo vendido Talisca e Pará, além da associação que chegou a 24000 sócios, essa mesma dívida, repetindo de R$ 83 milhões, foi para a estratosférica marca de R$ 220 milhões.

Que patrimônio foi acrescido ao do clube?

Que supertime foi montado no período?

Que dívida astronômica foi paga?

Você notou que o acréscimo no passivo é de R$140 milhões? Em dois anos? 150% de aumento no passivo? Que fim levou este montante?

Quem esteve no poder durante esta aberração?

Algum dia você se perguntou como os DOIS CT’s foram parar nas mãos da OAS? Quem passou e por que passou? Por que nunca fizeram nada? Por qual motivo, mais de uma vez, anunciaram “uma negociação concluída”? Por que nunca aconteceu nada com MGF?

Mesmo com quase 18000 pessoas de média na Série B, o Bahia divulgou algum demonstrativo justificando o "vantajoso" contrato com a Arena Fonte Nova?

E o Conselho Deliberativo, serve para quê?

Só para dar medalhas e discutir camarotes e ingressos para eles? Os "inocentes" não sabem de nada?

O engraçado, para não dizer trágico, e ver a troca de elogios entre eles, sob a complacência de todos.

Torcedor: Você banca essa farra se quiser!

Criticar na derrota, pode parecer oportunismo. Ninguem pode alegar isso contra mim. Um clube de futebol, não é só "bola na rede". Um time de futebol é. Ignorância não significa "não saber". Ignorãncia é: "não querer saber"!

Merda é que se permite ser conduzida pela corrente do esgoto.

Minha indignação é grande.

O Bahia ainda vive! Apesar de todos eles