Sem vencer desde maio no Brasileiro, Palmeiras e Bahia ficam no empate
Em jogo de baixo nível técnico, Verdão e Tricolor baiano ficam no 1 a 1 (gols de Henrique e Kieza) e veem jejum de vitórias no Brasileirão aumentar
- Lance capital
17 do 2º tempo
Dois minutos depois de o Palmeiras abrir o placar, o Bahia empatou com Kieza. O gol abalou o time alviverde, que não teve forças para buscar a vitória.
- Jogo tenso
6 amarelos
Antes dos 25 minutos, quatro jogadores já haviam sido advertidos pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique. No final, foram três de cada lado com amarelo.
- Jejum
Nada de vitórias
O Palmeiras não vence um jogo no Brasileirão desde 22 de maio (73 dias). A seca do Bahia é ainda maior: 91 dias (desde 4 de maio).
Sem vencer no Brasileiro desde maio, Palmeiras e Bahia se enfrentaram no Pacaembu. E o jogo saiu sem um vencedor. O empate por 1 a 1 amplia o jejum de vitórias das duas equipes e as mantém em situação complicada no Brasileirão - o Verdão é o 14º, com 14 pontos, a três da zona do rebaixamento, e o Tricolor baiano é o penúltimo, com 10.
A última vitória do Palmeiras no Brasileirão foi em 22 de maio, ainda sob o comando do interino Alberto Valentim - 1 a 0 sobre o Figueirense. Com Ricardo Gareca, o time só venceu pela Copa do Brasil (Avaí) e na Copa EuroAmericana (Fiorentina).
O jejum do Bahia é ainda maior. A última vitória foi em 4 de maio - 1 a 0 sobre o Botafogo. Contra o Verdão, o time foi comandado pelo diretor Charles Fabian. Um treinador deve ser contratado nos próximos dias.
Henrique abriu o placar para o Palmeiras, aos 15 do segundo tempo, completando cruzamento de Victor Luis - o melhor do Verdão em campo. O Bahia empatou dois minutos depois, com Kieza, aproveitando boa jogada de Pará. O público pagante foi de 15.208 pessoas (com renda de R$ 632.000). Parte da torcida vaiou o time palmeirense na saída de campo.
Na quarta-feira, o Palmeiras encara o Avaí, às 19h30, no Pacaembu, pela Copa do Brasil. Pela mesma competição, o Bahia recebe o Corinthians, também na quarta, às 22h, na Fonte Nova. Já pelo Brasileirão, os baianos recebem o Goiás, às 18h30 de sábado. O Palmeiras visita o Atlético-MG, domingo, às 18h30, no estádio Independência.
Josimar, do Palmeiras, e Marcos Aurélio, do Bahia, em disputa de bola
O jogo
Palmeiras e Bahia fizeram um primeiro tempo de baixo nível técnico. Em várias ocasiões, a bola voou de uma intermediária para outra, sem que ninguém tentasse ao menos colocá-la no chão para tentar uma tabela. Victor Luis e Mouche, pelo setor esquerdo de ataque do Verdão, pareciam ser a exceção. Quando acionados, buscavam uma jogada bem costurada - tinham espaço para isso. Faltava a qualidade no passe final. Nenhuma bola chegou redonda no pé do finalizador, Henrique. De fora da área, Wesley tentou, mas sem perigo.
O Bahia jogava com a zaga muito recuada, quase na linha da grande área, deixando o Verdão propor o jogo e esperando um erro do adversário para sair no contra-ataque. Desta forma, conseguiu a melhor chance da etapa final, com Marcos Aurélio servindo Kieza - o goleiro Fábio saiu bem e abafou.
No segundo tempo, o Bahia voltou melhor do que o Palmeiras e teve outra chance clara de gol, com Kieza tomando a bola de Marcelo Oliveira dentro da área e rolando para Marcos Aurélio, livre, chutar para fora. Mas foi o Verdão quem abriu o placar, aos 15, com Henrique completando cruzamento de Victor Luis. O empate veio dois minutos depois, com Kieza finalizando jogada armada por Pará.
