Postado por - Newton Duarte

Parceria no campo e 'mórbida semelhança': Novos contratados celebram adaptação

Entre zoeira com "clones" e parceria no campo, reforços celebram adaptação

Sexteto recém-contratado pelo Bahia fala sobre entrosamento com novos colegas e revela brincadeira com semelhança entre Hernane e Edigar: "O grupo se diverte"

Entrosamento. Fundamental para um time, mas nada fácil de alcançar. A palavra, típica do vocabulário "futebolês", nada mais é que estar em sintonia com um grupo de jogadores, com um técnico ou clube. E nesse momento de pré-temporada, com a constante movimentação de jogadores entre as equipes, seja com a contratação de reforços ou saída de outros atletas, chegar ao tão sonhado entrosamento se torna o primeiro desafio para cada time.

Para os jogadores recém-contratados, alcançar o entrosamento dentro de campo com os novos companheiros requer adaptação, ambientação a uma nova estrutura, método de trabalho e, principalmente, a um novo grupo de colegas. Afinal, em muitas situações, salvo um caso aqui, outro ali, a maioria dos novatos nunca chegou a trabalhar antes com os companheiros de agora.

Hernane Brocador, Luisinho, Juninho, Edigar Junio, Danilo Pires e Paulo Roberto são os primeiros reforços do Bahia na temporada (Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / E.C Bahia / montagem: GloboEsporte.com)

E, no Bahia, são muitos novatos. Até aqui foram contratados seis jogadores: os atacantes Hernane, Luisinho e Edigar Junio, e os volantes, Juninho, Danilo Pires e Paulo Roberto. E para não fugir à regra, muitos deles nunca chegaram a trabalhar com boa parte dos jogadores do atual elenco tricolor. Contudo, mesmo com pouco tempo no novo clube, os novatos garantem que a adaptação está ocorrendo muito bem.

- Me sinto muito feliz de estar fazendo parte desse projeto. Já estou entrando no clima da equipe. O time foi formado agora, mas já está havendo entrosamento. Tem que haver entrosamento fora de campo para levar para dentro de campo. É uma equipe muito unida, extrovertida. Isso só tem a acrescentar dentro de campo e eu tenho certeza que vai fazer diferente - avalia Luisinho.

Tem que haver entrosamento fora de campo para levar para dentro de campo. É uma equipe muito unida, extrovertida. Isso só tem a acrescentar dentro de campo e eu tenho certeza que vai fazer diferente

Luisinho,

atacante do Bahia

- A adaptação está sendo a ideal, não poderia ser melhor. Fui recebido muito bem pelo elenco. O ambiente está muito leve. Estou me sentindo muito à vontade - completa Juninho.

Para assistir ao vivo: Internacional-RS x Bahia

Dentro de campo, em meio a tantas caras novas, a comunicação é o primeiro desafio enfrentado pelo sexteto tricolor. Afinal de contas, como é que faz para pedir um passe para quem você não lembra o nome? Nesse caso, a estratégia é variada: recorrer a um apelido, lembrar dos tempos que eram adversários e contar com o auxilio de amigos dentro do elenco.

- Já tinha jogado contra alguns jogadores. Quando eu estava no Paraná, o Hernane também estava, mas eu estava na base e ele no profissional. A gente vai se entrosando no dia a dia. A gente vai se acostumando a chamar alguém de alguma maneira, um apelido. Acho que a gente já está tendo bons treinos e a tendência é só crescer - acredita Luisinho.

- Já conhecia o Gustavo, o João Paulo. Isso aí [por não conhecer muitos jogadores] eles me deram bastante força, assim como a diretoria e os outros companheiros que eu não conhecia - garante o atacante Edigar Junio.

NOVATOS E...IRMÃOS?

Mas, assim como na vida, o futebol é uma via de mão dupla. Se os reforços têm a tarefa de se adaptar a um novo grupo de trabalho, o elenco que já estava no clube também tem o dever de se familiarizar com os novatos. Mas, dos dois lados, pelo menos até aqui, tudo vai bem pelo Bahia. Tanto que nem mesmo o fato de ter de trabalhar com "clones" é problema para os jogadores.

Parecidos fisicamente, Hernane Brocador e Edigar Junio viraram até alvo de brincadeira entre os jogadores. O primeiro é até um pouco mais alto -1,83 m contra 1, 74 m -, mas a cor da pele, o porte físico, o corte de cabelo, a posição em campo e até a barba semelhantes deixam espaço para confusão.

Dupla de ataque é alvo de brincadeira por semelhança física (Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / E.C Bahia)

- A gente acaba brincando com eles, chamando o Edigar de Hernane, o Hernane de Edigar. É legal essa brincadeira, o grupo se diverte. A gente sabe que é em um ambiente alegre, divertido que as coisas em campo vão ser positivas também. É isso que o grupo quer - avalia Luisinho.

Embora não concorde com as opiniões sobre o "clone" parceiro de ataque, o próprio Edigar Junio admite que já foi alvo de brincadeiras no grupo tricolor.

- Depois de um tempo o pessoal chegou e falou que tinha uma semelhança. Mas eu acho nada a ver [risos]. Estou levando numa boa. É uma brincadeira, não tem nada demais - opina Edigar.

Mesmo diante de todos esses fatores que podem dificultar a adaptação, certo é que com ajuda ou não, com semelhança física ou não, tudo acaba se acertando dentro de campo.

- A rapaziada é boa. A gente chegou, se entrosa logo. São pessoas do bem e isso facilita. Nos treinamentos vamos nos conhecendo e o tempo vai aperfeiçoando - garante Edigar.