Na noite desta quarta-feira (9), o Bahia venceu o Vasco por 3 a 0, na Arena Fonte Nova, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O técnico Guto Ferreira concedeu entrevista coletiva após a partida e comemorou o resultado. Para o treinador, a partida contra o Vasco foi a melhor atuação do Tricolor na temporada. Guto também falou sobre a energia que existe quando o Tricolor atua na Arena Fonte Nova:
Dentro de casa tem uma energia, tem uma empatia com o torcedor muito grande. E a equipe sente. Fez aquilo que a gente conversou. Na minha concepção, foi a melhor partida do ano
Após três jogos sem marcar, o Bahia conseguiu aliar uma boa partida com gols. Segundo Guto Ferreira, o time precisava disso para elevar a confiança:
O grupo mostrou para ele próprio que é capaz. Falei na coletiva ontem que a equipe tinha feito 50 gols no ano passado, e 25 foram marcados por jogadores que estão aqui. Zé estava aqui, voltou a marcar, Edigar estava aqui e voltou a marcar. Vinicius estava aqui e voltou a marcar. Show. É isso que precisamos. A busca é sempre essa: fazer e não tomar
Guto Ferreira falou sobre três jogadores pressionados pela torcida (Zé Rafael, Edigar Junio e Vinícius) terem sido os autores dos gols:
Foi fantástico. Era o que a gente precisava, que eles voltassem a marcar. E que outros possam voltar a marcar. Quanto mais jogadores com confiança a gente tiver, a tendência é crescer mais e mais. Pés no chão porque não fizemos nada. Temos um Brasileiro aí contra o São Paulo e temos que fazer uma grande partida porque estamos precisando pontuar. É um momento de exaltação e falar para o torcedor: quanto mais incentivo, melhor. Incentivo, não oba-oba. Nada de oba-boa. Nada de achar que a equipe é a melhor do mundo. Esse é o espírito para o momento do Bahia.
Confira o que Guto Ferreira falou em entrevista coletiva
João Pedro
- Não tenho dúvida nenhuma sobre a qualidade do João. O vigor, a intensidade. Jogador que passou por todas as seleções de base. O que houve aqui foi que ele chegou pegando ritmo, machucou várias vezes e nunca pôde pegar o ritmo total. Essa sequência permitiu que eu colocasse ele contra o Blooming, contra o Botafogo-PB, jogou o primeiro Ba-Vi. Essa é a quinta partida em sequência após a lesão. É disso para melhor. É um grande jogador.
Em casa x fora
- Acho que até começamos nesse ritmo contra o Sport e não mantivemos. É um trabalho para gente melhorar fora de casa. Se a gente conseguiu jogar 25, 30 minutos nesse ritmo contra o Sport... A gente vem ajustando, mostrando para eles o quanto são capazes, competentes. Esse espírito que vai fazer o Bahia crescer, fazer uma boa campanha. É a busca de uma equipe madura. Amadurecimento mental. Toda equipe, se jogar o mais alto nível de competição do mundo, vai passar por um período de amadurecimento do grupo. Quando começou o Brasileiro, eu falei que isso aconteceria. Que bom que hoje a gente fez uma grande partida, mas domingo é outra competição e precisamos ganhar.
Maratona
- Fizemos um placar bom e mudamos. Élber pediu para sair. À medida que pus Allione, é mais um meia que um atacante, e oi Vinicius estava desgastado, e o Régis é mais atacante do que meia. Invertemos porque é onde Régis consegue jogar melhor e o Allione também. A competição está planejada. Vamos cumprir mais uma partida e depois temos uma semana cheia. Isso vai dar o upgrade que precisava para descansar a equipe. Depois vem uma maratona de três a quatro jogos ante de a gente ter que fazer algumas alterações. Tudo é um jogo agora. É um jogo de xadrez que a gente vai ter que administrar para poder passar por essa sequência.
Vinícius
- Vamos deixar bem claro uma situação: as dificuldades as vezes trazem uma situação de cobrança. E aí o jogador se sente acuado e busca uma situação: “Ah, não estou conseguindo jogar ali”. Na realidade, ele tem liberdade para se movimentar e buscar os espaços. O que fez hoje, ele continuou seguindo a cartilha que é liberdade para achar os espaços. Falei para ele: pra mim, o jogo de hoje foi o melhor que ele fez pelo Bahia.