Ricardo Gareca mexeu no time - Patrick Vieira no lugar de Felipe Menezes, Mendieta na vaga de Mouche. A melhor opção continuou sendo os avanços de Victor Luis pela esquerda. Sinal dos tempos: um garoto, recém-promovido ao time titular, parecia o único lúcido no time alviverde. O Bahia continuou apostando nos contra-ataques. Kieza deitava e rolava em cima de Marcelo Oliveira. Mas o placar permaneceu inalterado. Empate ruim para os dois times, mas pior para o time baiano, que segue afundado na zona do rebaixamento.
Henrique, do Palmeiras, disputa com Titi, do Bahia
Palmeiras x Bahia
Campeonato Brasileiro - Série A - 13ª rodada
Local: Estádio Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 03/08/2014
Horário: 16h
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Luiz Cláudio Regazone e Gilberto Stina Pereira
Cartões amarelo: Palmeiras: Wendel, Lúcio e Leandro; Bahia: Titi, Rhayner e Kieza.
Gols: Palmeiras: Henrique 15’ 2º T; Bahia: Kieza 17’ 2º T.
Palmeiras: Fábio; Wendel (Weldinho), Marcelo Oliveira, Lúcio e Victor Luis; Josimar, Wesley e Felipe Menezes (Patrick Vieira); Mouche (Mendieta), Leandro e Henrique.
Técnico: Ricardo Gareca.
Bahia: Marcelo Lomba; Roniery, Demerson, Titi e Pará; Fahel (Feijão), Uelliton, Rafael Miranda e Marcos Aurélio (Henrique); Rhayner e Kieza.
Técnico: Charles Fabian (interino).
[**SCOUT**]
Atuações: Henrique Kieza vai bem no Bahia
Camisa 9 do Tricolor deixa o dele e recebe boa nota
MARCELO LOMBA - GOLEIRO
Não chegou a brilhar, mas foi eficiente quando exigido.
Nota: 6,5
RONIERY - LATERAL-DIREITO
Marcou bem, porém deixou a desejar nas tentativas de apoio ao ataque.
Nota: 5,5
DEMERSON - ZAGUEIRO
Lento. Tem dificuldade para acompanhar atacantes velozes.
Nota: 5,0
TITI - ZAGUEIRO
Sua dificuldade de posicionamento faz com que fique sempre pendurado com cartão amarelo.
Nota: 5,0
PARÁ - LATERAL-ESQUERDO
Discreto no apoio, preocupou-se apenas com a marcação.
Nota: 5,5
FAHEL - VOLANTE
Contribuiu para anular Felipe Menezes.
Nota: 5,5
FEIJÃO - VOLANTE
Entrou para acompanhar a movimentação de Patrick Vieira.
Nota: 5,5
RAFAEL MIRANDA - VOLANTE
Ajudou a proteger a entrada da área.
Nota: 6,0
UELLITON - MEIA
Marcou bem pelo lado direito, mas foi apenas discreto na criação.
Nota: 6,0
MARCOS AURÉLIO - MEIA
Quando teve espaços se livrou bem da marcação. Conseguiu perder uma chance incrível no segundo tempo.
Nota: 6,0
HENRIQUE - ATACANTE
Entrou e errou tudo que tentou.
Nota: 5,0
KIEZA - ATACANTE
Mostrou boa movimentação para criar as chances de gol. Das quatro que teve botou uma para dentro da rede.
Nota: 7,0
EMANUEL BIANCUCCHI - MEIA
Entrou no fim e nem tocou na bola.
Sem Nota.
RHAYNER - ATACANTE
Mostrou velocidade, mas errou muitos passes, o que impossibilitava dar prosseguimento as jogadas.
Nota: 5,5
Fonte: Felipe Zito – GE.COM
Foto: Marcos Ribolli