Após o triunfo de virada sobre o Avaí, em Florianópolis, por 2 a 1, o treinador do Bahia, Paulo Cézar Carpegiani concedeu entrevista coletiva no Estádio da Ressacada. Avaliando a atuação tricolor na partida, o técnico elogiou a melhora da equipe no segundo tempo:
Sempre que puder escolher jogar bem um tempo, prefiro jogar o segundo tempo melhor. Foi o que aconteceu. Entramos frouxos [no primeiro tempo]. Achamos que iriamos decidir, não menosprezando o Avaí, mérito da equipe adversária, mas entramos muito frouxos. Fazendo faltas, principal jogada do Avaí é bola parada, fizemos muitas faltas perto da área, o gol se originou de uma entrada do centroavante por trás [da defesa], isso originou o gol e complicou um pouco mais o jogo. Não atuamos bem no primeiro tempo. Com os mesmos jogadores, por convicção na escalação, foi da água para o vinho no segundo tempo. Colocamos a bola no chão, controlamos o jogo, faltou um pouco de contundência, mas tivemos um domínio claro. O placar foi justo pelo segundo tempo que fizemos. O Avaí, jogando pressionado, dentro da própria casa, tomou a iniciativa. Fomos passivos e aceitamos. No segundo tempo conseguimos recuperar a forma como quero que o time jogue. Os jogadores se comportaram bem e mereceram a vitória, pelo segundo tempo, que foi de domínio de jogo. A bola parada foi um perigo até o fim do jogo, mas quando saiu o Marquinhos deu um suspiro de alívio. A bola parada estava nos complicando. Estávamos empatando e podia fazer a diferença. Essa foi a diferença do jogo. Mas se teve um merecedor da vitória, no futebol não existe justiça, existe quem faz os gols. Fizemos no segundo tempo e vencemos
Em sete partidas no comando do Bahia, Carpegiani soma quatro triunfos, dois empates e uma derrota. Com 45 pontos, o Tricolor não faz mais parte da briga contra o rebaixamento e já sonha com uma vaga na Copa Libertadores:
Tinha dito quando vencemos a Ponte que agora podíamos tirar o binóculo do bolso e olhar mais para frente. Não querendo aspirar algo mais na frente, mas para parar com o peso de cinco mil quilos na cabeça de cada um que é o Z-4. Ficou um pouco distante, ainda não atingimos a meta que é importante, mas confio no meu grupo. A tendência é subir de posição. Tiramos o binóculo e estamos olhando para frente. Vamos fazer dois jogos em casa, com apoio da torcida, e vamos tentar vencer para dar o último puxão do campeonato. Com apoio da torcida acho que será possível.
Carpegiani convocou a torcida tricolor para o próximo desafio. O Bahia enfrenta o Atlético-MG, na Arena Fonte Nova, às 17h do próximo domingo (12). O treinador tem 100% de aproveitamento em casa no comando do Bahia.
Precisaremos dessa torcida fanática. Nosso 12º jogador, esperamos contar com esse apoio, o time merece. O primeiro tempo que fizemos serve de lição. Muito distinto. Permitimos e o Avaí se aproveitou disso. Estivemos bem abaixo no segundo tempo. No segundo tempo conseguimos recuperar. Para mim, terminar o jogo bem é fundamental. Então, acho que foi uma vitória com todo o merecimento pelo que fizemos no segundo tempo.
Confira o que Carpegiani falou em entrevista coletiva:
Mudanças no segundo tempo
- No segundo tempo se resumia a bola parada. Isso é sempre um perigo. Mas fomos frouxos, essa é a verdade. Permitimos, o Avaí se aproveitou, fez um ou dois lances. Futebol, quando se joga fora, tem que marcar forte, como marcamos no segundo tempo, marcação de posse de bola. Temos jogadores habilidosos. Fizemos o inverso. Primeiro tempo entramos frouxos e o time sentiu. Em uma luta de boxe, levamos o golpe e sentimos. No segundo tempo corrigimos e foi fundamental o posicionamento do Mendoza, que troca de posição. Ele estava trocando de posição quando o Avaí estava com a bola, não estávamos encaixando a marcação. Quando estabelecemos o Mendoza do lado esquerdo, assentou o time, no segundo tempo foi muito diferente do que foi o primeiro. Não criamos tantas oportunidades, mas tivemos o domínio bastante acentuado. Tivemos a posse de bola para poder criar, foi o que aconteceu do jogo.